*Conteúdo produzido pela Point e publicado no jornal Folha de S.Paulo em 28/07/24
Domingo, 28 de julho de 2024
Domingo, 28 de julho de 2024
O termo Sustentabilidade tornou-se protagonista e pauta constante em qualquer canto do planeta, especialmente ao longo das últimas décadas. Amplo, inclusivo e dinâmico, ele aponta para um processo já inaugurado e necessário à preservação e/ou à viabilidade do planeta hoje, e nos médio e longo prazos. A promoção do desenvolvimento sustentável prevê a utilização eficiente e racional ou mesmo a regeneração de recursos no presente de forma a não comprometer o amanhã, assim como a tomada de decisões e escolhas éticas e morais que contemplem, também, a busca por mais equidade e justiça social.
(Anúncio) Lwart Soluções Ambientais
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Redução das emissões precisa ser priopridade
(Anúncio) Grupo Carrefour Brasil
Ciclos de vida prolongados, recursos valorizados
Movimentações em prol do modelo
Sustentabilidade do início ao fim
Governança qualificada e transparência em alta
Sustentabilidade do início ao fim
Em meados da década passada, 193 países engajaram-se formalmente com uma Agenda 2030 e integrada por 17 objetivos macro, subdivididos em 169 metas específicas. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), sua promotora e incentivadora, eles “são integrados e indivisíveis, e equilibram as três dimensões do desenvolvimento sustentável: a econômica, a social e a ambiental” e constituem plano de ação para as pessoas, para o planeta e para a prosperidade.
No entanto, segundo a própria ONU, que também monitora a evolução dos chamados Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs), há um atraso significativo no atingimento daquilo que foi proposto: faltando apenas seis anos para o prazo final, apenas 17% das 169 metas estão em vias de serem alcançadas. Parcos avanços, estagnações e até retrocessos em relação aos temas pactuados têm justificativas multifatoriais e revelam disparidades regionais, mas é evidente que os impactos da pandemia de COVID-19, de conflitos e tensões geopolíticas e das alterações climáticas inibiram ou continuam a frear os progressos. Apesar dos indicadores preocupantes em relação aos ODSs, a ONU garante que há esperança de cumprir vários dos propósitos até 2030. Para isso acontecer, Guterres reforçou o convite à ação por parte de todos os setores da sociedade, bem como a mensagem sobre a necessidade de investimentos massivos e de políticas mais eficazes.
Ricardo Mastroti, diretor-executivo do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), organização que dissemina o debate sobre o tema e reúne empresas que representam dos mais variados setores da economia no país, a Agenda 2030 requer um grande nível de transversalidade, com medidas abrangentes do poder público, das empresas e da sociedade civil, além de uma visão de médio e longo prazo. “Ela passa por temas como regulação, financiamento e cadeia de fornecedores, por exemplo. Exige, portanto, uma visão de Estado e ser colocada no centro da tomada de decisões nos negócios”, detalha o dirigente do CEBDS.
Ele aponta, ainda, que o Brasil pode liderar a transição para uma economia mais verde e inclusiva, por exemplo, e aproveitar assim suas vantagens competitivas, uma vez que é detentor da maior floresta e da maior biodiversidade do mundo, mas que, para isso, é preciso modificar o caminho do dinheiro. “Os fluxos de capital e de investimentos são hoje muitas vezes direcionados na contramão do ambientalmente correto e do socialmente justo e inclusivo. O desafio é redirecionar essas movimentações para atuações regenerativas, que ajudam a diminuir as desigualdades. O CEBDS tem diversas iniciativas nessa direção, sendo uma delas a Plataforma de Ação pela Natureza, lançada durante a última COP de biodiversidade, a COP 15, para que as empresas desempenhem um papel de liderança na proteção e gestão de ecossistemas vitais para suas operações, respondendo às demandas do Marco Global da Biodiversidade de Kunming-Montreal”, amplia Ricardo.
Se o cenário em relação aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) não é o ideal, existem, sim, melhorias que merecem ser celebradas já. Dentre elas, a redução da pobreza laboral na Ásia Central e Meridional em 6,9% e o recuo de 22,3% no número de crianças afetadas pelo retardo do crescimento. Também foram computados a redução de novas infecções por HIV em mais de 50%, o avanço da assistência de qualidade nos partos evoluiu para 86%, e as maiores incidências na conclusão da escola por meninas e do ensino superior, de maneira geral, em muitas regiões. Enaltece-se, ainda, a retração contínua da pobreza em países de rendas média e alta, o acréscimo anual de 8,1% na geração de energia renovável nos últimos cinco períodos, a queda nos índices de desemprego, a ampliação do financiamento climático (em 30% desde 2021) e ampliação, em 70%, acesso de pessoas à internet em apenas 8 anos.
Do outro lado da balança, porém, pesam negativamente estagnações ou retrações que afastam as sociedades de um planeta melhor e mais justo para seus inquilinos. Por exemplo, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita em países vulneráveis cresceu menos da metade em comparação com os de nações mais consolidadas e uma em cada 10 pessoas no mundo sofre de fome, enquanto acima de 1 bilhão de refeições comestíveis são desperdiçadas todos os dias. No âmbito da saúde, 4,5 bilhões de humanos não estão cobertos por nenhum serviço na área e pelo menos 14,3 milhões de crianças não receberam nenhuma vacina. Sobre educação, há registo de piora nos desempenhos em matemática e leitura em muitos contextos nacionais, enquanto no âmbito do trabalho apenas 27,5% dos cargos de gerência são ocupados por mulheres, enquanto elas respondem por 40% da força laboral, permanecendo um abismo entre gêneros. Por fim, em 2022 mais de metade da população mundial experimentou escassez severa de água durante pelo menos parte do ano, é contínuo o aumento nas temperaturas globalmente, com o consequente o branqueamento de corais, e 2023 marcou um recorde no que diz respeito ao deslocamento forçado de mais de 120 milhões de pessoas por conta das escaladas em conflitos em diferentes áreas do globo.
Lwart Soluções Ambientais é referência mundial em rerrefino de Óleo Lubrificante Usado ou Contaminado (OLUC), processo que dá nova vida ao resíduo e protege o meio ambiente
Economia circular converteu-se em um conceito-chave para o alcance de um planeta sustentável ao representar uma alternativa inteligente e viável à ainda prevalente “economia linear”, caracterizada pela sequência extração-produção-consumo-descarte. O novo conceito viabiliza minimizar a extração de recursos naturais e maximizar seu valor e potencial de (re)aproveitamento, bem como ampliar eficiências nos desenvolvimentos de processos e no uso de produtos. Um estudo recentemente lançado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) em parceria com a International Solid Waste Association (ISWA), intitulado Global Waste Management Outlook, reforçou a mensagem sobre o potencial positivo da economia circular: a sua adoção pode proporcionar um benefício líquido total de 108,5 bilhões de dólares por ano no mundo.
A Lwart Soluções Ambientais, empresa 100% brasileira, tornou-se referência e um exemplo de economia circular pelo seu trabalho de coleta e transformação do Óleo Lubrificante Usado ou Contaminado (OLUC). Através do rerrefino, uma espécie de reciclagem, aquele óleo queimado originado após o uso de motores de veículos, máquinas e equipamentos, ganha vida nova.
