Caderno Saúde 2013

São Paulo, a capital da saúde

mais importantes centros de tratamento do país atendem uma população que, a cada ano, vive mais

São Paulo é o mais importante polo de assistência em saúde no Brasil, reunindo hospitais e centros de pesquisa de referência internacional, que realizam procedimentos de extrema complexidade. O Estado possui 60.529 estabelecimentos de saúde, 23,14% do total do Brasil, de acordo com dado do Ministério da Saúde. Desses, 14.807 encontram-se na capital. Os hospitais privados, com internação, são 155 na cidade de São Paulo, em comparação a 36 estaduais e 19 da rede municipal. O número de leitos clínicos/cirúrgicos somam 18.490 no Estado, sendo 8.823 do Serviço Único de Saúde (SUS) e 9.967 de não SUS. Médicos Segundo dados da pesquisa Demografia Médica no Brasil, realizada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, o Estado possuía 106.536 médicos cadastrados no CFM em 2011, sendo 46.112 registrados na capital. A cidade tem 4,33 médicos registrados por 1 mil habitantes, enquanto o Estado tem 2,58 e o país, 1,95, tendo por base dados o Censo 2010. A rede estadual de hospitais, a maior do país, conta com 83 unidades no Estado. São cerca de 20 mil médicos, que realizam em torno de 800 mil atendimentos diários nos hospitais estaduais, um milhão de consultas anuais nos Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs), e mais 2,5 milhões de exames laboratoriais e de apoio diagnóstico para a população usuária do SUS. Desde 2007, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo mantém os AMES, unidades de alta resolutividade, com modernos equipamentos, que oferecem consultas, exames e, em alguns casos, cirurgias em um mesmo local, proporcionando maior rapidez ao diagnóstico e ao tratamento dos pacientes. Atualmente, há 48 AMEs em todo o Estado – 7 na capital, 6 na Grande São Paulo e 35 no interior e no litoral do Estado.

Complexidade atrai pacientes do Brasil

“O nível de complexidade e de excelência da rede de saúde pública paulista tem nos permitido atender um número cada vez maior de pessoas, inclusive de outros Estados”, destaca Giovanni Guido Cerri, secretário de Estado da Saúde de São Paulo. Levantamento realizado pela Secretaria apontou que, diariamente, 60 pacientes de fora de São Paulo são internados nos hospitais públicos paulistas. Segundo Cerri, o Estado realiza quase metade dos transplantes de todo o Brasil, sendo cerca de 25% dos pacientes de outros Estados. “Devido a essa grande demanda, o governo tem investido na criação de novos hospitais ou de ambulatórios, com a criação dos AMEs”, enfatiza. Desde 2011, foram três novos hospitais, com mais 259 leitos, além de 12 AMEs, somando à rede uma capacidade de aproximadamente 1 milhão de consultas anuais e mais 2,5 milhões de exames laboratoriais. Novos hospitais serão inaugurados, a exemplo do Regional de Jundiaí, da Unidade Materno Infantil de São José do Rio Preto, do HC Criança de Ribeirão Preto, do Secundário de Botucatu e do Hospital de Serrana. “Também investiremos em Parcerias Público-Privadas (PPPs), para entregar novos hospitais para a população, em Sorocaba e São José dos Campos e o novo prédio do Hospital Pérola Byington, no bairro do Bom Retiro, além do Centro de Ouvidos e Olhos do HC- -FMUSP”, informa Cerri.

30% de paulistanos têm apneia do sono

Uma noite mal-dormida influencia a disposição, a memória, o humor, a atenção, o peso e até a vida sexual. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 40% da população mundial apresenta algum tipo de distúrbio do sono. Um dos principais problemas é a apneia do sono – série de paradas respiratórias. O problema atinge mais de 30% dos paulistanos, segundo a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-facial. A obesidade é um dos principais fatores que têm contribuído para a alta incidência do problema. Segundo especialistas, a pessoa que sofre de apneia do sono pode apresentar sonolência diurna, fadiga, déficits de memória e concentração, dificuldade para perder peso, alterações metabólicas, além de ter fator de risco para as doenças cardiovasculares. O vendedor Fabio Alves, de 34 anos, é um dos milhares de paulistanos que sofrem do distúrbio. Casado há pouco mais de dois anos, ele diz que ronca desde os 12 anos de idade e que às vezes sua esposa acorda no meio da noite incomodada com o barulho. “Eu não vejo nada, mas ela reclama e diz que fica preocupada quando eu paro de respirar.” Apesar de não ter feito um tratamento, ele já procurou um especialista, que o aconselhou a fazer uma cirurgia para corrigir um desvio de septo e também a retirar as amígdalas. “Para mim, o pior do ronco é o transtorno social. Como eu viajo bastante, as pessoas que dormem no mesmo quarto, e até na mesma casa, reclamam. Uma vez viajei com um diretor da empresa que eu trabalhava e tive que comprar um daqueles tampões de ouvido para ele”, conta.

