A Secretaria da Saúde do Estado aponta vários avanços que referenciam São Paulo, entre eles a queda de 50% na mortalidade infantil desde 1995 e a atribuição, pelos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), da nota 8,9 ao atendimento prestado. Neste cenário, a capital ocupa papel relevante. Tanto que é protagonista da intenção da secretaria de priorizar quatro pilares na gestão da saúde, e recebeu a primeira central online de vagas de urgência e emergência do SUS. Além disso, abriga instituições que investem fortemente em programas de humanização, como o Hospital de Transplantes Dr. Euryclides de Jesus Zerbini e o Hospital São Camilo.
O município também se destaca por suas instituições de especialidades e atendimento de alta complexidade. Exemplo é o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – Icesp, que realiza mensalmente cerca de 12 mil atendimentos (o que inclui todas as passagens de cada paciente) e, em um ano, recebe aproximadamente 12 mil novos casos. Para manter a qualidade do atendimento, atuam 4 mil colaboradores e prestadores de serviços. Além disso, como esclarece a coordenadora da Oncologia Clínica do Icesp, Maria Del Pilar Estevez Diz, um grande diferencial é a organização ter como compromisso o tripé ensino, pesquisa e atendimento de qualidade. “Com a associação desses fatores, conseguimos ter profissionais mais qualificados e oferecemos alternativas modernas de tratamento”, esclarece. E completa: “Não temos só uma equipe médica qualificada, mas qualidade no gerenciamento dos recursos, nas instalações e nos grupos de suporte – enfermagem, farmácia, nutrição e fisioterapia.”
Corpo clínico especializado também é um dos apelos do atendimento prestado pelo Hospital da Cruz Vermelha, antigo Hospital dos Defeitos da Face. No local são oferecidos tratamentos para queimaduras e cirurgias crânio‑facial, buco‑maxilo, de mão e plástica geral, além de ortopedia, fonoaudiologia e odontologia, entre outras. Seu centro cirúrgico dispõe de equipamentos modernos, e, para manter a segurança os pacientes, há um bloco exclusivo para os que sofreram queimaduras graves e devem ficar isolados para evitar contaminações e infecções.
Também para atender pacientes de alta complexidade, que necessitam de transplante de órgãos, o Hospital de Transplantes Dr. Euryclides de Jesus Zerbini foi inaugurado em 2010 e é administrado pela Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM). Com capacidade para realizar até 636 transplantes por ano, ele também é referência em atendimentos de neurocirurgia, hematologia e oftalmologia. Com equipe composta por 1,2 mil funcionários, dos quais mais de 380 são médicos e especialistas, o hospital realiza mensalmente 10 mil consultas ambulatoriais, 2,3 mil atendimentos de urgência, 500 cirurgias, 42,7 mil exames laboratoriais e 492 sessões de quimioterapia em pacientes hematológicos adultos. Também mantém o Centro de Referência da Saúde do Homem, o maior da América Latina, especializado em doenças urológicas e no tratamento de litíase (formação de pedras ou cálculos nas vias urinárias, biliares, salivares, etc.).
Hospitais de ponta da capital estão capacitados para tratar pacientes de outras cidades, estados e países. Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde, em 2010 foram realizados na capital 4,8 milhões de consultas e exames laboratoriais de alta complexidade e aproximadamente 17,7 mil internações de pacientes de outros municípios.
A SPTuris também confirma a importância do turismo médico para a cidade. Segundo o órgão, quase metade dos cerca de 31 mil turistas estrangeiros que visitam o país em busca de tratamentos médicos vêm para a capital paulista – a maioria de Angola, Estados Unidos, Espanha, França e Indonésia.
O Hospital Samaritano confirma a tendência: 3% dos atendimentos são de residentes no exterior. Andreia Bera Damazio, gerente Comercial da instituição, diz que a maior parte é oriunda da América do Sul e Europa. “As especialidades de maior interesse são cirurgia plástica, ortopedia, oftalmologia e oncologia. No turismo interno recebemos muitos pacientes do Rio de Janeiro, de Mato Grosso e Minas Gerais”, diz.
