Neste momento, em que o mundo todo é desafiado pelos efeitos da pandemia de Covid-19, os cuidados com a saúde tornam-se ainda mais relevantes. À crise sanitária somam-se outros fatores que justificam a intensificação da busca por bem-estar: o estresse emocional e a elevação da expectativa de vida – o que requer medidas preventivas para o envelhecimento com qualidade.
A crescente preocupação com a saúde está retratada em pesquisa divulgada pelo site VivaBem, realizada pelo Google Consumer Survey com 2 mil brasileiros em duas semanas, respectivamente de janeiro e fevereiro. Segundo o levantamento, 35% dos consultados têm intenção de cuidar mais da saúde ainda neste ano e 14% sabem que precisam marcar consultas ou exames atrasados.
Para essa busca por mudança de comportamento, há aliados, como sites confiáveis que, embora não substituam o atendimento com um profissional de saúde, fornecem informações que ajudam a identificar eventuais sintomas, inclusive provocados pela ansiedade – ampliada neste contexto de pandemia.
Um desses portais é o próprio VivaBem, que divulga notícias, pesquisas e recomendações sobre longevidade, alimentação, saúde, equilíbrio e atividades físicas. Outro é o site do hospital Sírio Libanês, que, na aba “Conteúdos para você”, traz matérias sobre doenças e seus sintomas. Há também o blog Vida Saudável, do Hospital Albert Einstein, com uma série de informações úteis sobre dietas, sono, ansiedade, além de recomendações para identificar sinais de várias enfermidades. Já o Bradesco Saúde mantém o portal Viva a Longevidade, que divulga mensalmente conteúdos com reflexões e histórias inspiradoras para que as pessoas cuidem dos diferentes aspectos da própria vida.
Segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios(Abimo), Franco Pallamolla, o mercado de equipamentos, no Brasil, está entre os dez mais importantes do mundo, tanto em tecnologia quanto em qualidade. “O enfrentamento da pandemia do coronavírus mostrou toda a nossa capacidade de resposta às demandas que se apresentaram e ainda se apresentam. Fomos ágeis, eficientes e inovadores, atendendo às mais variadas solicitações, incluindo Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e ventiladores pulmonares”, defende.
Essas características alinham-se a dois diferenciais do setor, apontados por Pallamolla: a capacidade de adaptação frente a diversos cenários – econômicos, políticos, sociais ou de mercado – e a inovação. “Os projetos desenvolvidos nos últimos anos mostram uma indústria inovadora, com produtos altamente tecnológicos, de qualidade e com preços extremamente competitivos, principalmente no mercado internacional”, afirma.
Fernando Silveira Filho, presidente-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Produtos para a Saúde (Abimed), compartilha esse entendimento. “A tecnologia aplicada à saúde salva e prolonga vidas”, diz, destacando que isso fica ainda mais evidente neste período de pandemia.
A contribuição social da indústria que representa, no entanto, vai além. Segundo o executivo, ela participa com 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, conta com mais de 13 mil empresas, entre nacionais e multinacionais, e gera cerca de 140 mil empregos diretos e indiretos – e qualificados. “Fica evidente a essencialidade do setor para a sociedade quando cumpre seu compromisso de não somente salvar vidas, mas também contribuir para a longevidade dos pacientes, garantindo o que há de melhor em termos de tecnologia, seja no diagnóstico, nos procedimentos ou no tratamento, cada dia mais precisos e eficientes.”
No contexto da inovação tecnológica, Silveira Filho destaca as cirurgias robóticas, que, segundo ele, estão avançando rapidamente, indicadas para vários procedimentos cirúrgicos em diferentes órgãos e sistemas do corpo humano. “É uma eficiente alternativa a procedimentos que utilizam os métodos convencionais. Os robôs oferecem visão mais precisa e detalhada da região a ser operada, possibilitando melhor recuperação do paciente e menor tempo de hospitalização. Com isso, ela impacta diretamente na redução dos custos da saúde, já que o paciente pode mais rapidamente receber alta hospitalar, correndo menos risco de contrair infecções e possíveis transferências para UTIs”, conclui.
Fonte: Organização Mundial da Saúde (OMS)
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✚Cumprimente as pessoas sem contato físico. Faça-o com um aceno.
✚ Procure não tocar os olhos, o nariz e a boca.
