Dia Mundial reforça que qualquer pessoa deve ter acesso a recursos que possibilitem o seu bem-estar físico, mental e social

Há mais de sete décadas, o 7 de abril é lembrado como Dia Mundial da Saúde, data criada com o objetivo de, anualmente, reforçar aspectos prioritários a serem tratados para que as pessoas possam viver com qualidade, dignidade e longevidade. Em 2024, a Organização Mundial da Saúde (OMS), responsável por instituir a efeméride, optou por fazer um lembrete tão básico quanto relevante, traduzido no slogan “Minha saúde, meu direito”. A ideia é reforçar ser prerrogativa dos cidadãos o acesso a condições que permitam o seu bem-estar físico, mental e social, e que isso demanda governos e organizações provedores de serviços e recursos básicos, mas também de soluções que ajudem a resolver problemas que afetam as condições de vida das populações, como os ligados à educação, à moradia, à boa alimentação, às condições de trabalho e à não-discriminação.

Hoje, mais de 140 nações definem a saúde como direito em suas constituições, incluindo o Brasil. Mas, apesar das boas intenções e de muitos avanços ao longo das décadas, em 2021, segundo a OMS, pelo menos 4,5 bilhões de pessoas mais da metade da população mundial – não estavam totalmente cobertas por serviços essenciais relacionados a ela. A entidade aponta, ainda, que no cenário atual, o acesso a esse direito está cada vez mais ameaçado por doenças, desastres, conflitos e problemas ambientais.

Marcos Novais, superintendente executivo da Associação Brasileira de Planos de Saúde, reforça que serviços adequados, com tratamentos eficazes, promoção de bons hábitos e prevenção de enfermidades, são cruciais para a existência plena e produtiva. “Quando a saúde está em equilíbrio, as pessoas têm a capacidade de contribuir ativamente com a sociedade. Por isso, a busca por um futuro sustentável para o setor se torna cada vez mais urgente, considerando os desafios complexos enfrentados. A sinistralidade elevada na saúde suplementar (custo dos procedimentos em relação ao valor pago pelos usuários), as práticas fraudulentas contra planos de saúde, a alta judicialização indevida sem critérios técnicos e a demanda por terapias de altíssimo custo são questões fundamentais que necessitam de soluções inovadoras e integradas.”, descreve ele. O dirigente avalia ser necessária a articulação entre diversos atores para promover um futuro melhor, com a integração de tecnologias, medicina preditiva, educação em saúde, combate às fraudes e adoção de recursos baseados em evidências. Essa perspectiva, segundo Marcos, poderia viabilizar um sistema de saúde mais eficaz e centrado no paciente, e um futuro saudável para todos.

Diferentes setores mostram-se dispostos a contribuir nessa construção. Segundo Fernando Silveira Filho, presidente-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Tecnologia para Saúde (Abimed), a entidade e suas associadas estão na vanguarda da alta tecnologia médica e têm o compromisso de ajudar na democratização da saúde por meio do desenvolvimento e do fornecimento de equipamentos e dispositivos médicos de ponta. “Investimos significativamente em pesquisa e inovação para garantir que os recursos sejam acessíveis e eficazes, para evitar o desperdício e para possibilitar que mais pessoas sejam beneficiadas com assistência de qualidade”, descreve o dirigente. Ele aponta, no entanto, haver muitas disparidades no país, o que resulta em desafios relacionados à infraestrutura, à regulação e ao investimento em pesquisa e desenvolvimento. “Temos bons resultados trazidos ao setor devido às iniciativas de universidades e de centros de pesquisa, que estão conectando a indústria tradicional aos avanços tecnológicos, promovendo a transformação digital. Vamos trabalhar de forma ainda mais intensa nas questões relativas às políticas públicas e à regulação para traduzir de forma concreta avanços em favor da aceleração e do acesso da população à saúde”, amplia Fernando.