As atividades da companhia evitam que esse perigoso vilão contamine a água, o solo e o ar, e ainda dão a ele um destino nobre, em um ciclo infinito: o OLUC se transforma em óleos básicos, que são comercializados com indústrias de lubrificantes e, após aditivados, regressam ao mercado para serem utilizados em setores como o automotivo, agrícola, elétrico e alimentício. “Na Lwart, temos consciência de que o mundo caminha para uma redução nas soluções de matriz fóssil, mas entendemos que isso não acontecerá no curto prazo. Assim, acreditamos no poder da economia circular e estamos focados em resolver uma demanda do presente, transformando a maior quantidade possível de OLUC e evitando que ele chegue ao meio ambiente”, diz Roberta Colleta, Head de Comunicação e Marketing da Lwart Soluções Ambientais.
Essa determinação está traduzida em investimentos em pesquisa, inovação, tecnologia e conscientização, bem como na manutenção de uma equipe qualificada, conjunto de fatores que levou a organização a ser benchmark mundial em eficiência no processo de rerrefino. Hoje, a cada 100 litros de OLUC transformados pela Lwart, 75 são reinseridos em cadeias produtivas como óleos puros, de alta qualidade e para variadas aplicações. No mundo, a média de reaproveitamento é de 70%. Marcelo Murad, Diretor de Óleos Básicos da Lwart, explica que os demais componentes extraídos no processo do rerrefino também têm destinos nobres: a fração leve, separada por destilação, é utilizada para a geração do calor necessário para a própria fábrica da Lwart, enquanto os aditivos degradados tornam-se matéria-prima para a fabricação de mantas asfálticas e impermeabilizantes. Os aproximadamente 8% de água presentes no OLUC, por sua vez, passam por tratamento e são devolvidos limpos ao meio ambiente. Isso permite à empresa definir suas atividades como próximas de ser “resíduo zero”.
Atualmente há diversos projetos de inovação e tecnologia concentrados em economia circular e ecoeficiência em andamento na Lwart, para aperfeiçoar o desempenho da companhia hoje e no futuro, tanto em relação aos resíduos já conhecidos pela empresa, como o OLUC, mas também em novas soluções e formas de reaproveitamento que beneficiem o meio ambiente. “Nossa vocação é transformar. Buscamos aperfeiçoar nossas atividades sempre e queremos que nossa nova fábrica nasça com uma performance tão boa ou melhor do que a da atual”, explica Marcelo, referindo-se à unidade em construção também em Lençóis Paulista (SP). Com investimento de R$ 1 bilhão, ela ampliará a capacidade de processamento de OLUC na organização para 360 milhões de litros ano, convertendo-a em segunda maior rerrefinaria do mundo. Paralelamente, a empresa incrementará o número de centros de coleta que mantém pelo Brasil, que passarão dos atuais 18 para 25. A ideia é aumentar a coleta em mais 10 milhões de litros por mês e, para isso, a conscientização, seja de parceiros, seja dos consumidores, é fundamental.
A Lwart, nos últimos anos, promove ações que educam sobre a relevância da destinação correta do Óleo Lubrificante Usado ou Contaminado. Por exemplo, criou um personagem, o OLUC, para alertar a sociedade, de maneira lúdica e efetiva, sobre esse vilão ambiental, desconhecido por muitos. Também se aproximou de competições automobilísticas, como GP São Paulo de F1, Stock Car e Rally dos Sertões, em que, além de levar conscientização ao público, faz a coleta dos resíduos originados nos eventos e ajuda a torná-los mais sustentáveis.
Razões para que toda a sociedade se engaje em prol da coleta e da destinação adequadas de Óleo Lubrificante Usado ou Contaminado não faltam. Um único litro de OLUC pode contaminar 1 milhão de litros de água. Ainda, a queima do resíduo, proibida no Brasil, mas ainda praticada por alguns, resulta na emissão de gases poluentes e do efeito estufa. A obtenção de óleos a partir de OLUC é vantajosa também em razão de sua menor pegada de carbono.
Marcelo reforça que o engajamento em assegurar a gestão correta de OLUC não demanda mudanças drásticas de rotina ou custos adicionais aos cidadãos. Por exemplo, as pessoas perguntarem sobre a destinação do resíduo ao trocarem o óleo usado de seus veículos em postos ou concessionárias, e exigirem que ele seja enviado a uma rerrefinadora, já configuram ações importantes que beneficiam o meio ambiente, a economia e a sociedade.
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Em abril deste ano, Simon Stiell, o secretário executivo da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC), em um discurso, advertiu que governos, líderes empresariais e bancos de desenvolvimento têm apenas dois anos para tomar medidas capazes de evitar alterações climáticas muito piores das que já vivenciamos e, assim, salvarem o planeta. Isso porque, se por um lado cientistas confirmam a necessidade de reduzir para metade as emissões de gases com efeito de estufa prejudiciais ao clima até 2030 para impedir um aumento das temperaturas superior a 1,5°C, o que provocaria mais condições meteorológicas e calor extremos, por outro, em 2023, as liberações de CO2 relacionadas estão longe do patamar necessário. O recado atinge a todos, mas foi direcionado especialmente às 20 principais potências econômicas mundiais que, juntas, respondem por 80% das emissões.
Há um reconhecimento quase universalizado sobre a necessidade de a descarbonização avançar a passos rápidos e largos, ou seja, de buscar a redução das emissões de CO2 provenientes da atividade humana, e eventualmente, até eliminá-las. Trata-se de perseguir uma “neutralidade carbônica líquida” o que requer, por exemplo, eliminar uso de combustíveis fósseis e priorizar fontes de energia mais limpas. O processo não é simples, implica mudanças importantes e exige investimentos em ciência, tecnologias, infraestrutura, restauração de terras e solos, energia renovável e construções sustentáveis. No entanto, a perspectiva é de que todos os dispêndios, de esforços ou monetários, serão amplamente recompensados na forma de benefícios socioeconômicos, empregos e bem-estar.
Muitas organizações têm anunciado publicamente sua intenção de se tornarem carbono neutras e/ou NetZero (a última expressão abrange todos os gases de efeito estufa). É o caso do Grupo CPFL. Com a atualização anual do Plano ESG 2030 da companhia, o seu compromisso de ser carbono neutro passou a considerar, a partir deste ano, uma redução de 56% das emissões totais (escopos 1, 2 e 3) – comparadas ao total do ano-base 2021 – até 2030. Antes disso, até 2025, a CPFL já será uma companhia carbono neutro, de forma alinhada ao movimento Ambição NetZero, a que o grupo aderiu em 2022. Isso porque 100% das emissões de gases do efeito estufa serão compensadas por meio de créditos de carbono, durante o próprio processo de descarbonização. “Sempre alvo de atenção, distintos fatores têm colocado ainda mais luz, recentemente, sobre os créditos de carbono e ao uso desse instrumento pelas organizações privadas como parte de suas estratégias climáticas”, disse Rodolfo Sirol, diretor de Sustentabilidade e Meio Ambiente da CPFL Energia.