✚ Use máscara em todas as interações pessoais. Lave as mãos antes de colocá-la, depois de retirá-la e cada vez que tocála. Certifique-se de que ela cubra nariz, boca e queixo. Ao removêla, guarde-a em um saco plástico limpo; se for de pano, lave todos os dias; se for descartável, jogue no lixo.
✚ Lave as mãos regularmente com sabão e água ou álcool em gel.
✚ Se não tiver um lenço à disposição, cubra a boca e o nariz com o antebraço ao tossir ou espirrar. E lave o braço assim que possível.
✚Limpe e desinfete com frequência as superfícies regularmente tocadas em casa, como maçanetas, torneiras e telas de telefone.
✚Se tiver de trabalhar fora, antes de iniciar as tarefas higienize mesas, cadeiras, telefones, teclados e outros equipamentos com pano e desinfetante.
✚Se surgirem quaisquer sinais suspeitos (tosse e até febre leve), fique em casa, evite proximidade com os familiares e entre em contato com um médico.
“Investimentos em pesquisa e desenvolvimento possibilitam, cada vez mais, uma melhor jornada do paciente, com diagnósticos precoces e precisos, que geram tratamentos adequados e ajudam milhões de pessoas a terem uma vida mais longa e, principalmente, com mais qualidade e bem-estar”. A declaração, do presidente da Boston Scientific do Brasil, Eduardo Verges, ressalta a importância da tecnologia aplicada à saúde – demonstrada, segundo ele, no início da pandemia. “A fenomenal agilidade com que foram desenvolvidos os testes de diagnóstico para a Covid-19 e as vacinas só foi possível devido ao avanço da tecnologia e dos investimentos em inovação nos últimos anos.”
Para o executivo, a crise sanitária foi ainda catalisadora de outros avanços, como o monitoramento remoto de procedimentos cirúrgicos por médicos de qualquer lugar do mundo. “Essa inovação, desenvolvida pela Boston Scientific e nomeada de Clinical Eye, permitiu que centenas de médicos assistissem, em tempo real, exatamente o que o cirurgião local estava fazendo, apoiando todo o procedimento em segurança, com o distanciamento necessário em tempos de coronavírus”, explica. Embora garanta que o Brasil não fica atrás, tecnologicamente, dos países mais desenvolvidos do mundo, Verges menciona que há ainda muitos desafios. “A adoção das tecnologias em um país depende diretamente da sua capacidade de financiá-las e, neste sentido, o Brasil possui duas faces”, observa, citando que o setor privado responde por cerca de 60% das despesas em saúde e possui centros de excelência com as melhores tecnologias de ponta, e o setor público, que atende a maior parte da população, não tem recursos financeiros suficientes para cobrir todas as necessidades.
Ainda assim, do ponto de vista tecnológico, Verges aponta que podem ser esperadas muitas transformações na forma como os profissionais de saúde e empresas do setor interagem com os pacientes, além de presença cada vez maior de soluções digitais dotadas de inteligência artificial. “Mas tudo isso deverá estar cada vez mais alinhado com o elemento fundamental de toda essa cadeia: o quanto a tecnologia impacta positivamente o bem-estar do paciente e da população como um todo”, defende.
A medicina diagnóstica está presente na vida das pessoas desde antes do nascimento, quando as mães, gestantes, realizam exames do pré-natal. Logo ao nascer, o bebê se submete ao teste do pezinho, capaz de detectar precocemente mais de 50 doenças raras, e, ao longo da vida, são diversos os exames laboratoriais e de diagnóstico por imagem que compõem um checkup ideal.
Os exemplos são do presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), Wilson Shcolnik, para quem “muitos fatores de risco para diferentes doenças podem ser identificados por meio de exames baratos”. Entre eles, o executivo cita a dosagem do colesterol HDL, relacionado ao risco de doença coronariana, e a dosagem da creatinina e das enzimas hepáticas, que orientam em relação ao funcionamento dos rins e fígado, respectivamente. “Doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e cânceres diversos são detectados pelos exames diagnósticos e depois seus tratamentos são monitorados também por esses testes. Não à toa cerca de 70% das decisões médicas se baseiam nos resultados de exames laboratoriais”, reforça Shcolnik.