Prevenir continua sendo a melhor opção para viver mais

Com os avanços da medicina e a melhora nos hábitos de higiene da população, a projeção de vida aumentou em 17 anos nas últimas quatro décadas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Algumas estimativas sugerem que o brasileiro vá ultrapassar a barreira dos 80 anos de idade por volta da década de 2030. Segundo o IBGE, a esperança de vida ao nascer era de 74,08 anos (74 anos e 29 dias) em 2011, incremento de 3 meses e 22 dias em relação a 2010 (73,76 anos) e de 3 anos, 7 meses e 24 dias sobre 2000. A expectativa indica a qualidade de vida da população e vem sendo usada pela Previdência Social como um dos parâmetros do fator previdenciário para calcular as aposentadorias. Esse ganho na última década foi maior para os homens (3,8 anos ante 3,4 anos para as mulheres), correspondendo a um acréscimo de 5 meses e 23 dias. Mesmo assim, em 2011 um recém-nascido homem teria expectativa de viver 70,6 anos, ao passo que as mulheres viveriam 77,7 anos.
Educação
Otavio Gebara, diretor clínico do Hospital Santa Paula, no entanto, chama a atenção para outro aspecto da longevidade: “Com o aumento da expectativa de vida, consequentemente, houve um avanço de doenças crônicas como o câncer e as doenças cardiovasculares – infarto, acidente vascular cerebral (AVC), entre outras. As pessoas estão deixando de morrer por complicações causadas, por exemplo, por uma pneumonia, para morrer vítima de doenças degenerativas”. Para o especialista, a chave para viver mais e com saúde está na medicina preventiva. “Não tem jeito: tem de investir na educação da população. Quanto mais cedo se descobre uma doença crônica, maior será a eficácia do tratamento e, por consequência, a chance de cura”. Ele explica que o Hospital Santa Paula tem investido fortemente em campanhas educativas para o público, tanto em neurologia como em oncologia. “As chances de um paciente que sofreu um AVC sair sem sequelas do hospital é infinitamente maior se ele procurar tratamento nas primeiras três horas. Mas,para que isso ocorra, tem de haver esse trabalho de conscientização”, diz Gebara. Segundo o diretor, as novas medicações que têm surgido para o tratamento do câncer, chamadas droga-alvo, estão colaborando para aumentar as chances de cura. “São drogas modernas, específicas para cada tipo de câncer. Elas têm um alto índice de eficácia com menores efeitos colaterais”.

Atendimento multiespecializado

Capital paulista reúne os principais profissionais e centros de referência em especialidades médicas