O tema da descarbonização está refletido em outros compromissos do Plano ESG da companhia, tais como o de geração 100% renovável até 2030, de eletrificação de 15% da frota técnica operacional, e do foco em compras sustentáveis. “Enquanto trabalhamos para cumprir as ambições com que nos comprometemos, seguiremos atentos aos recentes movimentos idealizados para aprimorar o mercado voluntário e sua repercussão no Brasil, e aos desdobramentos do mercado regulado brasileiro, para sempre assegurar a nossa adesão às melhores práticas”, diz Sirol.
O diretor executivo do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), Ricardo Mastroti, destaca que a implementação do mercado de carbono regulado no país é uma das principais demandas em termos de políticas públicas para o setor empresarial, e que essa agenda é uma bandeira do CEBDS desde 2016. “Os setores que serão regulados estão pedindo por isso. A economia de baixo carbono representa para o Brasil um grande potencial de aumento de produtividade e vantagens comparativas, bem como em termos de abertura de mercados internacionais. As empresas já têm atuado no âmbito do mercado voluntário, mas é fundamental que seja implantado um mercado regulado”, detalha. Ricardo considera que cabe ao poder público instituir políticas que orientem a redução do impacto ambiental das atividades econômicas e incentivem um ecossistema de inovação que favoreça a atração de investimentos e o desenvolvimento de soluções sustentáveis para o crescimento econômico do país. “A criação de um mercado regulado de carbono impulsiona o setor empresarial e o país ao protagonismo internacional na agenda de enfrentamento à mudança do clima”, considera o dirigente do CEBDS.
“O caminho do desenvolvimento sustentável é o que o setor empresarial está seguindo. Aliás, é o único caminho possível. As empresas querem promover, já no curto prazo, um desenvolvimento que gere empregos e renda de forma sustentável. O CEBDS tem um importante trabalho para acelerar esse caminho.”, diz o diretor-executivo da entidade, Ricardo Mastroti. Com ações de advocacy e atuando como um hub capaz de conectar diferentes setores, a organização tem, há 27 anos, empresas por meio da capacitação, articulação de Câmaras Temáticas (CTs) e os Grupos de Trabalho (GTs), assim como via disponibilização de pesquisas e ferramentas para elevar os padrões de sustentabilidade dos negócios. Um desses recursos oferecidos às companhias é a Plataforma NetZero, desenvolvida para apoiá-las em suas jornadas de descarbonização. Iniciativa pioneira, ela contribui para que as organizações consigam desde otimizar as suas operações internas a influenciar políticas públicas nacionais e contribuir para os padrões NetZero internacionais. A ideia é de que a plataforma seja também uma catalisadora para a conscientização e o comprometimento com a causa climática.
Recurso do Grupo Carrefour Brasil é exemplo de benefício à região amazônica, atingindo 6 mil pessoas e 230 mil propriedades, em área de mais de 1 milhão de hectares
O Brasil é o país com a maior biodiversidade do mundo, formado por seis biomas com características distintas ecológicas, mas que se conectam. Proteger esses ecossistemas é essencial para manter o equilíbrio natural e combater as mudanças climáticas. Para isso, diferentes atores da sociedade precisam participar ativamente, o que inclui a iniciativa privada, peça importante que dispõe de dinamismo e recursos para investir em novas soluções socioeconômicas mais sustentáveis.
Exemplo de participação empresarial é o recente anúncio do Grupo Carrefour Brasil de investir R$ 28 milhões em projetos de conservação e restauração de ecossistemas, a partir do fortalecimento e do desenvolvimento sustentável de comunidades que protegem e vivem da floresta amazônica. Ao todo, são cinco iniciativas que receberão o aporte, com a expectativa de impactar positivamente mais de 6 mil moradores do bioma, incluindo ribeirinhos, agricultores familiares e povos indígenas e tradicionais. A abrangência do impacto é de 1,2 milhão de hectares e 230 mil propriedades na região amazônica até 2027.
“Temos o compromisso de contribuir para mudanças positivas e transformadoras dos sistemas alimentares. Os projetos selecionados refletem essa visão ao promoverem práticas sustentáveis a partir de soluções inovadoras e colaborativas, restaurarem ecossistemas e criarem oportunidades econômicas e bem-estar para as populações” afirma Susy Yoshimura, Diretora Sênior de Sustentabilidade da Companhia.
O Grupo Carrefour Brasil tem demonstrado um compromisso robusto com a sustentabilidade e a preservação ambiental, especialmente no que tange ao combate ao desmatamento e ao fomento de práticas produtivas que incentivam a manutenção da floresta em pé. Um exemplo disso é o Comitê de Florestas, integrado por dois membros do Conselho de Administração e cinco especialistas de mercado. Além disso, os R$ 28 milhões anunciados agora fazem parte de um fundo de florestas no valor de R$ 50 milhões.
“Já atuamos de forma responsável e permanentemente empenhada na agenda de sustentabilidade, e nos valemos de nossos conhecimentos e capilaridade para impulsionar avanços ainda mais significativos na proteção da biodiversidade. Esse é mais um passo no nosso propósito de liderar a transição alimentar para todos, de maneira responsável e consciente”, diz Stephane Maquaire, CEO do Grupo Carrefour Brasil.
As iniciativas que receberão o investimento foram escolhidas por proporem o uso sustentável da terra, a recuperação de áreas degradadas e/ou fortalecerem o desenvolvimento socioeconômico de comunidades locais. São elas:
Apoio ao programa Laboratórios Criativos da Amazônia (LCA) e à introdução de uma Biofábrica 4.0, empreendimentos que visam uma nova bioeconomia para a região e favorecer a valorização de itens originados nos povos tradicionais, nos territórios Sete de Setembro (entre MT e RO) e Tapajós (PA). O investimento favorece o desenvolvimento, a inovação e a identificação de soluções para as cadeias de valor do cacau e do cupuaçu.
O Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (Idesam), receberá aporte focado no Café Apuí Agroflorestal, em Apuí (AM), para a construção de um viveiro local para produção de mudas de café robusta e testar novas espécies para agroflorestas. Além disso, a estrutura de beneficiamento existente será ampliada para aumentar a capacidade de armazenamento e permitir a classificação de cafés como gourmet. O projeto também prevê assistência técnica especializada para acompanhar os produtores.
O Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) trabalha para unir a produção e a conservação, combinar benefícios às pessoas, ao meio ambiente e à economia, e reduzir as emissões de gases do efeito estufa. O Grupo quer apoiar a criação de mecanismos de equalização de preços, apoiando a implementação de instrumentos para valorizar e comercializar produtos de povos indígenas e tradicionais da Amazônia. O projeto dará condições diferenciadas de negociação para os produtores.
O apoio ao MapBiomas visa a colaborar para a inovação e para o aperfeiçoamento nas atividades da rede, integrada por ONGs, universidades e startups de tecnologia. A MapBiomas mapeia a cobertura e o uso da terra e monitora a superfície de água e cicatrizes de fogo no Brasil para revelar as transformações do território nacional, tornar acessível o conhecimento e estimular a conservação e o manejo sustentável.
