Seguros

Compromisso com a poupança

Cresce a relevância do planejamento financeiro para a qualidade de vida no futuro


De acordo com dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), até dezembro deste ano, as reservas dos planos de previdência privada aberta totalizaram R$ 817,4 bilhões, crescimento de 10,3% em relação ao montante registrado no mesmo período de 2017. Hoje, cerca de 13 milhões de brasileiros mantêm planos de previdência privada, o que corresponde a aproximadamente 6,17% da população. Dos 12,9 milhões de contratos ativos, 9,9 milhões são individuais, incluindo para menores, e 3,0 milhões, coletivos. Tanto esses números quanto a ainda tímida participação do setor no Produto Interno Bruto (PIB) – segundo a FenaPrevi, as reservas técnicas previdenciárias em relação ao PIB são de 12%, considerando apenas os planos abertos – indicam um elevado potencial de crescimento. Compartilha essa ideia o diretor de Investimentos do Santander Brasil, Gilberto Abreu, para quem, apesar do crescimento robusto que o mercado de Previdência Privada apresentou na última década – média de cerca de 20% ao ano –, há uma grande parcela da população sem esse tipo de cobertura. Abreu também compara a relação reservas previdenciárias/PIB do Brasil com o de países como o Chile, por exemplo, em que o percentual supera os 69%, de acordo com a FenaPrevi.


Em outros países, essa relação é ainda maior: nos Estados Unidos, de 134,9% e no Canadá, de 159,2%. “Isso mostra o grande potencial do setor num momento econômico relevante, em que a Reforma da previdência social passa a ser o assunto de maior importância para voltarmos a crescer”, afirma.
A tendência de oportunidade é reforçada pelo maior interesse dos brasileiros em investir em uma futura complementação para manter o padrão de vida na aposentadoria ou mesmo para realizar projetos de vida, constatado em pesquisa feita pelo Ipsos a pedido da FenaPrevi (veja matéria nesta página).
Para o presidente da FenaPrevi, Edson Franco, esse estímulo também pode estar relacionado à insustentabilidade da Previdência Social. Além disso, segundo ele, apesar do baixo crescimento econômico, o setor segue com captação líquida positiva e reservas crescendo significativamente em termos reais.
Esse conjunto de razões leva a FenaPrevi a acreditar que o bom desempenho do setor deve se manter em 2019, já que a indústria de previdência no Brasil ainda é jovem e está em fase de acumulação.

Segurança na aposentadoria


Para os brasileiros, segurança é o principal motivo para investir seus recursos. A maioria não enxerga os produtos financeiros como forma de aumentar o patrimônio ou obter ganho, mas sim de guardar o que economizou em um lugar seguro. Essa é uma das constatações da pesquisa Raio-X do Investidor Brasileiro, realizada neste ano pelo Datafolha por solicitação da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Dos entrevistados, 54% apontaram a segurança financeira como a primeira razão para poupar.
A segunda, o retorno financeiro, foi a escolha de 19% O estudo, que envolveu 3,3 mil pessoas de todo o país, mostrou ainda que apenas 42% dos consultados tinham algum saldo aplicado em produtos de investimento. A caderneta de poupança apareceu como principal destino entre esses investidores (89%), seguida da previdência privada, com 6% – apesar de 66% de o total de consultados ter afirmado que se preocupa com a aposentadoria, apenas 21% se planeja de alguma forma para ela.
O levantamento FenaPrevii-Ipsos, também deste ano, que ouviu 1,2 mil pessoas, apontou a mesma tendência: somente 38% dos brasileiros estão dispostos ou têm recursos para fazer uma reserva e complementar os rendimentos na aposentadoria.
No entanto, 60% acredita ser necessário ter um plano de previdência privada para se preparar para essa fase futura.
Essa preocupação é maior entre os jovens adultos: 63% das pessoas entre 25 e 34 anos declararam ser totalmente necessário ou necessário ter um plano de previdência complementar, mesmo percentual observado entre os entrevistados de 35 a 44 anos. Já entre os jovens de 16 a 24 anos e os adultos de 45 a 59, o índice é de 60%.
Entre os maduros de 60 a 65 anos, 47% consideram relevante ter planos de previdência para complementar a renda na aposentadoria. E até mesmo os mais maduros, com 66 ou mais, apostaram nesta modalidade de reserva: 52%.