A diretora executiva da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), Milva Pagano, por sua vez, destaca o papel das empresas representadas pela entidade na democratização da saúde com qualidade e segurança, uma vez que exames são ferramenta de apoio aos médicos para diagnósticos mais precisos e melhor condução dos tratamentos e cuidados dos pacientes. “Mais de 70% das decisões médicas são baseadas em resultados de exames laboratoriais. Além disso, ao integrar a tecnologia, a medicina diagnóstica possibilita alcançar populações em áreas distantes ou com recursos limitados. Isso amplia o acesso aos cuidados e contribui para uma abordagem mais personalizada e centrada no paciente, uma medicina mais eficiente e inclusiva”, detalha ela. A Abramed também publica anualmente o Painel Abramed – O DNA do Diagnóstico, com dados e insights sobre o setor de medicina diagnóstica no Brasil, que fornece informações atualizadas sobre o cenário epidemiológico, demográfico e econômico do país, e ajuda a orientar estratégias para fazer os serviços de saúde chegarem às pessoas.

Por fim, o CEO da Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos (Abimo), Paulo Henrique Fraccaro, afirma que as companhias do setor estão sempre à disposição para fornecer soluções para que hospitais e suas equipes possam atender à população. “O Brasil já produz, por meio de empresas de capital nacional ou internacional, quase 90% dos dispositivos consumidos internamente, com maturidade e qualidade” descreve o dirigente. Ele realça o fato de o país sobressair globalmente em diferentes segmentos, como por exemplo, no de odontologia, em que é líder mundial na produção de papers científicos e segundo maior produtor de implantes. Outro destaque refere-se à produção de implantes ortopédicos: os mais de 25 fabricantes locais hoje atendem o Sistema Único de Saúde plenamente. Há a expectativa da Abimo de que a nova política industrial lançada pelo governo federal possa impactar positivamente o setor. “Até agora nada saiu do papel. Então estamos, sim, lutando para que essas ideias sejam concretizadas e as indústrias possam ter um avanço significativo”, conclui.


PROTEÇÃO

Prevenção e diagnóstico são fundamentais

Doenças Não Transmissíveis são as que mais matam no mundo, mas podem ser mitigadas com a adoção de hábitos saudáveis

Apesar de a listagem de doenças existentes no planeta ser ampla, estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que a maior parte dos óbitos registrado anualmente decorrem de um conjunto de apenas 10 enfermidades: doença cardíaca isquêmica; Acidente Vascular Cerebral (AVC); doença pulmonar obstrutiva crônica; infecções do trato respiratório inferior; complicações neonatais; câncer de traqueia, brônquios e pulmão; Alzheimer e outras demências; doenças diarreicas; diabetes; e, doenças renais.

Nesse grupo, sobressaem as chamadas Doenças Não Transmissíveis (DNTs), ou seja, aquelas não contagiosas e comumente chamadas “crônicas”. Enfermidades cardíacas, AVCs, cânceres, diabetes e doenças pulmonares, em conjunto são responsáveis por 74% de todas as mortes no mundo, segundo a OMS, sendo que três quartos dos óbitos motivados por elas ocorrem em países de baixa e média rendas. Além do incalculável dano humano, essas doenças também acarretam prejuízos econômicos massivos, uma vez que podem, por exemplo, inabilitar uma pessoa ao trabalho, com impactos negativos também para seus dependentes, ou, ainda sobrecarregar os sistemas de saúde.

Se há algo de menos ruim em relação aos DNTs é o fato de que são conhecidos os principais fatores que as originam: tabagismo, inatividade física, consumo nocivo de álcool, dietas não saudáveis e poluição do ar. Esse saber amplia condições de as pessoas tomaram decisões racionais sobre seus estilos de vida, mas também para que ocorram movimentos assertivos por parte do poder público ou da iniciativa privada para criar e disponibilizar soluções para o enfrentamento às enfermidades, o que, em alguns casos, não pressupõe investimentos financeiros expressivos. Trata-se, muitas vezes, de adotar medidas para reduzir a exposição a riscos de desenvolver as doenças, e de orientar as pessoas para que cultivem hábitos saudáveis.

