*Conteúdo produzido pela Point e publicado no jornal Folha de S.Paulo
Domingo, 26 de maio de 2024
Domingo, 26 de maio de 2024
Uma pesquisa recente divulgada pela Ernst & Young revelou que 70% dos brasileiros têm planos de comprar um carro em 2024, uma diferença significativa em relação à taxa global de 44%. ‘’Nos últimos anos, sempre houve o interesse, mas a compra acabou não se efetivando por conta de várias dificuldades econômicas e financeiras’’, aponta o especialista de mercado Antônio Jorge Martins, coordenador dos cursos automotivos da Fundação Getúlio Vargas ( FGV ).
Em alta voltagem: 2024 promete ser um ano de sucesso para os carros elétricos no país
O que considerar na hora de comprar e trocar um carro
Com uma conjuntura mais favorável, o setor automotivo brasileiro se anima, por exemplo, com as condições atuais. A taxa de juros, que em anos anteriores representou um obstáculo para a compra de veículos, está em queda, tornando o financiamento mais acessível para a população. ‘’Historicamente, cerca de 65% a 70% das vendas de veículos novos são realizadas através da contratação de financiamento. Então, na medida em que a taxa de juros fica muito elevada, isso dificulta não somente a contratação dos consumidores, como também a concessão pelos bancos por que o nível de risco se eleva’’, diz Martins.
Somado a isso, a economia brasileira apresenta sinais de estabilidade, impulsionando a confiança do consumidor e, consequentemente, a intenção de compra. “Algumas instituições já estão projetando a demanda de até 2 milhões e 400 mil veículos’’, comenta.
Essa perspectiva otimista se reflete nas projeções da Fenabrave, associação que representa os distribuidores de veículos, que estima um aumento de 12% nas vendas de automóveis em 2024, indicando uma retomada do mercado após períodos de incerteza econômica.
No primeiro trimestre de 2024, de acordo com dados divulgados pela instituição, houve um aumento de 10,66% nas vendas de automóveis e comerciais leves em comparação ao mesmo período de 2023.
Importante notar que uma parcela significativa dessas vendas vem do setor privado, como aponta o coordenador da FGV, ‘’as locadoras possuem um peso bem representativo na demanda brasileira, em média 40% das compras de veículos novos. Nesse 1º trimestre, foram as principais responsáveis por esse crescimento das vendas’’, diz.
As concessionárias também relatam um aumento na procura por veículos seminovos. ‘’O mercado de seminovos hoje no país se situa na ordem de 12 a 14 milhões de veículos ao ano, é um dos maiores mercados de seminovos do mundo’’, complementa.
Preocupados com o meio ambiente e com o bolso, os brasileiros demonstram cada vez mais interesse em veículos elétricos e híbridos. A pesquisa da Ernst & Young revela que 18% dos entrevistados consideram a compra de um carro elétrico ou híbrido em 2024. Esse movimento é impulsionado pelo alto preço dos combustíveis fósseis e pela crescente consciência ambiental da população.
Segundo Alexandre Suprizzi, CEO da Nansen, esse mercado ‘’começa a se consolidar, ganhar mais volume esse ano. Tem montadora pretendendo vender de 120 mil a 150 mil carros elétricos em 2024 no Brasil. Essa popularização é decorrente (da queda) dos preços dos veículos elétricos. Ninguém espera um crescimento menor que 50% de um ano para o outro”, diz.
Os carros híbridos também ganham espaço no mercado na medida que investimentos em pesquisa e tecnologia crescem no Brasil. A personalização de carros com alto nível de tecnologia brilha os olhos dos consumidores, ‘’cada vez mais se busca uma customização tecnológica’’, comenta Antônio Jorge Martins. ‘’O carro elétrico atrai os consumidores não somente pelo fato de serem elétricos, mas pela tecnologia que está sendo embutida. Muitos dos veículos chineses se principalmente por terem bastante tecnologia aplicada’’.