Em sua avaliação, a medicina diagnóstica no Brasil evoluiu muito, com exames de alta complexidade ofertados em todas as regiões. Além disso, os diferenciais do setor, para ele, ficaram mais evidentes com a pandemia da Covid-19, especialmente depois de a Organização Mundial da Saúde ter declarado que o melhor caminho era testar massivamente os cidadãos, isolando casos positivos e rastreando seus contatos para a tomada de ação. “Nossos laboratórios nacionais foram exemplares ao longo de toda a crise. Logo no início, ainda quando o mundo carecia de testes RT-PCR para diagnóstico preciso da Covid-19, nossas empresas desenvolveram seus próprios testes, in house, para atender à demanda populacional. Na sequência, foram criando exames alternativos com o intuito de proporcionar maior escala de resultados através de metodologias diferentes, tanto para a detecção do vírus quanto para a análise de produção de anticorpos”, explica.
O executivo pondera, no entanto, que a pandemia causou represamento no número de exames e procedimentos que permitem gerenciar tratamentos de doenças crônicas. “Muitas pessoas deixaram de realizar seus exames preventivos, e sabemos que a detecção precoce é o caminho mais eficiente para um melhor prognóstico”, alerta.
Os meses de outubro e novembro são tradicionalmente marcados pelas campanhas de prevenção do câncer de mama e câncer de próstata, respectivamente. Mas os movimentos que buscam estimular a população a se engajar nas ações de controle de doenças vão além e abrangem todos os meses do ano. Confira os principais movimentos.
Fevereiro Amarelo – Foi instituído para conscientizar a população sobre a leucemia e a importância de se tornar doador de medula óssea. A campanha também busca informar sobre o diagnóstico precoce da doença.
Junho Vermelho – Criada pelo movimento Eu Dou Sangue, em 2011, a campanha busca conscientizar as pessoas da importância de serem doadoras no mês em que se celebra, no dia 14, a data Mundial do Doador de Sangue.
Outubro Rosa – A ação internacional de conscientização para o controle do câncer de mama foi criada no início da década de 1990 pela Fundação Susan G. Komen for the Cure. Seu objetivo é compartilhar informações e promover a conscientização sobre a doença, proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e tratamento e contribuir para a redução da mortalidade.
Novembro Azul – Teve início em 2003, na Austrália, para chamar a atenção para a prevenção e o diagnóstico precoce das doenças que atingem a população masculina, com ênfase na prevenção do câncer de próstata.
Dezembro Laranja – Promovido dede 2014 pela Sociedade Brasileira de Dermatologia para disseminar informações e conduzir iniciativas de prevenção ao câncer de pele.
Frente à maior crise sanitária já vivenciada no mundo, o Brasil constata a valorização atribuída aos planos de saúde, percebidos cada vez mais como instrumento de acesso não apenas a recursos curativos, mas preventivos. Esse movimento, segundo o superintendente- executivo da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), Marcos Paulo Novais, está expresso no fato de, entre ingressos e desligamentos, o número de beneficiários ter registrado o maior aumento desde 2014: 600 mil novas adesões, o que elevou o total de contratantes de 47,1 milhões, no fim de 2019, para 47,7 milhões, em dezembro do ano passado. Contribuiu para isso também o fato de terem sido criados 100 mil novos empregos no ano passado, o que permitiu à boa parcela dos brasileiros ter acesso a um de seus três maiores desejos – na ordem de prioridade, casa própria, educação e saúde, cita Novais. Assim como os setores de tecnologia e construção civil, o executivo observa que o mercado de saúde atravessa uma nova onda de crescimento e se posiciona como o maior empregador nacional, com quase 2,8 milhões de pessoas contratadas em regime de Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). O maior diferencial para essa potência é o acesso. “É um mecanismo de solidariedade”, afirma, exemplificando: de 100 pessoas que pagam as mensalidades, dez precisam de internação, e as outras 90 ajudam o sistema a arcar com esses custos hospitalares. “A ideia é essa: integrar um pool em que todos contribuam para proporcionar aos que mais precisam serviços aos quais não teriam acesso por conta própria”. Mas há entraves a serem vencidos para um crescimento mais acelerado do setor. Um deles, de acordo com Novais, é democratizar o acesso, ou seja, tornar os produtos mais eficientes e, portanto, mais atraentes e possíveis. Outro é dotar o sistema de maior velocidade para responder a desafios como o enfrentamento à pandemia. “Temos de estar preparados para abrir leitos numa velocidade muito grande, com equipes bem treinadas e tecnologia, de forma que um protocolo adotado com sucesso em determinada localidade do país seja imediatamente estendido a outras.”