Outra instituição que tem dados no mesmo sentido é o Hospital Santa Paula, que, no ano passado, contabilizou 8.417 internações de pessoas residentes fora da capital. Já o Hospital do Coração – HCor conta com um departamento especializado para atender e acompanhar pacientes estrangeiros. Fernanda Crema, gerente Comercial da instituição, afirma que houve aumento na procura por atendimentos especializados no Brasil por conta da qualidade dos procedimentos. “O reconhecimento do HCor e de seu corpo clínico vêm também de nossa contribuição científica mundial, incluindo publicações de trabalhos, pesquisas e apresentações em congressos internacionais.”
O Einstein é outro que possui departamento para o atendimento de pacientes internacionais: o International Patient Center. Com crescimento anual em torno de 23% no número de estrangeiros que procuram seus serviços, o hospital recebe cerca de 5 mil pessoas de outros países a cada 12 meses. As maiores demandas são as de alta complexidade nas áreas de cardiologia, neurologia e cirurgia geral. “Os pacientes que vêm da América Latina e Angola nos procuram pela excelência de atendimento, a facilidade da língua e a proximidade. Já os da América do Norte e Europa são, em sua maioria, expatriados com residência no Brasil há menos de um ano”, explica o Presidente da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, Claudio L. Lottenberg.
O Hospital Alemão Oswaldo Cruz também criou uma área de Relações Internacionais para atender pacientes estrangeiros. Um diferencial é o trabalho de nutricionistas, que podem desenvolver cardápios de acordo com o paladar e os hábitos dos pacientes, sempre preservando as restrições médicas. Graças a essa atuação, no primeiro semestre deste ano foram realizados mais de mil atendimentos a pacientes de outras nacionalidades, cuja procura concentrou‑se principalmente em atendimentos de emergência e ortopédico, gastroenterologia e clínica médica.
Um dos indicadores mais importantes da situação da saúde pública, a taxa de mortalidade infantil caiu 50% desde 1995 no Estado de São Paulo. O dado é reconhecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e revela o avanço na assistência à população, especialmente em relação a coberturas de vacinas e melhoria no atendimento prestado a gestantes e bebês. Outro índice que comprova a melhoria vem dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Pesquisa recente de satisfação apontou que a nota média atribuída pelos pacientes ao atendimento foi 8,9. “Geralmente, o SUS é mal-avaliado por quem não é usuário. Evidentemente, ainda há muito a ser feito. Na saúde pública, os desafios vão surgindo ano a ano, e é preciso estar atento às novas demandas, com integral comprometimento dos gestores para atender às necessidades da população”, explica Giovanni Guido Cerri, secretário de Saúde do Estado de São Paulo. Cerri aponta como prioridade de sua gestão quatro pilares: a regionalização da saúde, a informatização do agendamento de consultas, exames e vagas de internação, a humanização do atendimento e o combate ao consumo de bebidas alcoólicas na infância e adolescência. Entre as ações de regionalização está um plano de investimentos da ordem de R$ 360 milhões no interior e litoral do Estado. “Esses investimentos visam ampliar e aprimorar a assistência local e dotar as regiões de equipamentos de saúde e recursos humanos capazes de atender integralmente os moradores, sem que precisem viajar longas distâncias para receberem o atendimento”, diz o secretário. Outra ação, já concretizada na capital, que busca melhorar o atendimento à população, foi a entrega da primeira central online de vagas de urgência e emergência pelo SUS. O objetivo é monitorar a disponibilidade de vagas e agilizar a transferência de pacientes com quadros graves e que precisam ser internados em leitos de UTI ou ainda realizar procedimentos complexos, como cirurgias cardíacas e neurológicas. Já para combater o álcool na infância e adolescência, Cerri explica que o governo do Estado anunciou, em agosto passado, um amplo programa, que conta com o apoio do Ministério Público de São Paulo e de representantes de bares, supermercados e restaurantes, e envolve ainda diversas secretarias estaduais. A ideia é desenvolver ações para tratamento, educação e fiscalização do consumo indevido pelo público-alvo em estabelecimentos comerciais, além da abertura de clínicas de tratamento, com mais leitos para dependentes, e iniciativas específicas em escolas. “Também serão intensificadas as blitzes policiais para flagrar e punir motoristas alcoolizados. Um projeto de lei, encaminhado à Assembleia Legislativa, prevê aplicação de multas de até R$ 87,2 mil, além de interdição por 30 dias, ou até mesmo perda da inscrição no cadastro de contribuintes do ICMS, de estabelecimentos que vendam, ofereçam, entreguem ou permitam o consumo, em suas dependências, de bebida alcoólica entre menores de 18 anos de idade”, diz o secretário. Com 46 anos de profissão, atuando na área de clínica geral - especialidade que diz estar em falta hoje no país –, a médica Yvonne Capuano, diretora da Associação Paulista de Medicina, é outra defensora acirrada dos avanços conquistados no setor de saúde nas últimas décadas. Para ela, a segmentação da área, com o surgimento de especialidades, e o desenvolvimento tecnológico elevaram o Brasil ao patamar dos grandes centros de excelência do mundo. “Tanto que, antigamente, nossas personalidades, principalmente os políticos, iam se tratar no exterior quando tinham um problema mais grave. Hoje, essa situação se inverteu: são os estrangeiros que vêm ao Brasil procurar por atendimento de primeira linha. Nesse contexto, destacam‑se as cirurgias cardíacas em geral e os grandes transplantes, como os de coração, válvulas, fígado e rins”, afirma.