O trabalho da TNC Brasil abrange o desenvolvimento de soluções escaláveis de combate ao desmatamento na indústria de carne bovina, o Grupo fará parte da rede de colaboração na mobilização de produtores, frigoríficos, organizações públicas e privadas para transformar os direcionadores sistêmicos e enraizados que causam o desmatamento em regiões sensíveis do Brasil, promovendo uma pecuária bovina livre de desmatamento e regenerativa, bem como transparência e rastreabilidade individual, além de apoiar pequenos e médios produtores do Pará, Mato Grosso e Rondônia.
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A transição da economia linear – majoritária nos dias de hoje – à economia circular (EC), na opinião dos autores Peter Lacy e Jakob Rutqvist, em seu livro Waste to Wealth: The Circular Economy Advantage, pode ser o maior desafio e, ao mesmo tempo, a maior oportunidade dos últimos 250 anos para organizar a produção e o consumo na economia global. Segundo eles, essa transformação representa ainda a possibilidade para companhias agregarem diferenciais competitivos ao adotarem modelos de negócios inovadores, relacionados a essa nova forma de gerir, da manufatura aos descartes, os ciclos de vida de diferentes produtos. Trata-se de converter, cada vez mais, “resíduos em riquezas”.
Em fevereiro deste ano, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) divulgou o estudo Além da era do desperdício: transformando o lixo em recurso. Trata-se de um panorama global do manejo de resíduos emitido anualmente pela entidade e que apura o custo da má gestão e do desperdício em diferentes cadeias produtivas. De acordo com a publicação, a geração de resíduos sólidos urbanos deverá crescer de 2,3 bilhões de toneladas em 2023 para 3,8 bilhões de toneladas até 2050, e em 2020, os dispêndios diretos da gestão desses materiais, no mundo, foi de estimados US$ 252 bilhões. No entanto, quando se consideram os valores da poluição, da saúde precária e das alterações climáticas resultantes de más práticas, o custo sobe para US$361 bilhões. Se não forem adotadas medidas em relação a esse quadro, o montante pode saltar a US$ 640,3 bilhões.
Por outro lado, a publicação traz a estimativa de que controlar os resíduos por meio de medidas de prevenção e de administração corretas pode limitar os custos anuais líquidos até 2050 a US$ 270,2 bilhões. Outra boa notícia é a previsão de que a adoção do modelo de economia circular, em que a geração de resíduos e o crescimento econômico são dissociados pela adoção de prevenção da geração de resíduos, práticas comerciais sustentáveis e gestão completa de materiais descartados, pode levar a um ganho líquido total de US$ 108,5 bilhões por ano ao longo dos próximos 26 períodos.
O modelo de EC representa a possibilidade e a intenção de acabar com a linearidade prevalente em diferentes cadeias de negócios, nas quais mantém-se a lógica sequencial de extração, produção, consumo e descarte. A economia circular rompe com ela ao dar a materiais variados destinos que os reinsiram nos processos e, assim, ajudam a proteger, preservar e regenerar a natureza. Ou seja, baseia-se no desenvolvimento de soluções e na adoção de processos como os de manutenção, reuso, recondicionamento, remanufatura, reciclagem e compostagem. Todos eles contribuem, direta ou indiretamente, para frear as mudanças climáticas, para a manutenção da biodiversidade, para minimizar resíduos e poluição, e para desvincular atividades econômicas do consumo de recursos finitos. A ideia, grosso modo, é a de que a extração de insumos seja menor do que o consumo deles, assim como a originação de resíduos fique abaixo da capacidade de o meio ambiente de absorvê-los e/ ou transformá-los.
Os impactos positivos da economia circular são financeiros, ambientais e sociais, uma vez que ela pode proporcionar a criação de empregos em diversas áreas – incluindo reciclagem, manutenção e recondicionamento, mas também em novas funções – e estimula a aquisição de novas habilidades por profissionais, por meio de treinamentos e educação. Ela também tem potencial para favorecer consumidores em razão de incentivar produtos mais duráveis, reutilizáveis e retornáveis, com economias em toda a cadeia, e elas podem acabar repassadas aos preços finais. Ambientalmente, os atributos positivos do modelo circular são ainda mais evidentes: redução no uso de matérias-primas e recursos não renováveis (como a água), menor necessidade de transporte e de manufatura de mercadorias, minimização do risco de contaminação de ecossistemas, estímulo à busca por produtos/fornecedores locais e, é claro, queda nas emissões de gases do efeito estufa.
Há empresas que até mesmo pelas características dos seus negócios têm na economia circular uma prática comum e constante. Exemplo disso é o da Lwart Soluções Ambientais, cuja principal atividade é o rerrefino de Óleo Lubrificante Usado ou Contaminado (Oluc), resíduo proveniente dos mais variados tipos de máquinas e motores, como por exemplo, de veículos. Se disposto na natureza, o Oluc traz consequências severas, como a contaminação de solos ou corpos d´água, ou, ainda, se queimado (prática ilegal no país), resulta na emissão de gases poluentes. Porém, se encaminhado corretamente a uma rerrefinadora como a Lwart ele ganha vida nova. O Oluc coletado pode passar por esse tratamento, uma espécie de reciclagem, infinitamente. A maior parcela dos resíduos tratados resulta em óleos básicos de alta pureza, vendidos às empresas que manufaturam lubrificantes. Os demais subprodutos do rerrefino também podem ser reaproveitados por outras indústrias (como para a produção de manta asfáltica).
“A Lwart Soluções Ambientais é uma empresa 100% brasileira, líder nacional no segmento de coleta e rerrefino do Óleo Lubrificante Usado ou Contaminado e referência mundial na produção de óleos básicos de alta performance (Grupo II). Atua em linha com a economia circular e em seu potencial para a preservação do planeta, ou seja, nosso core business é pautado pela sustentabilidade, uma vez que acreditamos que nada se perde, tudo se transforma, e que resíduos são uma fonte de enorme valor”, detalha Marcelo Murad, diretor de Óleos Básicos.
A empresa investe continuamente em inovação e no desenvolvimento de pessoas para atender às demandas dos clientes e agregar valor à cadeia de logística reversa e à transformação dos resíduos. “Nossos avanços constantes em pesquisa e desenvolvimento estão diretamente ligados ao propósito da companhia. Temos a missão de fornecer soluções ecoeficientes aos nossos clientes. Para isso, estamos sempre buscando novas tecnologias e inovações para produzir mais com menos, melhorar a eficiência interna e de nossos parceiros, e reduzir os impactos sobre o meio ambiente”, finaliza Marcelo.
Pelos atributos indiscutivelmente positivos que carrega, a Economia Circular instiga organizações públicas e privadas a construir projetos e políticas para impulsioná-la. Por exemplo, o Pacto Global da Organização das Nações Unidas no Brasil, anunciou em outubro do ano passado, um novo movimento dentro de sua estratégia Ambição 2030. Denominado Conexão Circular, ele reúne empresas nacionais que assumem e adotam metas para garantir, até 2030, que zero resíduo seja destinado para aterros e adotar pelo menos um modelo de negócio circular.