Desde o dia 1º último, está em vigor a Resolução Normativa nº 465, da Agência Nacional de Saúde Complementar (ANS), que estabelece novas coberturas obrigatórias para os planos de saúde. Com ela, passaram a integrar o Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde 69 coberturas, incluindo 19 procedimentos, a exemplo de exames, terapias e cirurgias para diagnóstico e tratamento de enfermidades do coração, intestino, coluna, pulmão e mama, entre outras.
Também compõem a lista 19 medicamentos orais, que cobrem 28 indicações para tratamento de diversos tipos de câncer; 17 imunobiológicos, com 21 indicações para tratamento de doenças inflamatórias, crônicas e autoimunes, como psoríase, asma e esclerose múltipla; e um medicamento para tratamento de doença que leva a deformidades ósseas.
A atualização do Rol de Procedimentos, que define a lista de consultas, exames e tratamentos que os planos de saúde são obrigados a oferecer, foi expressa a partir de critérios como os benefícios clínicos comprovados, o alinhamento às políticas nacionais de saúde e a relação entre o custo e a efetividade das tecnologias. Os procedimentos incorporados são aqueles nos quais os ganhos coletivos e os resultados clínicos são os mais relevantes para os pacientes.
Consulte o ROL DE PROCEDIMENTOS E EVENTOS EM SAÚDE.
A chamada telesaúde revelou-se um recurso valioso para melhorar o acesso da população a tratamentos médicos, já que, como atesta o superintendente da Abramge, Marcos Novais, são vários os casos em que as pessoas não podem (ou não devem, neste cenário de pandemia) se deslocar até uma unidade ao perceberem algum sintoma. Novais cita levantamento da entidade segundo o qual as operadoras associadas, responsáveis pelo atendimento de 8,7 milhões de beneficiários, realizaram, de abril do ano passado a março deste ano, 3 milhões de teleconsultas. Pesquisas mencionadas pelo executivo apontaram ainda um índice de resolução de 90% das consultas a distância, ou seja, de cada dez pacientes, nove não tiveram de se deslocar até uma unidade de atendimento. Mas Novais alerta: “o serviço de telesaúde não pode ser visto como uma simples ligação telefônica ou troca de mensagens via WhatsApp. Ele tem de ser prestado por empresas preparadas, com profissionais qualificados e ampla estrutura de suporte”.
Uma das principais maneiras de cuidar do organismo é manter a atenção ao que se coloca nele. Por isso, para a especialista em nutrição integrativa, Daniella Horn, o intestino é o “órgão-mãe”, capaz de alterar padrões funcionais, hormonais, neurais e imunológicos de todo o corpo. “O equilíbrio intestinal, por meio do hábito de comer saudável, garante saúde, física e mental, e previne doenças crônicas, inclusive a depressão”, explica a doutora, fundadora da plataforma on-line de bem-estar Yoo Academy.
Para se certificar de estar consumindo um alimento saudável, Daniella aplica a máxima “descasque mais e desembale menos”, indicando que os produtos mais adequados são in natura, vindos diretamente da terra, da feira, do rio ou do mar. Ao lançar mão dos embalados, segundo ela, deve-se priorizar os mais puros possíveis, livres de aditivos sintéticos, corantes, adoçantes artificiais, açúcares refinados e processamentos.
Entre outras dicas, a nutricionista destaca beber água de qualidade; comer diariamente de três a quatro porções de frutas e verduras; usar azeites em vez de óleos; e preferir ovos, peixes e carnes magras, além de grãos integrais e leguminosas. Mas, ela alerta que o mais adequado é sempre consultar um profissional para a elaboração de dieta personalizada, uma vez que, com base em anos de sua prática clínica, na literatura e em estudos sobre genética, entende que o que é saudável para um pode não ser para outro.
Devido às suas substâncias e propriedades, alguns alimentos e ingredientes vão além de suas funções nutricionais básicas e podem diminuir o risco de doenças crônicas degenerativas, como câncer e diabetes, entre outras, se incluídos na rotina alimentar. Esse grupo costuma ser caracterizado como funcional.