Criado pelo governo federal em 2003, o Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar, o PNHAH, revela‑se uma eficiente ferramenta para aprimorar o atendimento a pacientes e familiares na rede pública. A iniciativa propõe ações integradas que buscam mudar o padrão de assistência ao usuário nos hospitais públicos brasileiros, melhorando a qualidade e eficácia dos serviços. No Estado de São Paulo, esse trabalho é coordenado pela Secretaria da Saúde, que está finalizando um plano integrado de humanização do SUS/SP, unindo as redes estaduais e municipais para que os cidadãos sejam mais bem-atendidos. “Além de assistência médica, os pacientes precisam de apoio, conforto, informações claras e programas que reduzam suas aflições, típicas de quem está se tratando de uma doença”, alerta o secretário de Estado da Saúde, Giovanni Cerri. Exemplo desse trabalho é o programa de humanização desenvolvido pelo Hospital de Transplantes Dr. Euryclides de Jesus Zerbini (antigo Hospital Brigadeiro). Por meio do projeto Cuidando de Quem Cuida, a instituição desenvolve iniciativas para oferecer aos seus funcionários pausas para relaxamento, de forma a aumentar o autoconhecimento, o equilíbrio e a concentração. Outra ação é o projeto Viver Bem, que mapeia o perfil de saúde do colaborador, levando em conta parâmetros que podem comprometer seriamente seu bem-estar nos próximos anos. A partir dos resultados, todos os que apresentam algum tipo de problema passam a contar com acompanhamentos médico e nutricional. Assim como a rede pública, a privada também já percebeu a importância da humanização. Fundado em 1960 e com três unidades na capital, o Hospital São Camilo é um dos que mantém, desde 2005, um programa estruturado relacionado ao tema. Uma comissão interna reúne‑se periodicamente para debater o assunto e definir ações de melhoria. Entre as atividades adotadas estão treinamentos constantes de colaboradores, transferência do necrotério para um lugar mais reservado – que inclui sala de descanso para os familiares e apoio psicológico –, comemoração de aniversário de pacientes internados, brinquedoteca na ala infantil, sala de atividades para adultos e medidas de segurança e de informação precisa sobre o tempo de espera no pronto-socorro. “Nosso objetivo é fazer com que a estada do paciente e de seu cuidador seja a melhor possível no hospital, prestando atendimento de primeira linha e amenizando ao máximo o seu sofrimento”, destaca Rita Calegari, psicóloga e coordenadora do projeto. A proposta do Hospital Bandeirantes também contempla a preocupação com o atendimento humanizado. De alta complexidade e atendimento integrado em todas as especialidades médicas, a instituição mantém diferenciais como ligação pós‑ -alta, em que, alguns dias após sair do hospital, o paciente recebe uma ligação da equipe de enfermagem para acompanhar o pós-operatório e aperfeiçoar sua recuperação. No mesmo sentido, o Bandeirantes abriga o Espaço Ecumênico, que busca proporcionar conforto espiritual aos pacientes e seus familiares e acompanhantes.
Conheça alguns dos hospitais que já se transformaram em ícones na capital e atraem pessoas de todo o país.