O cenário promissor para o mercado automotivo brasileiro em 2024 se concretiza com a chegada da BYD , gigante chinesa do setor, que anunciou o investimento da primeira fábrica de carros da BYD fora da Ásia, em Camaçari (BA). A obra iniciada em fevereiro deste ano tem potencial para gerar até 10 mil empregos na região e impulsionar o desenvolvimento tecnológico da indústria nacional.
Outros exemplos de investimentos no setor reforçam o otimismo para o futuro: a Fiat anuncia a produção em série do Fiat Pulse Abarth, versão esportiva do SUV compacto, e a Volkswagen confirma a produção do Nivus na Argentina, ampliando sua linha de SUVs na América Latina. Os veículos utilitários esportivos lideram as tendências de compra de carro com cerca de 40% das vendas no país, seguido pelo hatchback com 26% e o sedan com 12%.
Outras montadoras também estão apostando no potencial do Brasil e anunciaram investimentos no país: Chevrolet, Hyundai, Mitsubishi, Stellantis, Toyota , Volkswagen e Honda. No total, são R$ 76,2 bilhões já confirmados em 2024 entre lançamentos de novos produtos e na modernização da linha de produção. Não é à toa que a indústria automotiva fechou abril de 2024 com o maior nível de emprego desde janeiro de 2023.
As perspectivas positivas para o setor automotivo são reforçadas ainda por dados recentes que mostram um aumento nas exportações e importações de veículos em 2023, indicando uma recuperação gradual após períodos de instabilidade econômica e desafios globais.
O ano de 2023 foi marcado pela retomada do crescimento da indústria automotiva brasileira, após um período de retração. As exportações de veículos registraram um aumento de 15,4% em relação a 2022, enquanto as importações cresceram 3,4%. Esses números demonstram a competitividade da indústria nacional no mercado internacional e a capacidade de atender à demanda global por veículos.
O Brasil fechou 2023 com um saldo comercial de US$ 98,8 bilhões, com as exportações superando os US$ 339 bilhões . Apesar de uma queda de 16% nas exportações de veículos, a indústria de autopeças teve um desempenho notável, exportando US$ 9 bilhões para 212 mercados .
Com um mercado interno em franca expansão, investimentos em novas tecnologias e um cenário internacional favorável, a indústria automotiva brasileira tem tudo para alcançar um crescimento significativo em 2024. O sonho de 70% dos brasileiros de ter um carro próprio se torna cada vez mais próximo, impulsionando o desenvolvimento do setor e contribuindo para a retomada da economia nacional.
Embora ainda representem cerca de 1% do total de vendas de carros no país, os modelos elétricos não param de conquistar os brasileiros que buscam maior
economia na hora de abastecer, pagar menos na manutenção, aproveitar os impostos mais baratos, dirigir com mais silêncio e reduzir o impacto ambiental. Segundo a Associação Brasileiro do Veículo Elétrico(ABVE), as vendas de carros elétricos e híbridos dispararam em 2023, com mais de 93.927 unidades emplacadas, um crescimento de 137,5% em relação a 2022.
Apesar dos números ainda indicarem um consumo de nicho frente ao gigante mercado nacional de veículos, o setor enxerga o momento com atenção e se prepara para o alto crescimento de demanda, como afirma Alexandre Suprizzi, CEO da Nansen. ‘’Já temos know-how de produção em larga escala de equipamento eletrônico para o setor elétrico e, quando acontecer uma demanda similar nos veículos elétricos, também estaremos prontos para atender ao mercado brasileiro”.
Especialistas do setor enxergam com otimismo esse período de adaptação frente ao novo mercado em expansão. ‘’Como toda mudança de tecnologia, há um período de resistência, mas quanto mais os consumidores passam a conhecê-la melhor, mais ela é aceita e disseminada. Quem experimenta um carro elétrico percebe de imediato que é um veículo mais confortável, mais agradável de dirigir e com muito mais tecnologia. Não quer voltar ao passado’’, afirma o presidente da ABVE, Ricardo Bastos.