Exemplos não faltam nas prateleiras de mercado e feiras livres. O tomate, a goiaba e a melancia, por exemplo, são ricos em licopeno, que tem atividade antioxidante, ajuda a reduzir o risco de doenças cardiovasculares e protege o organismo contra o câncer. Já a coloração verde-escura de muitos vegetais, como brócolis, indica a presença de luteína e zeaxantina, que combatem radicais livres e são fortes aliados contra diabetes e câncer.
Há ainda carboidratos, como a inulina e outros frutooligossacarídeos, que auxiliam no equilíbrio da flora intestinal e podem ser facilmente encontrados em alimentos como alho, alcachofra, alho-poró e chicória.
No entanto, é preciso tomar cuidado, pois o “boca a boca” nem sempre espalha a verdade. A alegação de propriedade funcional precisa ser comprovada, conforme as diretrizes na Resolução no 18, de 1999, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Também nunca se esqueça de que, por mais benéficos que sejam, os alimentos não substituem medicamentos, adequadamente receitados por médicos capacitados.
Na dúvida em relação a uma alimentação balanceada e em sintonia com o seu propósito, procure um nutricionista.
Há alimentos que, além de muito saborosos, são benéficos para o sistema circulatório, pois auxiliam na redução do colesterol ruim e triglicérides e ainda ajudam a controlar a pressão arterial. Anote seis deles que podem estar na sua próxima lista de compras:
O abacate é fonte de ômega 9 (gordura boa), vitaminas do complexo B e potássio. Sua ingestão previne o entupimento de artérias e, consequentemente, reduz as chances de infarto. A dica é acrescentar a fruta em saladas salgadas ou fazer um guacamole para incrementar o lanche.
A aveia contém ômega 3, fibras e potássio, propriedades que ajudam na redução do colesterol. Duas colheres do ingrediente por dia são o ideal para aproveitar seus benefícios.
A banana é rica em vitamina B e carboidratos, além de potássio, ferro e magnésio – minerais que protegem a musculatura, favorecendo o funcionamento do coração.
Peixes são fontes de ômega 3, substância importante para o sistema vascular. Mas evite consumi-lo frito. O melhor é aproveitar o peixe na salada.
O azeite extravirgem é rico em ácidos graxos, que previnem a formação de coágulos sanguíneos e têm função antioxidante.
Chocolate amargo, versão com 70% de cacau, é uma opção saborosa e cheia de antioxidantes e polifenóis, que, além de protegerem os vasos sanguíneos, promovem discreta redução da pressão alta.
Praticar exercícios físicos com regularidade contribui para uma vida mais saudável. Já o sedentarismo é considerado fator de risco para uma série de doenças. O tema é tão relevante que consta da agenda de recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) que, em 2018, publicou estudo classificando como pandemia mundial a inatividade física – caso em que a dedicação a exercícios de intensidade moderada é inferior a 150 minutos semanais e a exercícios intensos é inferior a 75 minutos.
Segundo a pesquisa, realizada com base em dados de aproximadamente 2 milhões de pessoas, em 168 países, a estimativa era de que 27% da população mundial não tinha o hábito de praticar atividades físicas de forma regular. No Brasil, o índice era ainda mais alarmante: 47% da população adulta, sendo 53,3% das mu- Aliados de uma vida mais saudável Exercícios Combater o sedentarismo é fundamental para o bem-estar, a longevidade e a elevação da autoestima lheres e 40,4% dos homens, não se exercitava o suficiente.
Nesse cenário, a OMS incentiva os países a adotarem diretrizes para desenvolver políticas de saúde como apoio ao seu próprio plano de ação global sobre atividades físicas. Aprovado por líderes de saúde na 71ª Assembleia Mundial da Saúde, em 2018, o plano visa à redução do sedentarismo em 15% até 2030.
No ano passado, no contexto da pandemia de Covid-19 e isolamento social, com parcela da população recolhida em seus lares, a OMS atualizou suas diretrizes, considerando que até 5 milhões de mortes por ano poderiam ser evitadas com a prática maior de exercícios físicos.
A organização recomenda que sejam realizadas semanalmente, por adultos, entre 150 e 300 minutos de atividade aeróbica moderada a vigorosa. Para crianças e adolescentes, a média deve ser de 60 minutos por dia.