Beneficência Portuguesa
Com quase 2 mil leitos, a Beneficência Portuguesa de São Paulo é um dos maiores complexos hospitalares privados do país. Suas médias anuais de atendimento impressionam: 1,5 milhão de pessoas, 4 milhões de exames, 35 mil internações e 34 mil cirurgias. A instituição também se destaca na área de transplantes, em que é referência internacional: foram 3.845 procedimentos realizados entre 1973 e 2009.
Einstein
O Hospital Israelita Albert Einstein é reconhecido como centro de excelência no país. Destacam‑se os procedimentos de alta complexidade e as áreas de cardiologia, cirurgia, hematologia, neurologia, oncologia, ortopedia e reumatologia, otorrinolaringologia e pediatria. Referência em transplante de fígados, o hospital já realizou mais de 1,4 mil procedimentos do gênero pelo SUS. Com oito unidades na capital paulista, é acreditado pela Joint Commission International (JCI), pelo College of American Pathologists, American College of Radiology e American Association of Blood Banks.
Hospital das Clínicas
O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) carrega em seus história e nome o peso de uma das instituições de ensino mais respeitadas do Brasil. Administrativamente vinculado à Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, oferece serviços de alta complexidade à comunidade e também funciona como hospital‑escola. Possui quatro prontos-socorros com atendimento 24 horas: Instituto Central, Instituto do Coração, Instituto de Ortopedia e Traumatologia e Instituto da Criança.
Oswaldo Cruz
O Hospital Alemão Oswaldo Cruz engloba educação, prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação. Em 2006, adotou novo posicionamento estratégico, com cinco áreas de referência: doenças circulatórias, digestivas, osteomusculares, oncológicas e atenção ao idoso. Acreditado pela JCI, também é reconhecido pela Telemedicine for the Mobile Society e tem Certificação Internacional de Cirurgia Bariátrica concedida, em 2009, pela Surgical Review Corporation. Em 2012, serão concluídas as obras do novo complexo hospitalar, que irá aumentar o número de leitos e agregar um novo centro cirúrgico.
Samaritano
O Hospital Samaritano de São Paulo tem sua qualidade reconhecida pelo Ministério da Saúde e é acreditado pela Joint Commission International (JCI), organização internacional que estabelece padrões de cuidados de saúde e segurança de pacientes. Entre as especialidades clínicas e de cirurgia geral estão cardiologia, neurologia, nefrologia, ortopedia, medicina diagnóstica, oncologia e emergência. Como investimento em modernização, foi inaugurado em abril mais um complexo hospitalar, com dez salas cirúrgicas para procedimentos de alta complexidade e novos leitos de internação e de terapia intensiva.
São Luiz
O Hospital e Maternidade São Luiz, pertencente à rede D’Or, conta com três unidades paulistanas (Itaim, Morumbi e Anália Franco). No total, são 803 leitos, 14 mil médicos credenciados e 4,5 mil funcionários. Seus principais serviços estão relacionados a atendimentos de urgência, diagnósticos e maternidade: 13 mil partos são realizados anualmente. Para 2013, está prevista a abertura de uma unidade do São Luiz em São Caetano do Sul (SP), que ofertará serviços de alta complexidade em 20 mil m² de área construída e 200 leitos.
Sírio
O Hospital Sírio-Libanês teve as obras de sua edificação começadas em 1931, por iniciativa da Sociedade Beneficente de Senhoras, formada por mulheres da primeira geração de imigrantes sírios e libaneses vindos ao Brasil. Foi hospital pioneiro no país na instalação de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), em 1971. Com três unidades em São Paulo e uma em Brasília, também atua em ensino e pesquisa e se destaca em atendimentos de urgência e diagnósticos.
Com uma das maiores e mais bem-estruturadas redes de atendimento do país – são 630 hospitais conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS), entre públicos, privados e filantrópicos, e 66 mil leitos de internação, sendo 4,7 mil Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) –, o Estado de São Paulo recebe pacientes de várias localidades do Brasil e do exterior. Mas os hospitais privados também ajudam a engrossar as estatísticas. Os melhores e maiores complexos estão instalados na capital.
Um deles é o Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, que investe continuamente em melhorias. Oferece ao público 220 leitos, um moderno centro cirúrgico e dois laboratórios, além de corpo clínico composto por 800 médicos de várias especialidades. Em média, são realizados anualmente 12 mil procedimentos cirúrgicos, 13 mil internações, 205 mil consultas ambulatoriais, 140 mil atendimentos de pronto-socorro e 1,3 milhão de exames.