Uma das companhias que aceitou o chamamento à iniciativa foi o Grupo Carrefour Brasil, maior varejista do país. No que se refere à economia circular, especificamente, ele tem como ambição garantir que 100% das embalagens de marca própria sejam recicláveis, compostáveis ou biodegradáveis até 2025. Para a diretora sênior de Sustentabilidade, Susy Yoshimura, a adesão ao Conexão Circular reforça o comprometimento e o propósito do Grupo em oferecer alimentos de qualidade, sustentáveis e acessíveis à população, e que faz isso de maneira alinhada à sua estratégia de impulsionar a transição alimentar. “Participar deste movimento é também poder inovar a partir de sinergias, trocas e aprendizados em desafios comuns ou complementares”, declarou Susy.
Durante a reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, no final do último mês de junho, o presidente da república, assinou o decreto 12.082/2024 que institui a Estratégia Nacional de Economia Circular (ENEC). Sua finalidade é a de promover a transição do modelo linear para este novo, de modo a incentivar o uso eficiente dos recursos naturais e das práticas sustentáveis nos diferentes setores. O decreto cria um ambiente normativo e institucional para a Economia Circular, prevê o fomento à inovação, à cultura, à educação e à criação de competências para reduzir e reutilizar e para promover o redesenho da produção, assim como propõe instrumentos financeiros e financiamentos para fortalecer o modelo circular, e promove a articulação entre entes da federação e o envolvimento dos trabalhadores e trabalhadoras. O ENEC também institui o Fórum Nacional de Economia Circular, órgão de governança que ficará responsável pela elaboração do Plano Nacional de Economia Circular, que definirá metas, padrões e indicadores para a relacionados ao tema no Brasil.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) disponibiliza a Rota da Economia Circular, ferramenta que permite a empresas fazerem um autodiagnóstico e obterem recomendações para serem mais sustentáveis ao valerem-se do modelo de Economia Circular. O recurso foi desenvolvido a partir de pesquisas do Centro de Pesquisa em Economia Circular da Universidade de São Paulo (InovaUSP) e com apoio da consultoria Upcycle. A ideia é que ela seja um instrumento que ajude a organizações nas tarefas de definir estratégias e construírem planos de ação para adoção de práticas, tendo como referência os melhores exemplos mundiais. Para usar a Rota da Economia circular, basta fazer cadastro no site e responder aos questionários apresentados, o que não precisa ser feito de uma única vez. Os quatro módulos da avaliação compreendem Gestão estratégica, Planejamento da Solução, Gestão de recursos, e Produção e Entrega da Solução. Uma vantagem da ferramenta também a sua versatilidade, já que as empresas podem refazer o diagnóstico conforme adotem ações para fortalecerem sua trajetória em direção à Economia Circular.
Prática cada vez mais difundida entre organizações públicas ou privadas, de capital aberto ou fechado, consiste na elaboração de Relatórios de Sustentabilidade (RSs) baseados em frameworks internacionalmente reconhecidos. Além de instrumentos de comunicação e prestação de contas a diferentes stakeholders (que exigem cada vez mais essa transparência), essas publicações, normalmente com periodicidade anual, funcionam como ferramenta de gestão, uma vez que registram tanto as ambições quanto os progressos e resultados econômicos e sociais das entidades relatoras.
A crescente relevância desse tipo de documento está evidente no fato de alguns governos e órgãos reguladores terem começado a estipular a obrigatoriedade da sua apresentação. A Superintendência de Seguros Privados (Susep), por exemplo, publicou, em junho de 2022, uma circular que dispõe sobre os requisitos de sustentabilidade a serem observados pelas sociedades supervisionadas por ela, e eles incluem a elaboração e divulgação, até o dia 30 de abril de cada exercício, de um relatório. Também o Banco Central está em processo de formatação de regramento na divulgação de informações de riscos sociais, ambientais e climáticos por parte de instituições financeiras. A ideia é agregar confiabilidade e comparabilidade aos dados divulgados pelas companhias. Ainda, a Comissão de Valores Mobiliários passará a exigir que as empresas listadas em Bolsa divulguem informações não-financeiras segundo os padrões internacionais da International Sustainability Standards Board (ISSB) em 2026.
Em relação á publicação de RSs, Marcelo Murad, diretor de Óleos Básicos da Lwart Soluções Ambientais, explica que, para a companhia, a elaboração do documento traduz o compromisso da empresa em dar transparência às suas ações, e por consequência, de influenciar outras corporações a adotarem em suas rotinas, práticas e metas ESG. “Atualmente muitas intenções e expectativas são difundidas no meio empresarial, e nosso relatório é um exemplo de que é possível colocar em prática essas ambições. Ele tem sido mais demandado por stakeholders, o que se deve à crescente conscientização sobre os impactos ambientais e sociais das atividades empresariais, assim como à expectativa de que as companhias desempenhem um papel ativo na mitigação de problemas globais, como mudanças climáticas e desigualdade social. Portanto, a divulgação de informações transparentes e confiáveis sobre as práticas sustentáveis de uma empresa tornou-se parte essencial da comunicação corporativa”, argumenta.
“Cada vez mais os relatórios de sustentabilidade se tornarão fundamentais para a credibilidade das empresas, e terão uma forte correlação com resultados gerais obtidos.”, pondera Ricardo Mastroti, diretor executivo do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS). Para ele, esses documentos “desempenham um papel fundamental para demonstrar o comprometimento das empresas junto à sociedade, atração de capital e investimentos”.
O CEBDS lançou no Brasil a iniciativa Reporting Matters, que consiste na aplicação de metodologia desenvolvida pelo World Business Council for Sustainable Development (WBCSD), em conjunto com a Radley Yeldar, para analisar os relatórios de sustentabilidade para identificar tendências interessantes e apresentar um diagnóstico sobre as publicações não financeiras delas. Na primeira edição do trabalho, as publicações de 77 grandes empresas com atuação no país foram avaliadas. As análises revelaram que boa parte delas já publicam relatórios de qualidade, mas estão em busca de aperfeiçoamento para evidenciar mais indicadores e tangibilizar as iniciativas realizadas.
Ainda, indicaram que 91% adotam o padrão da Global Reporting Initiative (GRI), de forma isolada ou em conjunto com outras diretrizes. Por outro lado, uma parcela significativa das organizações não especifica o nível de aplicação e nem emprega nomenclatura adequada. “Alguns outros achados merecem destaque: embora 63% dos relatórios analisados tragam os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) prioritários da empresa, somente 10% definiram metas claras ligadas a eles. E 28,57% dos relatórios analisados não apresentam nenhum tipo de compromisso formal em reduzir e neutralizar as emissões de gases de efeito estufa”, descreve Ricardo Mastroti, do CEBDS.
O executivo considera que o relatório do Reporting Matters ajuda a entender os principais desafios que as grandes empresas enfrentam hoje, e permitirá que o CEBDS as apoie de forma ainda mais assertiva. Além da pesquisa com os dados consolidados, todas as participantes tiveram acesso também a relatórios individuais e confidenciais apontando os pontos em que precisam investir esforços.