Os carros elétricos já são uma tendência de compra no mercado de automobilismo brasileiro, sendo impulsionada por diversos fatores, como:
Outros fatores também contribuem para acelerar o crescimento do setor, indicando que o brasileiro é amplamente receptivo às novas tecnologias, como cita Ricardo Bastos, presidente da ABVE: "o consumidor está cada vez mais bem informado sobre as características de desempenho e funcionamento dos elétricos. Quanto mais se informa, mais aprova essa tecnologia", conta.
Em 2023, cinco estados apresentaram maior procura pelos veículos elétricos: São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais e Distrito Federal. Há uma relação direta entre os incentivos oferecidos e a resposta do consumidor. A capital paulista, por exemplo, tem uma lei em vigor desde 2014 que, apesar de alguns problemas de implementação, beneficia o comprador do veículo elétrico ou híbrido com desconto da parcela do IPVA.
Todos os cinco estados com maior procura pelos EV’s possuem algum tipo de incentivo fiscal. ‘’No Paraná, os veículos elétricos tiveram isenção no IPVA por cinco anos até 2023. O Distrito Federal também adotou uma legislação muito avançada de isenção de IPVA. E, além disso, todos esses estados têm uma infraestrutura de recarga em amplo crescimento, o que contribui para o aumento da demanda dos veículos elétricos pelos consumidores, que se sentem mais confiantes para adquirir a tecnologia’’, completa o presidente da ABVE.
Alguns consumidores ainda têm dúvidas sobre a diferença entre um carro elétrico e um híbrido. Os elétricos funcionam exclusivamente com eletricidade, oferecendo autonomia de até 400 km com uma única carga. Enquanto os híbridos combinam motor elétrico e a combustão interna, alternando entre eles para otimizar o consumo de energia.
O crescimento de interesse nos carros elétricos no Brasil não é por acaso. Além de serem uma alternativa mais verde e sustentável aos veículos tradicionais, eles oferecem aos consumidores uma série de vantagens que os tornam cada vez mais atraentes.
Economia: abastecer um carro elétrico pode ser até 80% mais barato do que um modelo a combustão, de acordo com a ABVE. Isso se deve ao menor custo da eletricidade em comparação com a gasolina ou o diesel, além da maior eficiência energética dos motores elétricos.
Benefícios fiscais: diversos estados e municípios brasileiros oferecem isenção de IPI e outros impostos para proprietários de carros elétricos. Essa vantagem pode representar uma economia significativa na compra do veículo.
Manutenção mais barata: os elétricos têm um número menor de peças em movimento do que os modelos a combustão, significando menos manutenções e custos reduzidos com reparos.
Dirigibilidade superior: a experiência de dirigir um carro elétrico é única. O torque instantâneo do motor proporciona uma aceleração suave e prazerosa, além de uma dirigibilidade mais silenciosa e confortável.
Confira os 15 carros elétricos mais vendidos no Brasil em 2023:
Modelo | Vendas |
---|---|
1º) BYD Dolphin | 6.812 |
3º) Volvo XC40 | 2.439 |
2º) BYD Yuan Plus | 1.756 |
4º) BYD Seal | 1.040 |
5º) Volvo C40 | 841 |
6º) GWM Ora 03 | 772 |
7º) JAC E-JS1 | 506 |
8º) Mini Cooper S Electric | 396 |
Modelo | Vendas |
---|---|
9º) Nissan Leaf | 370 |
10º) BMW iX | 345 |
11º) BMW iX3 | 327 |
12º) BYD D1 | 323 |
13º) Renault E-Kwid | 321 |
14º) BMW iX1 | 267 |
15º) Porsche Taycan | 322 |
O mercado aquecido indica que 2024 tem tudo para ser ainda mais eletrizante. Com a chegada de novos modelos ao mercado, a expansão da rede de recarga e a crescente demanda dos consumidores, tudo indica que este será o ano da consolidação da eletromobilidade no Brasil. Segundo os dados da ABVE, em janeiro de 2024, 12.026 veículos eletrificados (elétricos e híbridos) foram emplacados no país.