Também integrante do rol das instituições de qualidade, o Hospital Santa Paula abriga 200 leitos, sendo 50 de terapia intensiva, oito salas cirúrgicas, além de um laboratório terceirizado, o Dasa. Anualmente, realiza 100 mil atendimentos e 8,5 mil cirurgias, com média diária de 35 internações e 300 atendimentos no pronto-socorro. Entre as especialidades médicas mais procuradas estão oncologia, cardiologia, neurologia e ortopedia. O hospital prevê a entrega, no segundo semestre de 2012, de um centro de oncologia, com investimentos estimados em R$ 15 milhões.
O Estado de São Paulo detém ainda recorde no número de médicos: são 106.560 profissionais em situação regular, ou seja 28,7%, dos 371.344 existentes no país, segundo informação do Conselho Federal de Medicina. O médico e presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), Cid Célio Jayme Carvalhaes, analisa esse número, observando que a grande concentração de profissionais na capital paulista – cerca de 50% do contingente do Estado, dos quais 80% estão no centro expandido – mostra que existe um gargalo importante que precisa ser revisto. “O Estado hoje tem um quadro muito peculiar, com ilhas de excelência, como o Instituto do Coração (Incor), e malhas onde o atendimento é muito precário. É preciso melhorar, por exemplo, o setor de urgência e emergência, que não dispõe de rede de referência para dar assistência continuada ao paciente atendido”, explica.
Segundo a Estatística da Educação Superior 2009, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em 2008 havia no Brasil 152 cursos de Biomedicina, nos quais mais de 23, 4 mil estudantes se matricularam. Já os cursos de graduação em Enfermagem somavam 679, nos quais 222,6 mil alunos se inscreveram. Ainda segundo o Inep, 85.567 futuros médicos se matricularam em 2008 nos 117 cursos de graduação disponíveis. A duração média do curso superior em Medicina é de seis anos, parte deles passada em hospitais‑escola – essenciais para uma formação mais completa e qualificada.
José Roberto Ferraro, diretor do Hospital São Paulo – de ensino e treinamento para alunos da área de saúde da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – e vice‑presidente da Associação Brasileira de Hospitais Universitários e de Ensino (Abrahue), é um dos que defendem a formação prática. Ele salienta que os hospitais‑escola têm em sua missão e compromissos a formação de recursos humanos para a área de saúde. “Eles contam com professores de Medicina e das áreas de saúde que fazem parte dos serviços do hospital e estão constantemente nas estruturas de atenção, seja no consultório, seja no laboratório ou centro cirúrgico, atuando para a preceptoria adequada dos alunos”, diz.
A opinião é compartilhada por Paulo Roberto Bueno Pereira, responsável pela Câmara de Ensino do Hospital Universitário (HU) da Universidade de São Paulo (USP). Ele afirma que durante toda a formação curricular, o estudante de Medicina se beneficia muito por aprender em uma instituição ligada ou vinculada a um hospital‑escola. “Nem sempre o que está nos livros é facilmente perceptível quando se está com o enfermo. Próximo dos professores, o estudante passa a detectar pequenas alterações da normalidade e aprende também a lidar com as expectativas de melhora e aflições inerentes ao paciente internado. Enfim, humaniza‑se e amadurece”, explica.
O Estado de São Paulo também é conhecido por seus serviços diferenciados de saúde. De acordo com a Pesquisa de Assistência Médico-Sanitária (AMS) 2009, divulgada no final de 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há no país 16.657 laboratórios de análises clínicas – dos quais 2.267 unidades estão em São Paulo, sendo que 490 atendem pelo SUS , 1.777 são privadas e 618 prestam atendimento tanto particular como pelo SUS. Um exemplo de referência em medicina diagnóstica é o Fleury, que ostenta 85 anos de atividades laboratoriais, além de oferecer um leque diversificado de exames: são mais de 3 mil testes em 37 clínicas e de imagem. Quem procura centros especializados de atendimento também tem facilidades na capital. O Instituto do Sono, por exemplo, além de atender pacientes, realiza pesquisas pioneiras e forma especialistas na área. Já o Instituto de Ciências Neurológicas reúne o que há de mais moderno para pacientes que necessitem de tratamento específico.
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