Caminho para realização de sonhos


Embora muitos relacionem a previdência privada como uma alternativa para obtenção de fonte de renda ao fim do período laboral, o investimento também se destina aos que buscam acumular reservas para a realização de um sonho de médio e longo prazos ou para garantir, por exemplo, a faculdade dos filhos ainda pequenos.
Há diversas empresas que ofertam diferentes planos, de acordo com as várias necessidades e demandas. Por isso, antes de escolher, é necessário definir os projetos e o prazo almejado para alcançá-los. Além de maior motivação para poupar, pois há um sonho em curso a ser concretizado, a previdência privada incentiva a disciplina na medida em que prevê contribuições mensais.
Além disso, como o investimento, para ser mais vantajoso, deve contemplar um horizonte de médio ou longo prazo, é importante pesquisar sobre a instituição financeira na qual o plano será contratado. Os cuidados devem incluir uma verificação criteriosa do histórico e da reputação da empresa no mercado. Para isso, as dicas são pesquisar índices no Procon ou em sites de reclamações. Também é imprescindível conferir a lista de empresas autorizadas a ofertar planos de previdência no site da SUSEP.

Envelhecimento demanda educação previdenciária

Os planos de previdência privada ganham cada vez mais importância em razão do aumento da expectativa de vida dos brasileiros. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a projeção para a expectativa de vida é atualmente de 72,74 anos para homens e de 79,8 anos para mulheres. Os idosos (pessoas com mais de 65 anos) somam o equivalente a 9,2% da população, número que deve chegar a 15% em 2034 e em 20% em 2046. Já a expectativa projetada de vida para 2060 é de 77,9 anos para homens e 84,23 anos para as mulheres. Naquele ano, o percentual de idosos alcançará 25,5% do total da população, ou seja, um em cada quatro brasileiros terá mais de 65 anos.

 



Entenda

Investimento descomplicado e sem mistério

Conhecer o funcionamento do sistema privado é essencial aos participantes


Em meio às discussões a respeito da necessidade da reforma previdenciária, é fundamental entender qual o papel da previdência privada – também chamada de previdência complementar – e suas diferenças em relação ao modelo público.
Segundo a Secretaria de Previdência, do Ministério da Fazenda, a Previdência Social é uma instituição que tem como objetivo reconhecer e conceder direitos aos seus segurados, com destinação de valores aos trabalhadores contribuintes quando é perdida a capacidade de trabalho, seja por idade avançada, seja por doença, invalidez, morte, desemprego involuntário,maternidade e/ou reclusão.
Isso não significa, contudo, que os contribuintes atuais tenham, futuramente, direito aos valores destinados à Previdência Social. Isso porque ela está calcada no princípio da solidariedade, ou seja, tem como base um pacto de gerações, sendo que a contribuição dos trabalhadores da ativa financia o benefício dos que já se aposentaram. Em 2017, de acordo com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), a quem compete a operacionalização do reconhecimento dos direitos dos segurados, havia mais de 50 milhões de segurados e cerca de 33 milhões de beneficiários.

Complementar

A previdência privada, de caráter facultativo, por sua vez, permite ao contribuinte acumular reservas que, no futuro, podem ser utilizadas para complementação da aposentadoria. Além disso, o valor destinado pode ser resgatado em caso de desistência da continuidade do investimento, sendo o montante final calculado conforme regulamento do plano.
Segundo a Secretaria de Previdência, o regime de Previdência Complementar Brasileiro está conceitualmente classificado em dois grupos: Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC), que administram planos de benefícios previdenciários acessíveis aos que possuem vínculo empregatício ou associativo com empresas, órgãos públicos, sindicatos e/ou associações representativas; e Entidades Abertas de Previdência Complementar (EAPC), que operaram planos previdenciários destinados a pessoas físicas. Há fiscalização de ambos por órgãos de governo: as EFPCs pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) e as EAPCs pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP).