É importante, ainda, que a população tenha acesso a avaliações de saúde periódicas que permitam identificar e enfrentar as enfermidades. De acordo com Milva Pagano, diretora-executiva da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), a detecção precoce é fundamental para o gerenciamento e tratamento eficazes nos casos de DNTs, e segundo dados apurados para a 5ª edição do Painel Abramed – O DNA do Diagnóstico – O DNA do Diagnóstico, estima-se que a demanda por exames diagnósticos relacionados a elas deverá crescer 96% até 2050. “A medicina diagnóstica está preparada para enfrentar esse cenário, abrangendo diversas especialidades médicas, como patologia clínica, medicina nuclear, genética médica, radiologia e diagnóstico por imagem. A área é caracterizada por constante inovação e desenvolvimento, utilizando tecnologias avançadas para realizar exames de alta qualidade e precisão, adaptados à situação epidemiológica do país. A Abramed defende o uso racional de exames, ou seja, não compactua com qualquer tipo de prática que envolva desperdício ou incentivos para a demanda por eles sem necessidade, e nesse sentido adota medidas rigorosas e políticas em parceria com seus associados, além de promover debates essenciais sobre o tema”, descreve a dirigente.

TRANSMISSÍVEIS

Apesar da prevalência das DNT em casos de mortes no planeta, em países com piores indicadores de desenvolvimento humano são maiores as possibilidades de perder a vida em razão de enfermidades transmissíveis. A Organização Panamericana de Saúde diz que essa situação está vinculada a uma complexa gama de fatores, como a disponibilidade de água potável e de saneamento básico, condições de moradia, riscos da mudança climática, desigualdade de gênero, aspectos socioculturais e pobreza. No Brasil, como em outras nações, ainda convive-se com altos números de casos relacionados a essas patologias, que incluem desde Aids e o recente Coronavírus (Covid-19), às amplamente conhecidas rubéola, poliomielite, meningite, sarampo. Para prevenção de algumas das principais doenças transmissíveis a vacinação segue como a melhor opção. O Programa Nacional de Imunização (PNI) brasileiro, referência mundial em qualidade e abrangência, possibilita proteção a meningites, formas graves da tuberculose, rubéola e caxumba, sarampo e poliomielite, entre outras enfermidades.

DENGUE

Em dezembro de 2023 foi anunciada a incorporação também da vacina contra a dengue no PNI. Os números relacionados à doença, uma arbovirose – ou seja, enfermidade viral transmitida principalmente por artrópodes, como os mosquitos, avançaram intensamente no país nos últimos meses. Em 27 de março, os dados do Ministério da Saúde indicavam 2,3 milhões de casos prováveis de dengue e 830 mortes decorrentes dela em 2024. O novo imunizante, nesse primeiro momento, está sendo estrategicamente distribuído a regiões e pessoas de grupos etários mais vulneráveis. Enquanto ele não chega a todos, a prevenção deve ser um compromisso de cada indivíduo, e passa por eliminar ao máximo possível ambientes que favorecem a proliferação do mosquito Aedes aegypti, principal vetor da doença. Informações detalhadas sobre a enfermidade estão disponíveis no site gov.br/mosquito.



TRANQUILIDADE

Planos de saúde seguem entre as prioridades

Brasil superou a marca de 51 milhões de beneficiários de assistência médica, mas ainda há espaço para crescer

Uma pesquisa do Instituto Datafolha mostrou que ter um plano de saúde é um desejo de 94% da população que ainda não conta com um. “Entre aqueles que já são beneficiários, 88% dizem sentir-se mais seguros em razão de estarem cobertos pela saúde suplementar”, diz Marcos Novais, superintendente executivo da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), entidade que encomendou o levantamento. Tanto o desejo de quem quer contratar, como a tranquilidade entre os que já o fizeram, estão entre os fatores que explicam os números do setor seguirem numa crescente nos últimos anos. Os dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) indicam que em 2023, pela primeira vez, o Brasil registrou mais de 51 milhões de pessoas com assistência médica contratada. Ao longo dos 12 meses do ano passado, os planos registraram crescimento de 957.197 na base de beneficiários. Produtos exclusivamente odontológicos, por sua vez, computaram 32,6 milhões de usuários, ou seja, ganharam 287.751 novos adeptos em um ano.

“O principal fator que influencia na dinâmica e no cenário de crescimento ou não do mercado de planos de saúde no Brasil é a geração de emprego, o mercado de trabalho. É por meio dele que a pessoa passa a ter acesso ao produto como um benefício trabalhista, ou passa a ter acesso à renda e assim adquire um plano de saúde. A perspectiva é de que o mercado de trabalho continuará tendo algum nível de crescimento nos próximos meses, ainda que em ritmo menor aos registrados recentemente. Sendo assim, nossa estimativa, na Abramge, é de que o setor encerrará 2024 com cerca de 52 milhões de pessoas cobertas, um avanço entre 1,5% e 2% na comparação com 2023”, amplia o executivo da Associação Brasileira de Planos de Saúde.