Em São Paulo é possível encontrar tratamentos para todos os tipos de males e enfermidades. Pacientes com problemas cardíacos contam com o Instituto do Coração e o Hospital do Coração. Para os problemas da face, há o Hospital de Defeitos da Face. Pessoas com deficiência encontram atendimento na Rede Lucy Montoro e nas Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD). Alguns centros, por sua vez, ganham destaque pela tradição aliada à excelência nos serviços, tratamentos inovadores e cirurgias de alta e altíssima complexidade, como o Sírio Libanês (referência em tratamento de câncer), o Albert Einstein, o Oswaldo Cruz, o Samaritano e o São Luiz, por exemplo. Outros, como os hospitais Edmundo Vasconcelos e Santa Paula, se destacam pelo grau de especialização de corpo clínico. Existem, ainda, centros que atendem somente um tipo de paciente, a exemplo do Centro de Referência em Saúde do Homem e do Hospital Pérola Byington, que oferece tratamentos destinados exclusivamente a mulheres.
Pioneirismo
Além de tratamentos de ponta, o Hospital Israelita Albert Einstein vem se destacando não somente no Brasil com um hospital pioneiro. Em transplantes, por exemplo, há 25 anos realizava o primeiro procedimento usando células- -tronco de cordão umbilical, o pioneiro para adulto (com dois cordões) e também de medula feito em paciente com mais de 60 anos de idade. “Nossa instituição conseguiu criar e transformar um processo de alta complexidade em algo ordenado, com métricas, cujo caminho demonstrou uma vez mais o quanto é necessário encarar os cuidados com a saúde em um trabalho de equipe multiprofissional”, afirma Claudio Lottenberg, presidente da instituição. Mais recentemente, o primeiro transplante multivisceral do Brasil – em que um paciente recebeu o estômago, o duodeno, o intestino delgado, o pâncreas e o fígado de um único doador – ratificou o pioneirismo do Einstein. Além dele, somente o Hospital das Clínicas, da Universidade de São Paulo, está autorizado pelo Ministério da Saúde a realizar esse tipo de procedimento complexo. Outro ponto de destaque é em relação às cirurgias robóticas e aos tratamentos. O hospital possui 644 leitos e, por ano, realiza cerca de 68 milhões de atendimentos, mais de 35 mil cirurgias e 3,7 milhões de exames diagnósticos, tratamentos cardiológicos, neurológicos, oncológicos, hematológicos e ortopédicos e em mais outras 50 especialidades.

Referência em saúde da mulher e do homem

O primeiro Centro de Referência em Saúde do Homem de São Paulo, instalado no antigo Hospital Brigadeiro, registra mais de 3 mil consultas e realiza cerca de 310 cirurgias por mês. É considerado o maior centro de saúde especializado da América Latina e referência nacional no tratamento de cálculo renal e do aumento benigno da próstata. Já as mulheres encontram no Hospital Pérola Byington atendimento de câncer ginecológico e mamário, reprodução humana, planejamento familiar e esterilidade, entre outros. A instituição também desenvolve programas de combate da violência e conta com um ambulatório que atende 20 mil consultas mensais.

Referência em integração

O Hospital Santa Paula inaugura neste mês de abril o Instituto de Oncologia, unidade que reforça o diferencial de atendimento integrado prestado pela instituição nessa área. Reúne uma equipe multidisciplinar que avalia todos os exames realizados, discute o diagnóstico e indica os tratamentos mais adequados, que podem incluir cuidados psicológicos, apoio aos familiares e cirurgia plástica reparadora. Localizado na zona sul de São Paulo, o hospital registrou entre fevereiro de 2012 e 2013, aumento de três vezes no número de consultas e de duas vezes no número de quimioterapias – que chegam a até mil por mês. Outra especialidade é a neurologia. A instituição possui uma unidade de Stroke, especializada no tratamento de pacientes nas primeiras 24 a 48 horas após o início dos sintomas. Há, ainda, uma UTI Neurológica com nove quartos individuais projetados de forma a oferecer o máximo de humanização no atendimento a pacientes com complicações. Ao todo, são 200 leitos, oito salas de cirurgia e 50 leitos de terapia intensiva (sendo nove exclusivos para unidade coronária e outros nove dedicados para a UTI Neurológica) e um laboratório terceirizado. Por ano, o Hospital Santa Paula atende em média 100 mil pacientes e realiza 7,5 mil cirurgias. Por dia, são 300 atendimentos e 35 internações.

Tudo em um único lugar

Ao lado do Parque do Ibirapuera, está o Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, um centro de atendimento com corpo clínico de 780 médicos que atendem em mais de 50 especialidades. Com 1,3 milhão de exames realizados anualmente, os laboratórios clínicos estão em reforma para ampliar essa capacidade. Esse é, segundo o diretor Clínico, Antoninho Sanfins Arnoni, mais um passo para oferecer um atendimento completo e diferenciado aos pacientes. “Ao longo dos anos, temos feito muitas melhorias, em especial nos centros cirúrgicos e na hotelaria e hoje somos referência”, diz. “Com isso, nossa intenção é fazer com que os nossos pacientes recebam atendimento completo, sem ter de sair do complexo. Aqui, ele fará os exames e, caso seja necessário, procurará outro especialista dentro do próprio hospital”, complementa. Os números reiteram essa afirmação. Por ano, são realizados 12 mil procedimentos cirúrgicos, 13 mil internações, 205 mil consultas ambulatoriais e 140 mil atendimentos no Pronto-Socorro. Outro ponto que torna o Edmundo Vasconcelos um centro de excelência é seu programa de residência médica que, com mais de 30 anos, já formou mais de 400 profissionais e acaba de ser aprovado, pela quinta vez, pela Comissão Nacional de Residência Médica. A instituição se destaca também por possuir a Acreditação Hospitalar Nível 3 – Excelência em Gestão, concedida pela Organização Nacional de Acreditação (ONA) e o Prêmio 100 Melhores Empresas para Trabalhar no Brasil, conquistado pelo segundo ano consecutivo.