Planos

Há duas modalidades de previdência privada aberta (EAPC) no Brasil, e é importante entender os mecanismos de funcionamento de cada uma delas para a escolha do plano mais vantajoso, já que uma das diferenças importantes é o valor a ser pago no Imposto de Renda (IR).
Para quem realiza a declaração completa do IR, o Plano Gerador de Benefícios Livres (PGBL) pode ser melhor, pois é possível abater da base de cálculo tributo até 12% do total do valor investido durante o ano no plano de previdência.
Como exemplo, uma pessoa com renda bruta anual de R$ 60 mil pode deduzir até R$ 7,2 mil por ano do IR. No entanto, na modalidade, quando há resgate há também pagamento de imposto, tanto sobre o valor investido quanto sobre o rendimento dele.
Já aos que são isentos ou aderem ao regime simplificado de declaração do IR, o Vida Gerador de Benefícios Livres (VGBL) pode ser mais adequado.
Nele, não é possível abater as aplicações realizadas ao longo do ano do IR, mas, quando há resgate, o pagamento de impostos se dá apenas sobre o valor dos rendimentos e não sobre o total acumulado



Tributação também deve ser considerada

Conhecer o funcionamento do sistema privado é essencial aos participantes


Independentemente da escolha – PGBL ou VGBL –, há duas alternativas de tributação de resgates nos planos de previdência privada: o regime progressivo (ou tabela progressiva) e o regime regressivo (ou tabela regressiva). Em ambos, há recolhimento de IR na fonte no pagamentodo benefício ou do resgate.
Logo, a escolha deve se basear no objetivo final, considerando o tempo do investimento e do valor que se busca acumular ao longo dos períodos de contribuição.

Regime progressivo: A tributação segue a mesma lógica dos salários e outros rendimentos na declaração de IR. Assim, quanto maior o resgate, maior a alíquota de imposto, que atualmente é de 15% no momento do resgate – a título de antecipação. O progressivo é o regime mais indicado a quem contribui com objetivo de curto prazo e prevê um rendimento mensal não muito elevado durante a aposentadoria. Em 2018, os percentuais aplicados vão de zero (isento) a 27,5%, seguindo tabela, anualmente atualizada, que define esse cálculo.

Regime progressivo: A tributação segue a mesma lógica dos salários e outros rendimentos na declaração de IR. Assim, quanto maior o resgate, maior a alíquota de imposto, que atualmente é de 15% no momento do resgate – a título de antecipação. O progressivo é o regime mais indicado a quem contribui com objetivo de curto prazo e prevê um rendimento mensal não muito elevado durante a aposentadoria. Em 2018, os percentuais aplicados vão de zero (isento) a 27,5%, seguindo tabela, anualmente atualizada, que define esse cálculo.


Variação nas formas de recebimento

Há duas fases nos planos de previdência privada: o período de acumulação, em que o participante faz suas contribuições e constrói seu patrimônio, que cresce com a rentabilidade do investimento; e o período de utilização das reservas, cuja forma de recebimento varia de acordo com o plano contratado. Segundo o Tudo Sobre Seguros, iniciativa da Escola Nacional de Seguros, há,basicamente, as seguintes formas de recebimento:

  Renda vitalícia: Começa a ser paga a partir da idade escolhida na contratação do plano, por toda a vida.

  Renda temporária: É paga uma renda mensal até uma determinada idade escolhida pelo participante e, por isso, o valor do benefício costuma ser superior ao recebido pela renda vitalícia.

  Renda vitalícia com prazo mínimo garantido: O benefício é pago a partir da idade escolhida para a concessão da aposentadoria, por toda a vida.

