A indústria de previdência complementar aberta apresentou resultados consistentes e encerrou o ano de 2019 em franco crescimento.
De acordo com a Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), as reservas acumuladas pelos 13,5 milhões de
participantes do sistema eram de R$ 946,8 bilhões em dezembro. Na comparação entre o ano passado e 2018, houve aumentos de 16,9% em novos depósitos, que somaram R$ 126,4 bilhões, e de 40,4% em captação líquida (diferença entre novos depósitos e resgates), cujo valor consolidado foi de R$ 55,5 bilhões no fim do último exercício.
Os planos VGBL responderam por 90,8% dos novos depósitos, e os PGBL, por 8,5% das contribuições registradas no ano.
Esses resultados, impulsionados por uma maior consciência dos brasileiros em relação à importância de construir e manter reservas financeiras, é reflexo também de novas configurações de alocação de recursos dos planos de previdência, em busca de retornos mais atrativos. Exemplo são os fundos multimercado, que respondiam, segundo a FenaPrevi, por 13% das aplicações em 2019 – a participação era de 9,8% em 2018 e de 7,3% em 2017.
Neste contexto, a estratégia de ofertar portfólio diversificado e bem estruturado é um dos caminhos para atrair novos investidores e reter os atuais. O Safra é uma das instituições que operam planos de previdência. Com variação de crescimento em captação líquida de 40% em relação a 2018, o banco mantém há vários anos uma linha diversificada de produtos. “Antes da mudança regulatória, já ofertávamos, por exemplo, fundos de previdência multiestratégia, equivalentes ao multimercado, atendendo a clientes que buscam retorno mais estruturado e consistente na carteira
de previdência. Os últimos anos têm sido muito positivos para nós por conta dessa construção de grade que fizemos ao longo do tempo”, destaca Mauricio Hazzan, diretor de Investimentos do Safra Private Banking.
Outro diferencial da instituição, segundo o executivo, é a proximidade e o entendimento das percepções e necessidades dos clientes. Foi essa estratégia que proporcionou que o banco apresentasse resultados superiores à média do mercado nos quatro primeiros meses de 2020, quando, assim como outros setores econômicos, a indústria de previdência foi afetada pela pandemia global da Covid-19. Até o fechamento de abril, o Safra registrou decréscimo em captação líquida de 45% em relação ao mesmo período de 2019, bem abaixo dos 60,5% apurados no mercado em geral, segundo dados da FenaPrevi. Esse desempenho, de acordo com Hazzan, revela a importância da “dinâmica de trabalhar a base, manter proximidade com
o cliente, observar o grau de risco de cada um na diversificada grade, em que há opções de investimento para diversos perfis”.
Como um produto de longo prazo, que ganhou mais flexibilidade nos últimos anos, a previdência privada se firma como investimento atrativo, inclusive em momentos de crise. “Há oportunidades de alocação, de construção de carteira em previdência privada. Por isso, ter um portfólio de produtos muito bem estabelecido, estruturado, que contemple diversos perfis de risco, é o modo de atender o investidor nos vários momentos de vida”, afirma Hazzan. É o que revela uma pesquisa conduzida pela consultoria Mercer, com o apoio da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), para entender os impactos da Covid-19 para a previdência complementar. Segundo o estudo, 59% dos gestores consultados avaliam revisar a política de investimentos para manter a atratividade da previdência complementar.
Restringir o papel dos planos de previdência a acúmulo de recurso complementar aos benefícios pagos pelo INSS é um erro, o que fica ainda mais claro em momentos de crise.
O investimento permite não só a manutenção do patrimônio conquistado, mas também a realização de projetos pessoais e até uma sucessão patrimonial mais tranquila. O importante é contar com uma instituição financeira sólida, capaz de avaliar o apetite de risco do investidor. E, embora o ideal seja aderir a um plano de previdência cada vez mais cedo, a flexibilidade do produto permite
sua contratação em outras fases . O fundamental é que o contratante pesquise bastante para ter o suporte necessário na escolha do produto
que mais se adequa ao seu perfil e momento de vida.
Aprevidência privada, ou complementar, é uma espécie de poupança programada particular, em que as contribuições se acumulam ao longo dos anos e o montante é sacado para complementar a renda após a aposentadoria.
Uma das diferenças do modelo em relação à Previdência Social (INSS) é que o contribuinte pode fazer os depósitos de uma só vez, eventualmente ou
mensalmente, e no valor que for mais conveniente ao seu bolso – há planos em que o depósito mínimo é inferior a R$ 50,00.
Além disso, é possível suspender as contribuições, se houver imprevistos, como desemprego, e sacar o recurso acumulado no caso de desistência do plano – situação em incidem taxas e imposto sobre o valor recebido. Contratar um plano de previdência privada não é complicado. Eles são ofertados
por bancos e seguradoras – cuja licença para operar pode ser consultada no site da Superintendência de Seguros Privados (Susep), www.susep.gov.br, órgão responsável por regulamentar o sistema. Depois de optar pela instituição financeira, o interessado deve se informar
sobre todas as condições e exigências estabelecidas por ela, as taxas e os impostos a serem pagos, a regularidade de incidência deles e as formas de contribuir e receber o benefício no futuro.
Melhor ainda é fazer uma simulação, com a assessoria do gerente do banco ou do corretor, levando em conta a idade com a qual pretende usufruir o recurso e quanto (e com que periodicidade) é necessário poupar para alcançar
a renda desejada. Os aportes podem ser feitos mediante débito automático em conta – mais uma facilidade do sistema.