A prática de atividade física regular ajuda a prevenir e controlar doenças cardíacas, enfermidades cardiovasculares, diabetes tipo 2 e alguns tipos de câncer, além de demência. Pode ainda reduzir sintomas de depressão e ansiedade, melhorando a memória e a saúde do cérebro e minimizando declínio cognitivo. Por isso, é importante mexer o corpo, mas sempre com recomendação e acompanhamento de um profissional especialista, que pode indicar os exercícios mais adequados para diferentes idades e condições.
Para a população idosa, por exemplo, há indicação de atividades que visam ao aumento do equilíbrio, da coordenação e do fortalecimento muscular, o que pode ajudar a prevenir quedas – causa importante de invalidez e morte nessa faixa etária. Segundo o Ministério da Saúde, treinamentos específicos para equilíbrio, como aulas de tai chi chuan, podem reduzir em até 37% as quedas na terceira idade.
Se a recomendação de se exercitar assusta aos sedentários, a boa notícia é que nunca é tarde para começar a prática de atividades físicas. Estudo desenvolvido por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) concluiu que exercícios são benéficos para a saúde desde as primeiras sessões, pois o esforço físico traz respostas agudas que, no longo prazo, resultam em adaptações no organismo capazes de prevenir ou tratar doenças. Isso porque, de acordo com a pesquisa, os efeitos da atividade física no músculo esquelético beneficiam as mitocôndrias, pela liberação de adrenalina, e aumentam respostas imunológicas, retardam o envelhecimento celular e melhoram o metabolismo. Além disso, os ganhos adquiridos pelas adaptações fisiológicas proporcionadas pela atividade física colaboram para a saúde do tecido muscular e dos demais órgãos.
Neste momento, em que academias e centros de pilates e outras atividades físicas estão impedidos de abrir as portas, é possível treinar em casa. Na internet há uma série de tutoriais que podem orientar quem deseja começar a se mexer!
Independentemente da idade, as mulheres têm diversos ganhos com a prática de atividades físicas. A musculação regular, por exemplo, diminuiu o risco de doenças cardiovasculares, principalmente pela queda no percentual de gordura corporal e dos níveis de colesterol e triglicérides. Durante o exercício, a circulação é aumentada e ativa o fluxo de sangue, evitando que gorduras e triglicérides se acumulem em paredes de artérias.
A aceleração do metabolismo e a melhora da circulação sanguínea contribuem também na prevenção dos sintomas da Tensão Pré- -Menstrual (TPM), que afeta grande número de mulheres. Além de poder melhorar o desconforto abdominal, as atividades elevam a endorfina, que proporciona bem- -estar. No período pré e menstrual, são recomendados caminhada, corrida, bicicleta, natação, sessão de ioga e alongamento.
Outra vantagem é o aumento da libido e, consequentemente, da qualidade de vida sexual. O benefício também é proporcionado pela melhora na circulação sanguínea, além da liberação de neurotransmissores e hormônios, como a testosterona. Além disso, o sedentarismo interfere na fertilidade, pois o excesso de gordura pode causar distúrbio na produção e metabolização do estrógeno, com disfunções na ovulação.
Além dos benefícios à saúde, exercitar-se pode ajudar na perda de peso, o que, em tempos de pandemia, é oportuno: estudos já apontam que, durante esse período, de cada cinco pessoas, uma ganhou peso.
O cuidado com o corpo e a mente pode se dar de diversas e complementares maneiras. A homeopatia, por exemplo, é adotada há muitos anos como aliada na busca por saúde e qualidade de vida. Reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e oferecida no Sistema Único de Saúde (SUS), a prática foi recente ponto de Valor agregado pela natureza Tratamentos Florais e homeopatia são algumas das tradicionais recomendações para a manutenção do bem-estar atenção do Laboratório de Farmacognosia e Homeopatia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) que, no ano passado, lançou uma cartilha sobre o tema, atualizada neste ano. Desenvolvida a partir de literatura especializada e seguindo regras estabelecidas por órgãos como Anvisa e Agência Europeia de Medicamentos, o material, vinculado ao projeto de extensão “Plantas medicinais: resgate de valores e saberes” da UFMG, recomenda 29 espécies, destacando que elas e seus derivados são recursos terapêuticos utilizados pela população brasileira nos cuidados primários à saúde. Portanto, neste período de pandemia, as plantas medicinais podem ser úteis para combater os males decorrentes do isolamento social, como depressão, ansiedade e insônia. A cartilha, disponível em https://www.farmacia.ufmg.br/wp-content/uploads/2020/07/Cartilha-PROEX.pdf, também expõe pontos de cuidado e contraindicações do uso de plantas que têm benefícios pouco conhecidos, como cúrcuma, guaraná, aniz-estrelado, laranja- da-terra e valeriana. Reforça ainda que, sempre que possível, é importante consultar um profissional da saúde, principalmente se os sintomas persistirem.