A entidade ainda prevê que 2024 deve superar a série histórica e atingir a marca de 150 mil carros vendidos.
Além disso, algumas novidades chegam para aquecer ainda mais o mercado, como o carro elétrico híbrido plug-in a etanol. ‘’Um produto inédito no mercado mundial. Terá ampla autonomia no modo 100% elétrico, atendendo à imensa maioria dos trajetos nas cidades, e, ao mesmo tempo, poderá ser abastecido a etanol no modo híbrido. Combinará assim ampla autonomia nas viagens longas com zero ou baixa emissão de poluentes em qualquer ambiente’’, destaca Bastos.
O futuro da eletromobilidade no Brasil é muito promissor. Com um mercado em franca expansão, a chegada de novas tecnologias inovadoras e a crescente consciência ambiental da população, o país se consolida como um dos principais players da América Latina nesse setor. Mais do que números e estatísticas, essa trajetória ascendente representa um compromisso com a sustentabilidade e com a construção de um futuro mais verde para as próximas gerações.
Ninguém duvida que a eletromobilidade é o presente e o futuro da frota brasileira. Para ela ganhar ainda mais impulso, o mercado vê surgir em todo o país novos postos de carregamento, produtos e serviços que facilitam a vida de quem migra para modelos elétricos. Totalmente conectada com esse movimento, a Nansen, empresa brasileira de 94 anos, atualmente comercializa soluções completas em infraestrutura de recarga para mobilidade elétrica.
De acordo com Flávio Pimenta, gerente de Mobilidade Elétrica da empresa, a linha de carregadores para veículos elétricos da Nansen chegou ao mercado brasileiro em 2021 com grande aceitação e reconhecimento. Tanto que, este ano, a companhia foi eleita uma das 100 mais influentes no país em mobilidade pelo Estadão. “Combinamos o mais alto nível de pesquisa e desenvolvimento, competitividade, confiabilidade e excelência em serviços, fornecendo cobertura de suporte em 100% do território nacional”, destaca.
Além dos consumidores finais, a Nansen atua em diversas outras frentes.
“De leves a pesados, trabalhamos com infraestrutura de recarga para todos os tamanhos de veículos. Temos a solução completa de hardware, software e serviços”, diz.
Com frotistas de última milha – como a companhia classifica os clientes corporativos com frota própria e infraestrutura de recarga –, a Nansen já possui contratos com grandes marcas que colocam a sustentabilidade no centro de seus negócios. Com a NoCarbon – locadora de veículos 100% elétricos da JBS, por exemplo, existe um trabalho em conjunto. “Nesse caso, não entregamos apenas os equipamentos. Somos responsáveis pela solução fim-a-fim, que é a garantia de toda a operação envolvendo a recarga para o cliente. No caso de algum ponto inoperante, se não tiver reparo local, conseguimos fazer a substituição do equipamento rapidamente, entre outros serviços”, explica.
Nas estradas, a Nansen também está cada vez mais presente com postos de recarga. “No último ano vimos vários projetos saírem do campo da Pesquisa & Desenvolvimento para ganhar vida. Tem aumentado muito o volume de empresas investindo em suas próprias infraestruturas de recarga para comercialização de energia contando com a nossa tecnologia”, acrescenta. Da mesma forma, shoppings e aeroportos também podem operar com a tecnologia de carregamento e software de gestão da Nansen, que permite o gerenciamento das estações de recarga e cobrança.