Outra é a portabilidade, ou seja, a possibilidade de transferir o plano para uma instituição financeira que ofereça mais vantagens. Essa migração é gratuita, mas, dependendo do contrato em vigor, pode haver custo referente à taxa de carregamento de saída.
Quanto à rentabilidade do dinheiro aplicado, diferentemente da poupança, cujo retorno é determinado
– portanto, o mesmo para qualquer banco –, na previdência privada ela é maior e varia de acordo com a instituição. Daí a importância de escolher o melhor gestor dos recursos, capaz de escolher onde aplicálos com segurança para obter o melhor rendimento possível, oque vai impactar diretamente no valor a ser recebido no futuro.
Há dois tipos de planos de previdência privada disponíveis no mercado: o Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) e o Plano Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL). Veja a diferença entre eles:
Ao contratar um pano de previdência privada, o investidor pode indicar como beneficiários, no caso de sua morte, pessoas que podem ou não ser da família, e também determinar o percentual do recurso acumulado ao qual cada um dos beneficiários terá direito. Isso porque os planos não são incluídos no espólio como herança, o que não apenas facilita o processo de sucessão, como livra os herdeiros do pagamento do Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCM), devido aos estados,
cuja alíquota pode chegar a 8% (em São Paulo, é de 4%).
Seja PGBL, seja VGBL, os planos de previdência privada estão sujeitos a dois regimes de tributação de resgate: o progressivo (ou tabela progressiva) e o regressivo (ou tabela regressiva). O imposto de renda na fonte é recolhido, em ambas as modalidades, no momento do pagamento do benefício ou do resgate – inclusive
por desistência. Assim, o pano deve ser escolhido considerando o tempo do investimento e o valor que se pretende acumular no período de contribuição.
Ampliar o pacote de benefícios é uma forma de reforçar a competitividade de uma marca empregadora no mercado
de trabalho. E os planos de previdência complementar empresariais se destacam nesse sentido, sobretudo em cenários de oscilação econômica, em que os trabalhadores intensificam a busca de alternativas de investimento no futuro. De acordo com estudo recente da corretora de seguros Aon, já passa da metade (51%) o número de empresas brasileiras que oferecem alguma modalidade de plano de previdência privada aos seus funcionários, seja fechada, seja aberta.
Na primeira, a organização pode aderir a um fundo de pensão multipatrocinado ou criar a própria entidade fechada de previdência complementar (EFPC). Já no segundo caso, a contratação do plano se dá por intermédio de corretor ou diretamente por seguradora ou entidade aberta de previdência complementar (EAPC).
Os benefícios são custeados por contribuições dos empregados participantes durante a fase ativa de produção e podem ser suplementados por contribuições das empresas. Além do potencial para atração e retenção de profissionais, os aportes feitos pela organização podem ser deduzidos como despesa operacional para fins do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), até 20% da folha salarial dos participantes dos planos. As contribuições que excedem esse limite podem ser usadas para abater parte da base de cálculo da CSLL. Assim, as companhias podem ter incentivo fiscal de 34% do valor gasto com o programa ofertado.
Ao desligar-se da empresa patrocinadora do plano de previdência complementar, o trabalhador pode manter seu investimento no futuro por meio de diferentes caminhos.
O primeiro é autopatrocínio, em que passa a contribuir sozinho com o equivalente à sua parte e à parcela da então ex-patrocinadora. Outra opção é resgatar 100% do saldo das contribuições feitas – o acesso às contribuições da empresa instituidora, nesse caso, dependerá do cumprimento de carências fixadas na legislação e de cláusulas contratuais de vesting.
Há ainda o caminho da portabilidade, que consiste na transferência do saldo das contribuições do trabalhador para outro plano. Dependendo do tempo de vínculo, ele poderá transferir também parte ou o total do saldo das contribuições que a empresa fez em seu nome.
Essa é uma alternativa atraente, uma vez que o beneficiário tem a possibilidade de buscar por planos com com menores taxas e, eventualmente, uma maior rentabilidade, o
que pode garantir a tranquilidade financeira necessária no futuro.
Apandemia da Covid-19 é exemplo de que imprevistos acontecem e, por isso mesmo, é necessário estar preparado para enfrentá-los. E são justamente as incertezas futuras que estimulam o crescimento de uma modalidade do sistema de previdência complementar: a destinada ao público infantil.
Os planos de previdência privada desse tipo não visam apenas garantir a aposentadoria da criança, mas possibilitar o planejamento dos resgates para o custeio de curso de graduação, aquisição do primeiro carro ou
aquisição da casa própria – uma vez que o saque dos recursos pode começar a ser realizado entre 18 e 21 anos. Um dos produtos nesse sentido é o BBPrev Futuro, lançado no ano passado pela BB Previdência,
que permite aos participantes protegerem o futuro de seus familiares até terceiro grau com benefícios de aposentadoria normal e a flexibilidade de concessões antecipadas para realização de outros objetivos.
Produto naturalmente desenhado para o longo prazo, o plano previdenciário é uma opção de investimento atraente também em razão da flexibilidade do valor da contribuição financeira necessária para acumular
grande volume de recursos. O Previdência Júnior da Ciclic, por exemplo, permite investimentos a partir de R$ 1,00, descontado diretamente do cartão de crédito.
Após ingressarem no mercado de trabalho, os jovens beneficiários podem até dar continuidade ao investimento iniciado por seus pais ou responsáveis.
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