  Renda vitalícia reversível ao beneficiário indicado: O benefício também é pago por toda a vida do participante, mas, em caso de falecimento do assistido, o valor é revertido a beneficiários indicados, também por toda a vida.

  Renda mensal por prazo certo (renda financeira): Há pagamento de renda mensal por prazo preestabelecido pelo participante, que também indica o período de pagamento do benefício, restrito ao limite máximo de meses previsto no regulamento do plano.
Em caso de falecimento do participante antes do término do prazo estabelecido, a renda mensal é paga ao beneficiário por ele indicado.


Opções em caso de desligamento

Os profissionais cobertos por planos de previdência empresariais têm a garantia de recebimento dos valores investidos mesmo em caso de desligamento. Ao deixar a companhia patrocinadora, eles podem continuar investindo e cuidando do futuro ou resgatar parte da contribuição ao plano de previdência, consideradas as regras específicas de cada contrato.
Caso a decisão seja por manutenção do plano, as opções de investimento incluem o autopatrocínio e o benefício proporcional diferido, sendo que o primeiro demanda que o participante arque com a sua parte e a parcela da contribuidora – mas é possível revisaro percentual de contribuição. No benefício proporcional diferido, o participante opta por deixar de contribuir, mas tem a garantia do recurso acumulado atéo seu desligamento.
Assim, o valor fica aplicado até o momento da aposentadoria, mas é importante observar o regulamento, pois há um tempo mínimo exigido de vínculo ao plano no benefício proporcional diferido.
Por fim, ao se desligar da companhia, o participante pode lançar mão da portabilidade, ou seja, a migração para outro plano de previdência, de acordo com suas expectativas e demandas.

Evolução deve ser acompanhada

O fato de o investimento em previdência privada ser de longo prazo, ou seja, a alocação de recursos seguir a lógica de ganhos em um período maior de tempo, não deve justificar a falta de acompanhamento da evolução do plano por parte do participante. O ideal é verificar a rentabilidade em períodos de 36, 48, 60 ou 72 meses.
Outro foco de atenção deve ser em relação à evolução da reserva diante das necessidades e eventuais alterações no padrão de vida, em consequência, por exemplo, de mudança de emprego ou chegada dos filhos. Nesses casos, é recomendável avaliar se as contribuições ainda são suficientes para a realização dos projetos idealizados.




Inclusão

O novo perfil dos investidores

Jovens estão mais propensos a investir em previdência privada, o que implica adaptações do mercado