Em busca de assertividade, eficiência e bom relacionamento com seus diversos públicos de interesse, empresas e governos buscam qualificar a sua gestão e a comunicação com stakeholders. Isso passa, por exemplo, por criar estruturas de governança corporativa (GC) sólidas e ampliar a diversidade de integrantes dos órgãos de níveis mais altos nas organizações. Esse esforço se justifica pelo retorno obtido a partir dele, que inclui: melhor administração em relação a riscos; ganhos em desempenho; acesso mais fácil a capital, já que investidores se mostram propensos a fomentar companhias comprometidas com desenvolvimento sustentável; reforços à cultura de inovação; e, melhores decisões e direcionamentos em relação a medidas sociais e ambientais. Ou seja, a adoção de boas práticas de governança corporativa sinaliza a disposição ao cumprimento de leis, regulamentos e normas, bem como à execução de práticas voluntárias em favor do benefício coletivo, dentro e fora de uma organização.
O Grupo CPFL, por exemplo, garante estar alinhado às melhores práticas do mercado. A companhia é uma das poucas no Brasil a praticar o modelo europeu, e criou uma diretoria executiva de GC. A área responde funcionalmente ao Conselho de Administração, e compreende duas gerências, uma de Governança Corporativa e outra Jurídico-Societária, que conta com a Coordenação de Assuntos Estratégicos do Conselho de Administração (CA). Com isso, o CA conta com uma ferramenta de gestão inovadora no mercado brasileiro, que assegura controle, compliance, transparência e responsabilidade corporativa nos processos. Ainda, no que se refere à diversidade em altos órgãos de comando, a companhia conta atualmente com duas mulheres no seu CA, e foi eleita para compor a carteira do Índice de Diversidade (Idiversa) da B3, da qual fazem parte 75 empresas de dez setores. Gustavo Estrella, CEO do Grupo CPFL Energia destaca, ainda, o fato de a organização ter materializado o seu Plano ESG 2030, plataforma com 4 pilares e 23 compromissos públicos. “Por meio dessas metas, vamos buscar e viabilizar soluções inovadoras de mitigação e adaptação para responder aos desafios cada vez mais intensos e frequentes das mudanças climáticas”, salientou o executivo.
Atualmente, a CPFL integra também o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE B3), outra listagem da bolsa de valores brasileira, que indica o desempenho médio das cotações dos ativos de empresas selecionadas pelo seu reconhecido comprometimento com a sustentabilidade empresarial. Além disso, entrou para a cobiçada “A-List” do Carbon Disclosure Project, organização internacional referência em mudanças climáticas e responsável pela curadoria de uma base de dados ambientais de empresas, cidades, estados e regiões. Apenas 11 outras organizações brasileiras estão lá.
A Lwart Soluções Ambientais, empresa de capital fechado, também se dedica ao aperfeiçoamento constante das práticas de governança. “Acreditamos na importância de uma atuação ética e transparente, e em como uma cultura sedimentada sobre esses valores impacta positivamente os nossos negócios”, avalia Marcelo Murad, diretor de Óleos Básicos da empresa. Por esta razão, a companhia mantém um Conselho de Administração independente e conta com profissionais que acumulam longa experiência na atuação em órgãos de gestão, principalmente com foco em sustentabilidade e áreas correlatas às suas, de maneira a ampliar ainda mais a diversidade de perfis e experiências. “Também contamos com o Conselho de Sócios que mantém reuniões conjuntas com os conselheiros de administração, participando especialmente das discussões dos temas mais estratégicos, como o da construção de planos plurianuais”, complementa o diretor.
A inovação é uma forte aliada na ação contra as mudanças climáticas, como o Compromisso Global do Metano, que visa reduzir as emissões do poluente em 30% até 2030
Como as vacas podem ajudar a combater mudanças climáticas? O aditivo nutricional Bovaer®, da dsm-firmenich, é um bom exemplo: é capaz de inibir a formação de metano no rúmen das vacas com apenas 1/4 de colher de chá do produto ao dia, em apenas 30 minutos após serem alimentadas com o suplemento.
Endossada por mais de 100 estudos globais e com mais de 70 publicações revisadas por pares, a tecnologia Bovaer® já ganhou o mundo: já são 58 países com registro, incluindo a América Latina e os mercados europeu e americano.
O seu desenvolvimento levou mais de 15 anos e, desde o lançamento, é considerada uma das principais inovações para produzir alimentos com uma pegada de carbono significativamente mais baixa. Bovaer® é capaz de reduzir, em média, 30% das emissões de metano entérico em gado de leite, e 45% para gado de corte. Isso significa que uma vaca leiteira que receba o produto em sua dieta será capaz de mitigar emissões na ordem de 1 tonelada de CO2 equivalente em um ano.
“O Bovaer® não prejudica o metabolismo do animal e nem gera resíduos no leite ou na carne, já que após impedir a formação de metano se quebra em compostos naturalmente presentes no estômago das vacas”, explica Fernanda Marcantonatos, líder de Bovaer® da dsm-firmenich na América Latina.
“Diferentemente do gás carbônico, o metano tem um tempo de vida curto na nossa atmosfera. Assim, a redução de emissões de metano traz grande benefício ambiental em apenas 30 anos. Por isso, vemos uma série de compromissos globais e alianças formadas entre a cadeia de valor da pecuária para atuar sobre essa causa”, complementa Fernanda.
No Brasil, o suplemento é utilizado em projetos de empresas com metas de redução de emissões ou de neutralidade em carbono, e mais recentemente para a geração de créditos de carbono por meio do programa LEBAM.
Bovaer® também permite obter a certificação independente GO PLANET, que atesta que produtores de carnes e lácteos implementaram práticas de redução de emissões de metano em seu processo produtivo – permitindo que o consumidor possa reconhecer esse movimento sustentável.
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O Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) número 12 diz respeito a “assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis”, fundamentais para viabilizar meios de subsistência às gerações atuais e futuras. Entender a relevância desse aspecto é fácil: de acordo com a Organização das Nações Unidas, nosso planeta tem cada vez menos recursos (em razão de uso descontrolado), mas as populações seguem a expandir-se. Se confirmada a projeção de 9,8 bilhões de viventes no mundo até 2050, seriam necessárias quase três Terras para fornecer os insumos naturais necessários para sustentar os estilos de vida atuais.
Diante disso, crescem as exigências de governos, mercados e consumidores para que produtos e serviços tenham evidentes e comprovados atributos sustentáveis. Há muitas formas para catalisar isso. Por exemplo, o poder público deve formatar e aplicar políticas e regulamentações que definam metas para reduzir a geração de resíduos, promover a economia circular e apoiar compras sustentáveis. Empresas, por sua parte, têm a opção de originar, aprimorar ou optar por soluções cujos impactos ambientais e sociais positivos sejam conhecidos e monitorados. Cada indivíduo também pode ser um parceiro do desenvolvimento sustentável, ao assumir hábitos mais saudáveis e responsáveis, o que inclui minimizar o uso de meios de transporte movidos a combustíveis fósseis e priorizar soluções com menores impactos ambientais na hora de fazer suas compras, de maneira a reduzir, por exemplo, a sua própria pegada de carbono nas atividades diárias (veja mais à página 12).
De acordo com a Organização das Nações Unidas, atualmente a pegada material per capita – ou seja, a quantidade de recursos naturais “utilizados” por indivíduo – nos países de alta renda é 10 vezes maior do que nos de baixa. Ademais, de forma geral, no mundo, estamos longe de reduzir pela metade o desperdício e as perdas de alimentos até 2030. Além disso, crises globais desencadearam o ressurgimento de subsídios a combustíveis fósseis e, se a divulgação sobre sustentabilidade corporativa e políticas de compras públicas aumentou, ela diminuiu no que se refere a consumo sustentável. A entidade diz ser crucial implementar políticas que apoiem uma transição para melhores práticas e que desvinculem o crescimento econômico do uso de recursos naturais, especialmente os não renováveis.