“Ou seja, se um cliente comercial quiser uma solução 100%, da instalação até o software de gestão, entregamos”, diz Pimenta. A linha completa de produtos e serviços pode ser conferida no site: nansen.com.br/infraestruturaderecarga. A venda é feita por uma rede de distribuidores e revendedores.
Salvador (BA), São José dos Campos (SP), Manaus (AM) e Cascavel (PR) são algumas das cidades que investiram na expertise da Nansen ao apostar em grandes eletroterminais como parte de seus sistemas de transporte público. “No Brasil, esse histórico de obras entregues e em pleno funcionamento, e a confiança em nossa marca têm feito várias cidades recorrerem ao nosso portfólio”, conta. Este ano, as capitais Curitiba (PR) e São Paulo (SP) entram para a lista das que adotaram as tecnologias em mobilidade elétrica urbana da empresa.
Segundo o executivo, a bem-sucedida incursão da Nansen no segmento de mobilidade elétrica pode ser explicada também pela robustez em seus equipamentos, que suportam as condições e intempéries e manuseio humano. “Além disso, com exceção dos cabos portáteis, todos os demais produtos são dotados de conectividade, detém inteligência. Isso permite que o usuário final acompanhe as suas recargas no software de gestão, e também facilita um suporte técnico mais rápido e eficiente no futuro”, complementa.
Além desse segmento, a Nansen atua com inversores fotovoltaicos e é considerada uma das maiores fabricantes de medidores inteligentes de energia da América Latina. Toda essa tecnologia provém da forte parceria junto à Sanxing, do gigante grupo chinês AUX.
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Comprar ou trocar o carro é um dos principais desejos financeiros dos brasileiros. Mas, na hora de buscar por um veículo, o que é preciso levar em conta? Que modelo é mais vantajoso? Financiar ou buscar por outro tipo de modalidade de compra? Essas são apenas algumas das dúvidas que as pessoas encontram para tomar a decisão final.
Independentemente se a compra for de carro novo, seminovo ou usado, “o importante é definir previamente aquele que atenda às necessidades do comprador, desde os seus desejos, seu orçamento de compra, até o orçamento pós-compra”, diz a consultora automotiva Aline Deolindo.
Ela dá diferentes dicas para comprar novos, seminovos ou usados. “Para quem busca um carro novo, sugiro visitar mais de um local de compra para obter negociações diferentes. Quem está de olho nos seminovos, eu diria para não agir pela emoção: não é porque o veículo é seminovo que não tenha que ser validado e inspecionado. Independentemente do local de compra, é importante fazer a vistoria para entender, em uma análise de conjunto, se é uma boa compra. Se o comprador se planeja para um carro usado, é importante procurar por um que tenha histórico de manutenções preventivas, além de pesquisar o histórico e a procedência do carro, independentemente do local da compra: seja loja, concessionária, particular, entre outros”, afirma.
Preferência de 39% da população inclinada a comprar um automóvel, de acordo com a pesquisa “UOL Mercado de Autos”, os seminovos, com até três anos de uso, são considerados a melhor opção para quem busca um carro com bom custo-benefício. Luca Cafici, CEO da InstaCarro, plataforma de venda de carros usados e seminovos, alerta que “é importante tomar alguns cuidados para garantir uma compra segura e tranquila: desconfie de ‘superofertas’, pois podem ser uma distração para um carro sem histórico de manutenção ou mesmo com algum histórico de colisão, recuperação de sinistro ou mesmo com avaria mecânica grave. Depois de definir o tipo e o valor que pretende gastar, é essencial consultar outros custos importantes, como o de revisões ou custo médio de peças de desgaste natural, como pastilhas de freio, filtros, correias e pneus, bem como o consumo médio de combustível”, diz. E, para além da análise de mercado, uma rede de conexões confiáveis também pode ajudar na hora da compra de um seminovo: “uma boa dica é não consultar apenas fichas técnicas, mas sim, encontrar grupos de proprietários de veículos e ouvir deles qual a experiência com o carro. Se muitos relatarem um mesmo tipo de manutenção recorrente, se prepare para ter de fazê-la também”, orienta.