Turismo de saúde em expansão

medicina de qualidade e preços competivos atraem 9 mil turistas estrangeiros para tratamentos

São Paulo é referência em medicina, não só no Brasil como em várias partes do mundo. Com tecnologia avançada, centenas de hospitais, clínicas e laboratórios de ponta, a capital paulista atrai um número cada vez maior de pessoas de todo o país que buscam uma consulta, um procedimento ou apenas fazer um check-up. Também a quantidade de estrangeiros que chegam à capital para fins médicos, aliando o bem-estar à sua viagem, vem crescendo a passos largos. É o chamado turismo de saúde. Segundo dados do Ministério do Turismo, São Paulo recebe 12,5 milhões de turistas ao ano. Aproximadamente 9 mil vêm à capital paulista por motivos de saúde. Eles permanecem em média 22 dias na cidade e gastam em torno de 120 dólares por dia. Esse número representa cerca de 36% do total de 25 mil turistas que vêm ao Brasil por motivos de saúde, anualmente. Em média, 18% dos hospitais têm ocupação por pessoas que estão na cidade para tratamento de saúde. “Isso acontece porque São Paulo concentra hoje os melhores hospitais do país, com tecnologia de ponta, além de um quadro de profissionais extremamente competentes”, destaca Marcelo Rehder, presidente da SPTuris. Segundo ele, as áreas mais procuradas são cirurgia plástica, odontologia estética , oncologia, dermatologia, cardiologia, oftalmologia e reprodução assistida. Outro fator que atrai estrangeiros é o custo competitivo em relação a países como os Estados Unidos, por exemplo, que chega ser três vezes superior. Já para quem mora em países como Canadá e Reino Unido, a dificuldade é a longa fila de espera para conseguir atendimento pelo sistema público.
Hotéis
Assim como os hospitais, a rede hoteleira também já descobriu a vantagem do turismo de saúde. Em 2012, do total de turistas que se hospedaram em hotéis em São Paulo, entre visitantes nacionais e estrangeiros, 3,3% vieram especificamente para tratar da saúde (eram 2,5% em 2009). Os dados são da pesquisa Perfil dos Hóspedes em Meios de Hospedagem Paulistanos do segundo semestre de 2012, realizada pelo Observatório do Turismo, núcleo de estudos e pesquisas da SPTuris. Eventos Entre os turistas estrangeiros, a motivação da viagem por saúde corresponde a 2,8%, um pouco menos do que os 3,4% entre os turistas brasileiros. “A maioria dos turistas que ficam em hotéis em São Paulo é motivada por negócios e eventos (75%). Porém, dentro desse grupo, há profissionais e estudantes que participam de eventos na área de saúde e medicina”, lembra Rehder. Para auxiliar esse público, a SPTuris realiza algumas ações, como o guia São Paulo Saúde, com a relação de hospitais, clínicas e outros estabelecimentos da cidade e sugestões de roteiros para quem vem cuidar da saúde. A organização também apoia eventos do setor, distribui materiais de informação turística em congressos e convenções da área e em feiras de turismo. E, ainda em 2013, deve lançar um site exclusivamente para o turismo de saúde na capital.

Cinco pontos de atração para a cidade

1) É possível unir negócios e saúde no maior polo de eventos e entretenimento da América Latina. A cidade é considerada a capital da cultura, da vanguarda, da gastronomia e do conhecimento e é o maior centro gerador de tendências do país.

2) Como sede de várias das melhores faculdades de medicina do Brasil, residem na cidade muitos dos médicos, professores, pesquisadores e profissionais de saúde mais conceituados e experientes do país.

3) Fica em São Paulo o primeiro hospital fora dos EUA a receber a cobiçada acreditação JCI (Joint Comission Internacional): o Albert Einstein.

4) O Brasil é o segundo país do mundo em de cirurgia plástica, atrás apenas dos EUA. E São Paulo é o maior centro de plástica e estética do país – 34,4% do total, sendo 60% na capital.