Um bom exemplo de compromisso com a produção e o consumo sustentáveis é promover o fortalecimento de cadeias produtivas comprometidas com o desenvolvimento econômico, social e ambiental de forma equilibrada e justa. Grandes varejistas nacionais investem com essa perspectiva, como forma de engajar e fortalecer fornecedores com boas práticas, bem como conscientizar clientes e dar a eles a oportunidade de acessar soluções limpas.
Um exemplo disso é dado pelo Grupo Carrefour Brasil, que mantém políticas e programas para assegurar que cheguem cada vez mais a suas lojas itens carregados de responsabilidades social, ambiental e econômica. A companhia zela pela garantia dos direitos humanos e pela saúde e segurança das pessoas, dos animais e do meio ambiente, o que denota a sua preocupação em mitigar riscos socioambientais e fortalecer sistemas de produção que sejam, simultaneamente, inclusivos, originadores de riqueza e que garantam a proteção à biodiversidade. Nesse sentido, promove, por exemplo, verificações rigorosas em diferentes parceiros, monitora o cumprimento de normas de compliance, além de ser um promotor de práticas sustentáveis.
Uma das ações em linha com isso é a da promoção do rastreamento da origem da carne bovina que a companhia comercializa. O Grupo Carrefour mantém processos de homologação e monitoramento com base em critérios socioambientais aprovados pelo Ministério Público Federal e em requisitos adicionais definidos por ele mesmo, como os relacionados a potenciais invasões a terras demarcadas, bem como áreas desmatadas. A organização aplica, ainda, procedimentos próprios para análise geoespacial das fazendas fornecedoras diretas dos frigoríficos parceiros, e mantém uma Plataforma de Monitoramento acessível a qualquer interessado (no site do Grupo Carrefour Brasil), em que se pode conferir dados sobre o número de fazendas e áreas supervisionadas por bioma, bem como a lista de provedores de carne.
Outra medida importante refere-se ao tema da pesca. O Grupo mantém política sobre o tema, além de compromisso de que 50% das vendas dos produtos da categoria sejam provenientes de abordagens responsáveis já em 2025. Nesse sentido, adota diretrizes rigorosas que incluem certificações como ASC (Aquaculture Stewardship Council) e MSC (Marine Stewardship Council), e incentiva a difusão de práticas que minimizem o impacto ambiental e evitem a superexploração e/ou a captura de espécies ameaçadas.
Com relação às vendas das 10 principais categorias de produtos de papel e madeira de marca própria, a companhia garante que elas sejam provenientes de fontes certificadas pelo Forest Stewardship Council (FSC), abrangendo mais de 80% do volume total comercializado desses itens em suas lojas. Para as marcas nacionais, incentiva os fornecedores a seguirem a mesma estratégia em relação às suas matérias-primas.
O Brasil é um dos principais originadores de alimentos do mundo, e organizações e produtores rurais movimentam-se para fazer o setor primário ser ainda mais reconhecido pelo seu comprometimento com desenvolvimento sustentável. Em 2022, uma pesquisa feita pela consultoria McKinsey, que ouviu mais de 5.600 agropecuaristas em nove países, indicou que, na média, os brasileiros são os que mais utilizam técnicas sustentáveis. Por outro lado, estão atrasados em termos de uso de créditos de carbono — por aqui, apenas 6% usam o programa, metade do índice na Europa. A sinalização, portanto, é de que por aqui muitos produtores já se valem de técnicas benéficas ao planeta, como por exemplo, as de plantio direto e de emprego de alternativas biológicas para controle de pragas e/ou fertilização.
Outro estudo, também de 2022, feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), sinalizou o Brasil entre os países que mais reduzem a emissão de gases de efeito estufa durante os processos de produção agropecuária, desde o plantio até a colheita. Feita com base na projeção da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), a investigação comparou o desempenho nacional como de outras nove nações, e mostrou que, atualmente, com o mesmo volume de emissão gerada há dez anos, o agronegócio brasileiro produz 2,1% mais insumos. Na prática, o estudo aponta que, com a tecnologia atual, “produzir 1kg de alimento no Brasil gera menos emissões do que no passado”. Outro aspecto destacado foi o relacionado ao “efeito poupa-florestas”, que aponta a extensão de terra que o país poupa via adoção de tecnologias e técnicas, mantendo ou aumentando a produção de alimentos. Nesse quesito, o país também lidera o ranking, com índice de 43,2% do território nacional.
Como em outros setores da economia, o tema das emissões ganhou força no meio agropecuário, em que um dos reconhecidos caminhos para mitigá-las é o de encontrar soluções para reduzir a participação das criações animais na originação de gases do efeito estufa (GEE). De acordo com dados da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), os rebanhos globais respondem por 14,5% das liberações de GEE causadas pela atividade humana, sendo os bovinos responsáveis por 65% desse volume.
No Brasil, criadores já contam com a possibilidade, por exemplo, de empregar o aditivo Bovaer, desenvolvido pela dsm-firmenich para enfrentar o problema. Quando fornecido a bovinos, o produto faz com que os animais produzam e liberem menos metano no meio ambiente. “O aditivo foi desenvolvido com foco em sustentabilidade, tendo como seu principal atrativo essa redução de emissões de metano em uma alta porcentagem e de maneira rápida, prática e consistente, com ampla comprovação científica. Um importante primeiro passo para tornar a pecuária mais sustentável é entender a pegada de carbono dos produtos derivados da atividade”, diz Fernanda Marcantonatos Nogueira, Líder de Bovaer® para América Latina.
Segundo ela, é sabido que, em geral, mais de 50% das pegadas de carbono de 1 litro de leite ou 1 kg de carne provêm diretamente da emissão de metano entérico. E o Bovaer, primeiro aditivo registrado para redução de emissões no Brasil, com uma dose diária pequena do produto, um pó claro que é misturado na dieta das vacas diariamente, reduz, em média, em 30% as emissões desse gás nas vacas leiteiras e em 45% entre bovinos de corte. “O aditivo é seguro para os seres humanos que irão consumir os produtos de origem animal e para os bovinos, sem impactos negativos em produtividade e saúde – como demonstrado pelas aprovações regulatórias e em mais de 100 estudos realizados ao redor do mundo, resultando em mais de 70 publicações revisadas por pares”, acrescenta a executiva. “O Brasil foi o primeiro país a ter a autorização de comercialização do produto, endossado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), onde já reduzimos mais de 5 mil toneladas de CO2e, o que equivale a plantar cerca de 250 mil árvores ou tirar cerca de 2 mil carros da estrada. Acreditamos em um esforço da cadeia de valor para o emprego da solução em larga escala, em que o produtor viabiliza a administração do aditivo e consumidores, indústrias, supermercados e restaurantes - e mercado de carbono - os reconhecem. Do ponto de vista comercial, historicamente não havia mercado para a redução de metano, especialmente no setor agrícola. Assim, a dsm-firmenich colabora extensivamente com a cadeia de valor e o ecossistema que a rodeia para desenvolver opções de contabilização e monetização”, complementa Fernanda.