O especialista ainda chama a atenção para pontos que devem ser levados em consideração e dá dicas ao comprar um seminovo, como, conferir a numeração do chassi gravado nos vidros do veículo, já que todos devem coincidir, para entender se há sinais de colisão ou troca de peças que remetam a um dano importante, além de pedir a avaliação de um mecânico de confiança sobre o estado da mecânica, incluindo motor, transmissão, freios e suspensão. Checar se todos os itens de série do carro estão funcionando corretamente também é imprescindível, como o ar-condicionado, por exemplo: “teste no gelado e na fase quente e, caso não esquente após o veículo estar funcionando por um tempo, é sinal de que o sistema de aquecimento foi desligado do carro”, avisa.
Já para as pessoas que estão planejando a compra do primeiro carro, o ideal é escolher um modelo novo. “A dica é sempre pensar na opção de veículo mais novo possível dentro do orçamento. Por exemplo, se o comprador tem um orçamento de R$ 50 mil, a minha sugestão é comprar um carro mais simples e mais novo, ao invés de um carro superequipado e de categoria superior, e anos mais velhos”, recomenda Aline Deolindo, que ainda lembra: “esse é o primeiro carro: comece pelo mais simples para entender o que é ter um carro e, aos poucos, vá fazendo um upgrade com as trocas”.
Considerando que um carro novo, ao rodar seus primeiros quilômetros fora da concessionária, perde relevante percentual do seu valor, planejar a troca é essencial para um bom negócio. Uma pesquisa divulgada pela empresa KBB, especializada em pesquisa de preços de veículos, mostrou que em março de 2023, os carros seminovos registraram desvalorização média de 1,13%, enquanto os usados, aqueles que têm entre 4 e 10 anos de uso, uma média de 0,47%. “Na hora de trocar, planeje o orçamento e, ao escolher o modelo, valide o carro e sua integridade, quilometragem, histórico de manutenções realizadas, e, tenha cuidado com carros maquiados, no caso dos usados”, indica a consultora.
Modalidade consolidada de compra no Brasil, o consórcio de veículos vem atraindo cada vez mais interessados em comprar um veículo sem se preocupar com taxa de juros, por exemplo. Em 2023, o volume de créditos alcançados chegou a resultados inéditos. De acordo com a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcio (ABAC), no acumulado de 12 meses, o segmento alcançou o montante de R$ 104,32 bilhões – considerado um feito histórico no segmento de veículos leves. Um salto de 27,9% sobre o resultado de 2022.
Em 2024, a performance dos consórcios também anima o mercado, com um exponencial aumento na adesão: entre janeiro e abril de 2024, o número de pessoas participantes cresceu 11% em relação ao mesmo período do ano passado, representando 551 mil novos consorciados no País. Já o número de pessoas que deram lances e foram contempladas no primeiro quadrimestre deste ano somam 237 mil – 12,9% a mais em relação ao mesmo período de 2023 – um volume superior a R$ 36 bilhões em contratos assinados.
O crescimento, reflete a ABAC, é reflexo da educação financeira da população brasileira, que passou a ponderar seus custos e investimentos com maior critério ao longo da pandemia de Covid-19.
Vale lembrar que o consorciado, depois de contemplado, recebe uma carta de crédito que permite a aquisição do carro desejado. O modelo de compra permite que, durante o período de participação no consórcio, ele utilize a carta de crédito para comprar um carro novo ou usado, de qualquer marca ou modelo, desde que esteja dentro do valor estipulado.
*Conteúdo produzido pela Point e publicado no jornal Folha de S.Paulo
Projeto e comercialização: Point Comunicação e Marketing
Edição: Acerta Comunicação | Redação: Leonardo Pessoa
Layout e editoração eletrônica: Manolo Pacheco / Sergio Honorio
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