5) Quase todos os grandes hospitais e clínicas oferecem o serviço de Hospital-Dia, para procedimentos de baixa complexidade e sob medida para viajantes.

Áreas diferenciadas pela especialização

Entre os diferenciais que a rede de saúde paulistana oferece, está uma vasta lista de especialidades. Elas contemplam desde tratamentos de primeira linha para pacientes com câncer a modernos institutos para diagnosticar e tratar pacientes com problemas para dormir. É o caso do Instituto do Sono, da Associação Fundo de Incentivo a Pesquisa (Afip), referência mundial em pesquisa, diagnóstico e tratamento nessa área. Fundado em 1992, o Instituto já realizou aproximadamente 200 mil polissonografias. Tem capacidade para realizar cem exames por dia, com uma equipe de médicos plantonistas. Além disso, em um trabalho de relevância social, os ambulatórios filantrópicos de ensino e pesquisa já atenderam mais de 50 mil pacientes. “O Instituto do Sono é o responsável pelo maior número de trabalhos científicos sobre sono no mundo – foram 414 entre os anos 2000 e 2010”, afirma Sergio Tufik, presidente da Afip.
Investimentos
Já no Instituto do Câncer do Estado, os investimentos foram destinados à criação do maior laboratório para pesquisa da doença da América Latina. A unidade vai integrar estudos de instituições como HC, Incor, A.C. Camargo e Faculdade de Medicina da USP. Além disso, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo lançou em março deste ano a Rede Hebe Camargo de Combate ao Câncer. Com investimento de R$ 143,5 milhões, o programa vai ampliar as unidades que oferecem tratamento e garantir o acesso rápido e de qualidade aos pacientes. O projeto, que será introduzido em no máximo 20 meses, conta com uma rede de 71 unidades integradas. Para aumentar a gama de serviços oferecidos, o Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos investiu cerca de R$ 2,5 milhões em uma nova ala de medicina nuclear, com capacidade para realizar em média 400 exames mensais, variando de acordo com o tipo de análise. O montante foi usado na estrutura física e em tecnologia para a instalação do setor e o treinamento de pessoal. “Como método diagnóstico, é capaz de estudar praticamente todos os sistemas do corpo humano, avaliando, por meio dos radioisótopos (elementos radioativos), a função dos órgãos e tecidos. Essa ênfase em função se traduz em um interessante diferencial em relação aos demais métodos radiológicos, cujo principal foco é a anatomia”, explica a médica Ivana Carneiro Feres, responsável pelo serviço. A equipe inclui, além do médico nuclear, biomédicos, físicos e a equipe de enfermagem, todos com treinamento específico na área e monitoração de radioproteção. Os exames disponíveis incluem cintilografias do coração (perfusão miocárdica), osso, cérebro (SPECT cerebral), rins, tireóide, paratireóides, glândulas salivares, pulmões, pesquisa de refluxo gastroesofágico, pesquisa de corpo inteiro com Iodo, entre outros mais específicos.

Ensino com foco em excelência

escolas da área de Saúde de são paulo aliam teoria e prática para a preparação de profissionais

São Paulo é a capital brasileira dos números superlativos, inclusive quando o assunto é o ensino superior. A cidade possui 174 instituições entre faculdades isoladas, centros universitários, institutos e universidades. Especialmente em relação à área médica, os dados são ainda mais surpreendentes. Na relação de instituições cadastradas no Ministério da Educação constam 10 cursos de Medicina, 29 de Enfermagem, 24 de Fisioterapia, 16 de Farmácia e 11 de Biomedicina. Um destaque é a Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM-Unifesp), instituição que prima pela excelência e do ensino e pela prática da Medicina de forma humanizada. A instituição segue o aforismo de William Osler, considerado pai da Medicina do século 20, dito há quase 100 anos: “O bom médico trata a doença. O grande médico trata o paciente que tem a doença”.
Confiança
O superintendente do hospital- escola da Unifesp, José Roberto Ferraro, diz que essa preocupação é inerente a todos os professores. “Procuramos fazer com que nossos alunos estabeleçam uma relação de confiança com os pacientes. Isso contribui muito para que o tratamento seja feito de forma diferenciada e mais humanizada. Assim, não formamos técnicos que tratam de doenças, mas sim, profissionais que cuidam de seres humanos”. Outra escola de renome é a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), que completou 100 anos de existência em 2012. Ao todo, são 368 docentes, 1.374 estudantes de graduação divididos entre os cursos de Medicina, Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional, além de 1.504 alunos na pós-graduação stricto sensu e 1.340 residentes. A FMUSP se destaca também na produção científica, sendo responsável por cerca de 14% da produção nacional dos estudos na área médica, realizada em seus 62 laboratórios de pesquisa. Por conta disso, a faculdade passou a integrar, em 2011, a M8 Alliance, uma rede de excelência em ensino e pesquisa, que reúne importantes instituições de todo o mundo. O objetivo é buscar, por meio da ciência, formas de melhorar a saúde de forma global. Outros centros de renome que integram a rede são a Johns Hopkins University (dos EUA), a Universidade de Kyoto (do Japão) e a Sorbonne Paris Cité (da França).