A executiva avalia que o desenvolvimento de políticas de incentivo à produção de baixo carbono e mercados de crédito dele pode trazer fontes de renda da sustentabilidade para os produtores brasileiros. No momento, a dsm-firmenich está realizando um projeto piloto de geração de créditos de carbono em parceria com a WayCarbon, empresa global especializada em soluções voltadas à transição para uma economia NetZero, para ser parte do Programa Lebam (Leite Baixo Metano), uma iniciativa voltada para tornar a pecuária leiteira no Brasil mais sustentável através da redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE), em particular o metano entérico, por meio da adição do aditivo alimentar Bovaer® à dieta dos animais. Após esta fase inicial, o programa entrará em uma fase de expansão, com potencial de reduzir até 375.000 tCO2e. O propósito da iniciativa, conta Fernanda, é revolucionar a maneira como a sustentabilidade é abordada no agronegócio por meio do mercado de carbono.
Fernanda conta que a dsm-firmenich também está mobilizada em torno de uma iniciativa de autenticidade e rastreabilidade para fortalecer toda a cadeia e preparar o mercado, bem como entregar mais transparência ao consumidor final de proteínas animais sobre a origem e uso de tecnologias de sustentabilidade. Isso se dá por meio da certificação Go Planet, concedida pela empresa Fair Food. O selo possibilitará que produtores de marcas de carnes, leites e laticínios que utilizam aditivos redutores de metano entérico sejam certificados ao atender a requisitos de sustentabilidade e rastreabilidade de produtos de origem animal. Responsável pelo desenvolvimento e homologação do selo, caberá à certificadora fazer auditorias periódicas em todas as etapas de produção e processamento dos produtos. O selo agregará vantagens competitivas às marcas certificadas, reforçando a sustentabilidade por trás do produto a partir de seus processos produtivos: do campo à mesa.
Uma pesquisa realizada pelo Instituto Akatu e pela GlobeScan, intitulada Vida Saudável e Sustentável 2023, sinalizou que 57% dos brasileiros entrevistados afirmaram que viver de forma mais sustentável é “muito caro”, ou seja, que preço de produtos e serviços é fator que inibe a adoção de estilos de vida com melhor impacto para as pessoas e para o meio ambiente. Porém, essa perspectiva é limitada. Agir pelo bem de todos não implica dispender, necessariamente, recursos monetários. Muitas vezes, atitude e vontade de contribuir bastam.
Na última semana do consumidor, o Akatu lançou luz sobre isso, e seu coordenador de comunicação, Felipe Seffrin, reforçou que praticar o consumo consciente, por exemplo, pode significar inclusive economia para o bolso, ao evitar-se desperdícios de água, de energia e de alimentos, ou, ainda, deixar de comprar itens supérfluos. Também avaliou como necessário ampliar a oferta e o acesso a produtos mais saudáveis e sustentáveis, e relevante trabalhar a percepção dos benefícios da sustentabilidade para todos. “Quando o consumidor tem mais acesso à informação e aos benefícios socioambientais embutidos no preço, ele tem maior probabilidade de fazer melhores escolhas”, afirmou Felipe.
A organização recomenda que as pessoas observem diferentes ângulos ao fazer uma compra: à primeira vista um produto mais durável pode ser mais caro que um produto descartável, mas ele evita compras recorrentes e gera menos resíduos. Da mesma forma, opções mais sustentáveis podem ter preço acima de similares, mas representam menos impactos negativos ao meio ambiente, como emissões de gases poluentes e desperdícios de matérias-primas que, no final das contas, protegem a natureza e beneficiam o próprio consumidor. “Precisamos aproximar o tema das pessoas e mobilizar governos e empresas por mais educação, informação e transparência quando falamos de sustentabilidade. Assim, o preço na etiqueta ganha outro significado”, disse Felipe.
A Organização das Nações Unidas mantém ativa, desde 2018, a Act Now, campanha que visa a engajar todos os públicos com ações em prol do planeta. Uma das principais iniciativas vinculadas à iniciativa é a coleta e disseminação de relatos e informações sobre atitudes tomadas por pessoas, nos variados cantos do mundo, em favor do alcance dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. A força da Act Now reside em demonstrar que qualquer um pode fazer a sua parte, e em manter essa ideia latente.
Recentemente, a campanha divulgou sugestões sobre como agir em relação aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável que receberam atenção especial na edição 2024 do Foro Político de Alto Nível, evento central da ONU para o acompanhamento e revisão deles. Os propósitos tratados com mais afinco este ano foram os de números 1 (Erradicação da pobreza), 2 (Fome zero), 13 (Ação contra a mudança global do clima), 16 (Paz, justiça e instituições eficazes) e 17 (Parcerias para alcançar os objetivos). Confira algumas atitudes que qualquer indivíduo pode assumir em relação a esses ODSs para que eles fiquem mais próximos de serem atingidos:
Organizações variadas já investem em formas de garantir a oferta de produtos com atributos sustentáveis aos clientes, e de também melhor informá-los sobre isso. Exemplo nesse sentido é dado por grandes varejistas, como o Grupo Carrefour Brasil, que em abril desse ano anunciou o lançamento das gôndolas do Programa “Floresta Faz Bem”, iniciativa exclusiva e em rede nacional de incentivo à venda de artigos produzidos por povos indígenas e comunidades tradicionais do bioma amazônico, como as Uruará, Cacauré de Mocajuba, e comunidades ribeirinhas da Rede Terra do Meio e rios Madeira e Amazonas. Nas prateleiras devidamente sinalizadas, estão disponíveis itens certificados e sustentáveis que podem ajudar a manter a floresta em pé e, ao mesmo tempo, dar uma alternativa de sobrevivência digna a quem mora na Amazônia e a quem está vinculado à agricultura familiar. Os produtos à venda incluem chocolates orgânicos, café, geleias, cacau, mistura para bolo e até mesmo um supershake da Floresta Amazônica, que reúne ingredientes locais (como açaí, babaçu, castanha, cumaru, pimenta cumari, pimenta assisi, entre outros).
O Programa “Floresta Faz Bem” visa a uma abordagem cada vez mais regenerativa da cadeia de produção alimentar. Ele envolve apoio para o desenvolvimento e crescimento dos produtores de comunidades locais, não apenas ao dar visibilidade aos produtos, mas ao proporcionar suporte diferenciado para apoio no processo de cadastro, logística, além de adaptação das regras comerciais para viabilizar seus negócios.
*Conteúdo produzido pela Point e publicado no jornal Folha de S.Paulo em 28/07/24
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Redução das emissões precisa ser priopridade
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Ciclos de vida prolongados, recursos valorizados
Movimentações em prol do modelo
Sustentabilidade do início ao fim
Governança qualificada e transparência em alta
Sustentabilidade do início ao fim
Agronegócio movimenta-se em torno das boas práticas
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Edição: Las Miradas Comunicação | Gustavo Dhein
Layout e editoração eletrônica: Manolo Pacheco / Sergio Honorio
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