De acordo com pesquisa FenaPrevi/Ipsos, entre os brasileiros de 25 a 34 anos, a propensão de fazer reservas para o futuro é maior (46% do grupo) do que em outras faixas etárias. Essa mudança de perfil do investidor em previdência privada não é novidade para o setor. A FenaPrevi indica, há mais de cinco anos, que a idade média dos investidores vem diminuindo – só entre 2008 e 2012, passou de 40 para 35anos.
Mais recentemente, a consciência dos jovens sobre investimentos em previdência foi acentuada devido às preocupações em torno da reforma previdenciária e aos esforços das companhias do setor para ampliar a base de clientes. A forma de comunicar os produtos também mudou para incluir os millennials – pessoas nascidas entre 1980 e 1995. Esse novo público não está interessado em apenas poupar dinheiro, mas em investir na realização de suas aspirações. Segundo estudo publicado em 2015 pelo Bank of New York Mellon, que ouviu mais de 1,2 mil jovens da geração do milênio em seis países, 63% dos entrevistados economizariam mais se a conta de aposentadoria permitisse vários saques ao longo da vida.
Atenta a esse cenário, a Icatu Seguros evita associar seus produtos de previdência exclusivamente à aposentaria. Habituada a acompanhar um crescimento da representatividade de jovens em sua base de clientes, a seguradora busca atrelar seus produtos a realizações no curto prazo: comprar uma casa, viajar pelo mundo, pagar a faculdade do filho, entre outras.
No Santander, a demanda por parte dos jovens também tem crescido, e o diretor de Investimentos da instituição no Brasil, Gilberto Abreu, reforça que a previdência não se destina somente à aposentadoria. “Os benefícios fiscais associados ao produto permitem que projetos de médio prazo (cinco anos) sejam vantajosos com esse investimento”, afirma. E acrescenta que as alternativas de diversificação, como fundos Multimercados e fundos atrelados à inflação, também atraem clientes com perfil mais agressivo e com o objetivo de ganhar, e não apenas de acumular recursos.
A comunicação tornou-se mais educativa e é apoiada por recursos digitais, uma vez que o público é mais adepto de aplicativos para tablets e smartphones. Além disso, a resolução CNSP 294, de 2014, da Susep, que permitiu a contratação on-line dos produtos por meio de assinatura eletrônica, intensificou o amadurecimento de ferramentas de canais digitais com vistas a diversificar os meios de distribuição.
Ciente do comportamento dos jovens, o Santander tem investido nessa comunicação.
Segundo Abreu, as novidades nos canais digitais, com recomendação de investimento por perfil e contratação de previdência via app, democratizam a assessoria e aproximam o público de todas as idades, principalmente jovens. “Em todos os nossos materiais e na assessoria destacamos a importância de iniciar a formação dessa reserva o quanto antes. Nossa força de vendas é preparada para trabalhar essa comunicação. Além disso, nos eventos semanais para clientes nas agências e em espaços de eventos apresentamos graficamente a diferença entre começar cedo e adiar o início dessa reserva.”
Nesse sentido, entre os produtos oferecidos pelo Santander está o Prev Primeiros Passos, que permite aos pais ou responsáveis formarem uma reserva que pode ajudar os beneficiários no início da vida profissional, a fazer uma viagem ou a financiar os estudos, por exemplo.


Previdência para todos os bolsos

É melhor contratar desde cedo um plano de previdência complementar, já que os aportes mensais podem ser mais baixos, uma vez que o tempo para acúmulo é maior. Além disso, os juros compostos, somados às contribuições no longo prazo, maximizam os rendimentos.
Aos que têm mais de 40 anos, o investimento em reservas complementares também vale a pena. O importante, no caso, é prestar atenção às modalidades e às taxas de tributação para identificar o plano mais adequado a cada perfil.
Para os mais jovens, que dificilmente têm renda que os levem a buscar benefícios fiscais, o ideal é optar por um VGBL, pois os valores aportados no plano não são dedutíveis do Imposto de Renda (IR).
Nessa modalidade, a Caixa Seguradora desenvolveu o Prev Renda VGBL, com contribuição a partir de R$ 35,00 mensais e possibilidade de suspensão do pagamento diante de imprevistos. A seguradora também suspendeu a taxa de entrada e só aplica a taxa de saída se o valor for retirado antes do terceiro ano de contribuição.
Com o mesmo enfoque, o Santander veio reduzindo o tíquete de entrada em seus fundos de previdência, que já foi de R$ 150,00 há pouco mais de três anos.
Em 2018, a companhia lançou campanha publicitária anunciando ser a primeira do mercado brasileiro com taxa zero para investir e resgatar.
A mesma dica vale para pais ou responsáveis que planejam investir em um plano de previdência para assegurar o futuro de seus dependentes: o VGBL, no longo prazo, pode resultar no resgate de um valor mais alto e líquido de impostos.
Outra vantagem é que o jovem, quando assumir a responsabilidade pelo pagamento das contribuições mensais, adere ao plano mais adequado para quem está iniciando a carreira. Já as pessoas com 40 anos ou mais devem avaliar, na escolha, a renda e a forma de declaração do IR. (Veja mais a respeito na página 2)