Outro aliado que vem direto da natureza são os florais. Segundo a terapeuta floral Mariana Nassif, a terapia com Florais de Bach trabalha de forma simples e eficaz, atenta aos sintomas a fim de caminhar em direção à melhora tranquila e gradativa. “É uma medicação antiga, sem contraindicação alguma e fácil de ser ministrada, justamente pela abordagem de não interpretação do incômodo, mas do acolhimento”, ressalta a profissional, que realiza atendimentos na área há mais de seis anos. Segundo ela, os Florais de Bach são facilmente encontrados nas farmácias de homeopatia e manipulação e têm custo relativamente baixo, entre R$ 15,00 e R$ 20,00 o frasco – suficiente para um tratamento completo. “Os stocks, remédios concentrados, são todos importados e, portanto, mais caros, embora não mais potentes ou eficazes que os manipulados”, recomenda a terapeuta. Mariana esclarece ainda que os remédios manipulados podem ser compostos por até seis flores, de acordo com os estados sintomáticos de cada pessoa. “Vale consultar os livretos e descritivos autorizados on-line para compor as melhores combinações ou procurar um terapeuta floral certificado pelo Instituto Bach”, recomenda, fornecendo ainda as seguintes dicas:
Floral para choques, traumas e grandes desânimos: Rescue.
Tem a versão Noite, especial para insônia, e Kids, para crianças.
Floral para aumentar a energia: Olive.
Floral para lidar com as mazelas do mundo sem perder a esperança: Holly.
Floral para lidar com fases de compulsão: Cherry Plum.
Floral para problemas de pele: Crab Apple, também em creme.
Floral para desenvolver paciência e perseverar: Impatience
Com reflexos em todo o corpo, mas focada principalmente na coluna vertebral, que protege o sistema nervoso, a quiropraxia é boa alternativa para quem busca saúde e qualidade de vida. “Temos como carro-chefe do tratamento os ‘ajustes’, manobras rápidas que removem as interferências (desalinhamentos) corporais, principalmente nas articulações vertebrais”, explica o quiropraxista Tiago Rosolino. Como resultado, segundo ele, “há aumento de espaços para os nervos saírem com mais fluxo da coluna; expansão da caixa torácica, permitindo de oxigênio; e remoção de tecidos fibróticos articulares, ocasionados pela má postura e por movimentos repetitivos, o que ajuda a dissipar a inf lamação (dor) no local da queixa do paciente”, completa.
Proprietário da clínica QuiroEkos, localizada em São Paulo, Rosolino ressalta que pesquisas científicas demonstram a melhoria do sistema imunológico com o aumento dos leucócitos pós-ajustes, uma mobilidade articular maior e o aumento da lubrificação cartilaginosa, principalmente nos discos interarticulares da coluna vertebral. Porém, como qualquer prática médica, é importante pesquisar sobre as qualificações do quiropraxista, cujo curso de formação foi recentemente reconhecido pelo Ministério da Educação.
Práticas milenares, como a yoga e o pilates também são recomendadas, especialmente em casos de estresse elevado e menor mobilidade – aspectos que afetam as pessoas em isolamento social, por exemplo. Ambas as terapias, se praticadas com seriedade e acompanhamento adequado, possibilitam aumento da resistência física e mental, correção da postura, tonificação da musculatura e melhora da coordenação motora, além de aliviar dores musculares e impulsionar a autoestima.
Além de importante para a saúde, a alimentação equilibrada pode ser a chave para manter pele, cabelos e unhas mais fortes e vistosos, tendo em vista o potencial dos alimentos de repor enzimas, vitaminas e sais minerais no organismo, evitando o envelhecimento precoce. Por outro lado, excesso de alimentos industrializados pode causar perda da vitalidade e oscilação de humor, além de refletir na aparência – a exemplo de cabelos mais quebradiços e sem brilho e unhas fracas e com manchas.