As empresa do setor, atentas a esse cenário e às necessidades da população, investem para lançar e/ou aperfeiçoar produtos e serviços. Anderson Nascimento, vice-presidente de operações da Hapvida NotreDame Intermédica, pondera que é preciso oferecer planos de saúde que caibam no bolso das pessoas. “Nossos clientes, por exemplo, podem optar por modalidades a partir de R$ 100. Temos um ticket médio de R$ 250. Isso é alcançado por meio de uma gestão eficiente, de inovações e de uma rede de prestadores de serviços altamente qualificados”, descreve ele. No caso da empresa, segundo Anderson, há uma busca permanente por qualificar as soluções oferecidas aos beneficiários, viabilizada por investimentos, também constantes, em pessoas, tecnologia e pesquisa. “Além disso, possuímos programas que permitem aos clientes avaliar a satisfação com o serviço nas nossas unidades: o NPS (Net Promoter Scores) e o 5 Estrelas. Com a análise das notas, identificam-se oportunidades de melhorias em todas as etapas de atendimento com o intuito de garantir a excelência e a fidelização”, detalha.

DIGITALIZAÇÃO

Para Marcos Novais, da Abramge, a pandemia da covid-19 acelerou a digitalização e a adoção de tecnologias na área da saúde, e elas têm potencial de desempenhar um papel significativo na otimização do acesso à assistência, na qualidade do atendimento e na sustentabilidade do setor. Ele destaca, por exemplo, os ganhos com a telemedicina, em que há o exercício da medicina mediado por tecnologias para fins de assistência, pesquisa, prevenção de doenças e lesões e promoção de bemestar. “A eficácia das soluções depende de como são implementadas e regulamentadas, bem como de como são integradas aos sistemas de saúde existentes”, avalia Marcos. Ele ressalta, também, que a Tecnologia da Informação já aprimora a jornada do paciente, desde o agendamento de consultas via app da operadora até o acompanhamento pós-atendimento, proporcionando um cuidado mais centrado no paciente. “Isso inclui soluções que abrangem diagnósticos, otimização operacional, inteligência artificial e integração de sistemas e dados, entre outras inovações. A digitalização da área de saúde oferece uma série de outras vantagens significativas, que incluem maior transparência dos processos, automatização com exclusão de trabalhos manuais e minimização de erros, compliance, redução de processos burocráticos que envolvem atendimento, faturamento e registro de informações médicas, melhora no controle e na administração hospitalar, redução de custos, entre outras”, amplia.

O vice-presidente de operações da Hapvida NotreDame Intermédica afirma que na companhia tecnologia e inovação são tidas como fortes aliadas na missão de cuidar de vidas. “A integração de sistemas já proporcionou impactos importantes na nossa operação. Saímos de 25% para 63% das consultas marcadas pelo app. A telemedicina também saltou de 20 a 30 mil consultas por mês para mais de 400 mil. Também estudamos e investimos em projetos e soluções para aprimorar os processos de atendimento, como no suporte em laudo de exames e na identificação de patologias e pesquisas que buscam aprimorar e/ou desenvolver formas de tratamento, bem como aplicar ciência de dados para identificar, qualificar e antecipar problemas de saúde e implementar ações preventivas”, relata o executivo.

Ademais, segundo ele, a Hapvida NotreDame Intermédica diferencia-se por um modelo de negócios verticalizado e integrado, ou seja, por atuar de ponta a ponta, da promoção e da prevenção à consulta clínica, aos exames e à internação hospitalar. “Além disso, a informação flui de uma unidade para outra, ou seja, temos acesso a toda a jornada dos nossos pacientes em todas as unidades de atendimento, o que nos possibilita mitigar possíveis falhas e aperfeiçoar os serviços. Com as informações seguras da jornada dos nossos clientes, podemos também criar programas assistenciais e de acolhimento para entregar uma saúde de qualidade para cada um deles”, completa Anderson.


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