Planos de saúde garantem mais tranquilidade

Planos de saúde desempenham um papel fundamental no atendimento médico-hospitalar. Segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), em setembro de 2012, 48,7 milhões de pessoas, cerca de 25% da população brasileira, utilizavam esses serviços. O Estado de São Paulo, o primeiro da lista, tem 18,6 milhões de usuários. Uma das maiores operadoras é a Unimed Paulistana que, em janeiro de 2013, contava com 510 mil beneficiários, 2,5 mil médicos cooperados e 500 prestadores de serviço. O superintendente Comercial, Carlos Gabriel Cupo, afirma que todos os processos internos, desde a análise dos pedidos, autorizações e atendimentos, têm sido mapeados e revistos, com foco na satisfação dos beneficiários. “A Unimed desenvolveu pesquisas de mercado para melhor compreender a necessidade dos usuários e homologou uma nova grade de planos, adequando os recursos da rede própria e credenciada a favor das expectativas desse público-alvo”, diz.

Aprendendo na prática

Dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNAES) do Ministério da Saúde apontam que, em São Paulo, existem 12 hospitais-escola. Tais estruturas são fundamentais para que o aprendizado dos estudantes de carreiras da área médica se dê de forma efetiva. Os alunos são acompanhados por professores e aprendem na prática como deve ser feito o atendimento e todo o tipo de procedimento. O hospital-escola mais antigo do Brasil, inaugurado na década de 1940 e construído exclusivamente para essa finalidade, é o Hospital São Paulo (HSP), vinculado à Unifesp. Para oferecer um melhor atendimento aos pacientes e uma melhor estrutura de aprendizado aos alunos, o HSP está passando por reformas. As obras, que têm previsão de conclusão a partir de junho de 2013, abrangem 18 unidades de internação, três de terapia intensiva, centro obtétrico, três ambulatórios, um centro de diagnóstico, setor de tomografia computadorizada, além da troca de elevadores. Os recursos são provenientes do governo federal, que investirá cerca de R$ 12 milhões, por meio do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf), e do governo estadual, pelo Projeto de Modernização dos Hospitais Universitários, com mais de R$ 6,5 milhões. Até 2015, o governo estadual anunciou o repasse de mais R$ 71 milhões ao HSP.
Infraestrutura
Está prevista também a compra de equipamentos como endoscópios, mamógrafos, ultrassom, monitores e camas elétricas. “Nosso objetivo é obter o nível 1 da Organização Nacional de Acreditação (ONA) e, com isso, sermos um hospital de excelência”, diz o superintendente do Hospital São Paulo, José Roberto Ferraro. Ele reforça a importância dos hospitais universitários como parte indispensável ao aprendizado dos alunos. “Queremos criar um ciclo virtuoso. Para formarmos um profissional de excelência, necessitamos de uma boa estrutura, que ofereça atendimento e aprendizado de alto nível. Além disso, necessitamos de docentes de qualidade e que a relação médico-paciente seja o mais próxima e aberta possível”, completa. Já a Universidade de São Paulo possui um complexo de cinco hospitais, com 18 mil colaboradores, 2.771 leitos, e realiza anualmente cerca de 1,8 milhão de atendimentos ambulatoriais, 526 mil atendimentos de emergência, 82 mil internações, 51 mil cirurgias, mais de 14 milhões de exames laboratoriais e radiológicos, 831 mil procedimentos de diagnóstico por imagem, 2.674 transplantes, mais de 50 mil quimioterapias e 22 mil atendimentos no Centro de Atendimento de Intercorrências Oncológicas.

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