A relação é explicada pelo termo “expossoma humano”, definido para refletir a dependência entre influências ambientais e respostas biológicas associadas, incluindo comportamentos e, é claro, a dieta. O ideal, portanto, é entender melhor como os alimentos agem no corpo. Frutas vermelhas, por exemplo, têm potencial antioxidante e combatem os radicais livres, relacionados ao estresse e envelhecimento. Proteínas auxiliam na beleza da pele e alimentos com silício, presentes em grãos e cereais integrais, vegetais com tom verde escuro e frutas, promovem a regeneração do organismo. Já o zinco tem papel importante como antioxidante, contribuindo para a hidratação e elasticidade da pele, enquanto a vitamina A pode promover renovação celular da pele, por meio de substâncias chamadas retinóides, produzidas com a ingestão de vegetais folhosos, ovos e cenouras.
Embora diversos alimentos contribuam para a beleza, a recomendação é procurar um nutricionista e seguir suas orientações, pois cada corpo tem suas particularidades e exigências nutricionais. Além da dieta, outros cuidados fundamentais devem ser adotados, como usar protetor solar, eliminar ou reduzir o consumo de tabaco e álcool e ingerir muita água.
Veja outras dicas:
• Carnes e cereais são a principal fonte da niacina, que influencia a formação de colágeno e a pigmentação da pele provocada pela radiação ultravioleta.
• Alho, cebola, brócolis, couve-de- -bruxelas, feijão, grão-de-bico, lentilha, soja, aveia e gérmen de trigo (origem vegetal), carnes em geral, frutos do mar, ovos, leite e derivados (com exceção da manteiga e creme de leite, de origem animal) são fontes de cisteína, nutriente para a beleza da pele, dos cabelos e das unhas.
• Verduras folhosas escuras, graças à vitamina B9, são aliadas na prevenção da lipodistrofia ginóide, a popular celulite, causada pelo depósito de gordura sob a pele.
Quando estamos sobrecarregados, em grandes discussões e pressionados, nosso cérebro sofre alterações significativas, o que resulta em dores de cabeça, de estômago e no peito, pressão alta e insônia.
Um estudo de 2018, publicado na revista científica Neurology, mostra que indivíduos com altos níveis de estresse tiveram pior desempenho nos teste de memória, e seus cérebros se tornaram menores do que aqueles com níveis mais baixos.
Neuropesquisadores continuam trabalhando para entender o envelhecimento cognitivo e a real influência do estresse na vida moderna. Contudo, já é possível notar um encolhimento cerebral que afeta a parte do cérebro responsável pela memória e pelo aprendizado, por uma associação entre o aumento dos níveis de cortisol e a perda da memória com diminuição do cérebro.
Claro, não se pode afirmar que se trata de uma relação de causa, mas já sabemos que quanto mais crônico for o estresse, maior a probabilidade de ter a memória prejudicada e dificuldade de aprender coisas novas. Alertamos que esse tipo de efeito pode estar associado a um risco maior de demência, de 10 a 20 anos depois, e também pode levar a sérios problemas mentais, como a depressão.
Por isso é fundamental buscar maneiras importantes para melhorar os sintomas do estresse e a função da memória, como, por exemplo, fazer exercícios aeróbicos moderados.
Dormir o suficiente para que o corpo possa ser restaurado. Tempo de sono insuficiente aumenta os riscos de saúde e contribui para a irritabilidade e o estresse.
Comer adequadamente pode afetar o humor e nivelar os níveis de estresse. Fazer refeições regulares e reduzir a ingestão de cafeína também pode ajudar. Em tempos de pandemia, sociabilizar virtualmente com amigos e família produz o hormônio ocitocina, aquele que faz “a gente se sentir bem”, e isso pode reduzir a ansiedade.
Fazer o seu tempo! Construir momentos para si mesmo, fazer uma massagem, uma aula de ioga, meditação, pintar, desenhar, tocar um instrumento, etc. vão ajudar a relaxar e se afastar, durante um período, da agitação e do seu ritmo diário. A mudança de ritmo certamente contribuirá para a diminuição do estresse.
* Behavioral Neuroscientist, General Psychopathology Specialist, Brain and Mind disorders researcher – member of the Italian Society of Neuroscience
Fonte: Dra. Sudha Seshadri, do Centro de Ciências da Saúde da Universidade do Texas e Justin B. Echouff-Tcheugui, da Escola de Medicina de Harvard.
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