Proteção para empregados e associados

Para a oferta de planos de previdência privada a empregados ou associados, estão constituídas as Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC), que são organizadas por empresas e associações. Sua manutenção se dá por meio das contribuições das empresas (os empregadores) e dos empregados, direcionadas aos planos contratados.
O valor é administrado de acordo com o produto escolhido para formar a renda que garantirá a aposentadoria complementar. No caso de associações, o mecanismo é o mesmo, mas as contribuições são feitas apenas pelos associados. Os planos oferecidos pelas EFPC estão estruturados em três tipos:

Contribuição definida (CD): O participante opta pelo valor da contribuição mensal que deseja, sempre considerando que os aportes realizados e o tempo de destinação de recursos, ou seja, o montante recolhido durante o período trabalhado, influenciarão o valor do benefício. Além das contribuições, soma-se ao saldo final de contas do participante a remuneração obtida no investimento. Dessa forma, o benefício a ser recebido na aposentadoria varia em razão da quantia acumulada, do tempo de acumulação e da rentabilidade.

Benefício Definido (BD): Na adesão, o participante já tem ciência do valor do benefício a ser recebido na aposentadoria. As contribuições são variáveis e realizadas com base em componente atuarial – que determina o montante necessário para a aposentadoria com base na idade, expectativa de vida, etc. – e financeiro, que estabelece o valor das contribuições necessárias para o alcance do recurso estipulado inicialmente. Atualmente esse tipo de plano é cada vez mais raro, em razão dos altos riscos envolvidos pela garantia de renda em um longo prazo.

Contribuição Variável (CV): Os planos nessa modalidade são aqueles que apresentam características das duas anteriores – BD e CD. Trata-se, portanto, de uma junção entre contribuição e benefício definidos, com várias organizações e modelagens.





Inclusão

Empresas ofertam plano como benefício aos funcionários


Segundo o presidente da FenaPrevi, Edson Luis Franco, um dos caminhos para a previdência privada se tornar ainda mais inclusiva no Brasil é estimular pequenas e médias empresas a oferecerem planos como benefício aos seus funcionários.
Para os empregados, o benefício pode representar a garantia de aposentadoria, sobretudo no contexto de incertezas acerca da reforma previdenciária, além de as contribuições serem descontadas direto em folha e, no caso do plano gerador de benefício livre (PGBL), a dedução fiscal ser feita no mesmo mês, resultando em uma base menor de cálculo de Imposto de Renda.
Para os empregadores, a oferta contribui para atração e retenção de talentos, assim como para a satisfação e o consequente engajamento. Além disso, as empresas que adotam regime de Lucro Real podem deduzir as contribuições pagas do Imposto de Renda, ofertando o benefício sem alocar uma nova despesa. Já para as organizações que adotam outros regimes de apuração, a média de gastos com a oferta do plano de previdência costuma representar menos de 10% da folha de pagamento.
O Santander é umas das companhias que oferecem planos de previdência corporativa para ajudar os funcionários das empresas a pouparem no longo prazo. Os produtos podem ter a contribuição das empresas ou somente dos colaboradores.
Por meio de um processo digital lançado neste ano aos clientes corporativos, a instituição oferece condições comerciais geralmente mais favoráveis do que uma pessoa física pode obter diretamente nas instituições financeiras, além da facilidade de as contribuições mensais serem debitadas diretamente na folha de pagamento.
Respeitado o enquadramento fiscal e o produto contratado, tanto a empresa quanto o colaborador podem deduzir suas contribuições da base tributável.
Isso significa menos imposto de renda hoje e mais dinheiro para o futuro dos colaboradores.

Planos empresariais

Dois tipos de planos podem ser oferecidos pelas empresas aos seus profissionais:
Patrocinados: Sem contribuição do empregador, mas, mesmo assim, com mais vantagens na comparação com planos individuais.
Instituídos: Quando há, para cada 5% do salário pago pelo funcionário, contribuição de mesmo valor por parte da empresa. Nesse caso, geralmente, é necessário tempo mínimo de trabalho para que o empregado possa resgatar também a contraparte depositada.









Editorial

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